‘O ‘Observatório da imprensa’ foi eleito o melhor programa jornalístico ao lado do ‘Globo repórter’, na votação dos Melhores & Piores de 2004, organizado pela TV Press.’
VALOR
vs. GZMMilton Coelho da Graça
‘No jornal vale o que está escrito’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 4/03/05
‘Assim como no ‘jogo-do-bicho’, em jornal vale o que está escrito e o VALOR está demonstrando que um jornal com bons jornalistas e uma clara definição de seu público só pode ir pra frente. O contraponto é dado pela GAZETA MERCANTIL e pelo JORNAL DO BRASIL, cuja empresa editora continua afirmando que ‘o conteúdo não é importante’, continua buscando a solução de seus problemas em demissões e reduções de salários, e seus jornais continuam afundando cada vez mais.
O VALOR – projeto conjunto da FOLHA e do GLOBO (50% de cada um) – começou certo, com excelente design e uma equipe bem selecionada sob o comando do competente Celso Pinto. Celso teve há alguns meses um sério problema de saúde mas Vera Brandimarte o substituiu com o mesmo nível de competência.
Não foi uma trajetória sem tropeços. O que a garantiu nos momentos difíceis, em que as duas empresas proprietárias viviam problemas financeiros, foi exatamente a singularidade dos 50% de cada lado, que brecou todas as bobagens surgidas no Conselho de Administração. E, enquanto os patrões não se entendiam, a redação ia produzindo um jornal cada vez de melhor qualidade nas três áreas a que se dedica – economia, negócios e política.
Quem não tem o hábito de ler o VALOR, por favor dê uma olhada no noticiário político e compare com o que é apresentado por GAZETA MERCANTIL e JB. Não conheço um só leitor interessado em política que ainda não tenha incorporado VALOR a seus hábitos de leitura ou não esteja dizendo que pretende fazer isso. Ainda tem gente boa trabalhando em Brasília para os dois jornais do sr. Nelson Tanure mas não dá para competir com o timaço de Rosângela Bittar, Maria Cristina Fernandes, Sérgio Leo, Cláudia Safatle, Cristiano Romero, Vera Saavedra Durão e outros (não dá para lembrar todos que leio diariamente).
Enfim, sou um assinante plenamente satisfeito com o que VALOR me oferece cinco dias por semana. Sem truques de marketing, testemunhos de celebridades ou anúncios de televisão: satisfeito só com o valor do que está escrito, o trabalho de meus companheiros de profissão.’
TV CULTURA & GZM
‘Iniciativas louváveis e outras nem tanto’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 2/03/05
‘A TV Cultura de São Paulo comprou os direitos de transmissão da Série A2 do Campeonato Paulista de Futebol, garantindo, para os aficcionados do esporte bretão, dois novos horários na grade de programação: sábados e domingos, às 18 horas. Já havia feito o mesmo com a Copa São Paulo de Juniores, em janeiro, quando arrebatou bons índices de audiência, justificando o investimento feito.
As mulheres, por exemplo, que em sua grande maioria odeiam futebol, devem estar, isso sim, indignadas com a Cultura. E com razão. Onde já se viu pôr mais futebol na tevê, sobretudo uma tevê com as características da Cultura e ainda mais um campeonato da segunda divisão ?! Se ainda fosse um campeonato italiano, vá lá…
Para os que, como eu, gostam de futebol, no entanto, ter a oportunidade de ver os jogos da segundona é um privilégio e tanto. Mas não é sobre o campeonato em si que quero comentar e sim sobre a decisão da emissora de contratar uma equipe inteira para trabalhar no projeto e, mais do que isso, de ir buscar profissionais de valor que estavam, de certo modo, afastados do circuito dos principais eventos esportivos. Um caso típico de juntar experiência (na verdade repatriar experiência) com juventude, na mais consagrada e vitoriosa fórmula de prática do jornalismo.
É muito bom ver novamente em ação, num projeto de uma emissora como a Cultura, nomes como Flávio Adauto, que já esteve em alguns dos principais veículos de comunicação do País e que agora está no comando do recém-criado núcleo de esportes, Mário Iorio, Sérgio Barbalho, Luís Alfredo (filho do saudoso locutor Geraldo José de Almeida), ao lado de outros talentos, numa equipe que dá emprego a pelo menos 20 jornalistas. Toda a nossa torcida é para que iniciativas como essa se multipliquem pelo mercado, fazendo renascer a esperança em dias melhores, em bons empregos, em salários decentes, em um jornalismo de melhor qualidade.
Eu, particularmente, vibrei bastante quando recebi o e-mail do Sérgio Barbalho contando a novidade e por isso considerei válido repartir com os leitores do Comunique-se a boa nova. Também me surpreendeu positivamente uma iniciativa do Diário do Grande ABC. Uma idéia colocada em prática pelo diretor de Redação, Daniel Lima. O jornal deu posse, na última semana, a um Conselho Editorial integrado por 101 membros, todos com mandato de um ano. Poderão continuar, se forem atuantes e participarem da vida do jornal, mas não deverão permanecer se a contribuição que derem for pífia. Neste caso serão substituídos por outros membros, num processo de rodízio até certo ponto natural. Esses conselheiros são, na verdade, especialistas nas mais diversas áreas (médicos, engenheiros, arquitetos, advogados, empresários, sindicalistas etc.) que aceitaram participar da iniciativa, acompanhando o dia-a-dia do noticiário, interagindo com a redação, participando das atividades fomentadas pelo jornal. Vão dar opinião, orientar repórteres e editores em matérias mais especializadas, quando requisitados, atuarão ao lado do jornal nos questionamentos ao poder público e às respectivas autoridades que o representam, enfim, serão efetivamente um braço complementar de reflexão e discussão do projeto editorial do Diário, numa experiência que, dando certo, poderá tranqüilamente ser instituída por outros órgãos de comunicação do País.
O Conselho em si não é novidade, mas um conselho com esse perfil e com essas atribuições, não me lembro de ter conhecido. É uma fórmula inteligente e poderosa de aproximar o jornal da comunidade e a comunidade do jornal, com reflexos diretos na qualidade editorial do produto, a custo praticamente zero. Mas se temos iniciativas louváveis como essas duas – e certamente há muitas outras que poderiam ser comentadas – temos outras nem tanto.
A da Editora JB, por exemplo, pegando mais pesado agora na questão dos PJs da Gazeta Mercantil, é uma delas. A empresa, como se sabe, obrigou todos os seus funcionários de salários elevados (superior a R$ 2 mil) a virarem pessoas jurídicas, para, desse modo, não ter que arcar com os chamados encargos sociais. Recentemente chegou a informar que passaria a descontar o valor relativo a esses encargos do salário de quem não apresentasse as respectivas notas fiscais e também que pleitearia, nos meses vindouros, notas fiscais extras retroativas para compensar os meses em que as notas não foram entregues – inclusive de 2004. Disse também que aceitaria, em caráter excepcional – garantindo, desse modo, um tempinho a mais para a regularização da situação – notas fiscais de terceiros, para justificar os pagamentos já feitos e mesmo a fazer.
A situação é, digamos assim, tão surrealista e delicada que já há colegas defendendo, junto à empresa, que esses impostos (inclusive retroativos) sejam pagos com os créditos que os funcionários têm dos pagamentos atrasados. Ou seja, já que é para pagar, ao menos que se pague com moeda podre… Os funcionários estão, na verdade, desde os tempos em que tinham Luiz Fernando Levy como patrão, numa sinuca de bico. E ela continua com Tanure, que paga relativamente em dia, porém salários achatados. Há uma meia pressão sobre ele, mas as forças são muito desiguais e por conta disso os avanços são muito tímidos.
Experiente nesses assuntos, Tanure joga com o poderio econômico que tem e com o tempo, para dissipar as insatisfações. E tem sido, ao menos até aqui, vitorioso em sua estratégia. Um dos melhores exemplos dessa afirmação é que hoje pouco ou nada se fala, por exemplo, dos passivos trabalhistas deixados para trás pela gestão de Luiz Fernando Levy. O tempo vai minando os ânimos e de certo modo jogando água na fervura, fazendo com que os funcionários se sintam cada vez mais impotentes para cobrar o que lhes é devido. E é com essa perspectiva que certamente trabalha Tanure, pois ninguém, em sã consciência, acredita que ele vá quitar essa dívida. Ao contrário, a Editora JB trata de olhar apenas o presente, de olho no futuro, de preferência sem ter de assumir grandes riscos – os quais, cada vez mais, são repassados para os colaboradores. Passado? Ah isso é lá com Seu Levy. Para quem ali trabalha o futuro é certamente uma incógnita. Não há quem consiga vislumbrar, nesse cenário e ali na própria Gazeta Mercantil e mesmo no JB, ou ainda na Forbes, a construção de uma carreira promissora e vitoriosa, que ofereça reais perspectivas de crescimento e evolução profissional, como foi no passado. Hoje quem ali está luta para manter os jornais e as lendas Gazeta Mercantil/JB vivas, na esperança de que uma hora o jogo possa virar. Também nós, do lado de fora, embora com ceticismo, torcemos por isso.
Fácil sabemos que não será.’
AGÊNCIA ESTADO
‘‘AE’ lança serviço online para empresas’, copyright O Estado de S. Paulo, 2/03/05
‘A Agência Estado está lançando o Empresas e Setores, o mais completo grupo de serviços de informação online com esse foco no Brasil. O novo serviço oferece cobertura em tempo real, notícias contextualizadas, análises e cenários sobre o mercado de capitais, as empresas e os setores mais relevantes da economia brasileira.
Dirigido a investidores, gestores, analistas, operadores e executivos das áreas pública e privada, o AE Empresas e Setores é produzido por jornalistas altamente especializados e qualificados, com a marca da credibilidade do Grupo Estado. A equipe de profissionais está dedicada a acompanhar e repercutir os principais fatos, analisar e discutir tendências e perspectivas para esses segmentos. A informação é tratada como valor estratégico para a tomada de decisões.
Com um olhar atento ao mercado de capitais e à movimentação das companhias na Bolsa de Valores, o AE Empresas e Setores acompanha de perto o dia-a-dia de segmentos como Alimentos e Bebidas, Automotivo, Comércio e Serviços, Construção Civil, Energia, Financeiro, Química e Petroquímica, Mineração e Siderurgia, Telecom e TI e Transportes e Logística, entre outros.
O serviço é composto pela área de notícias, que contempla de forma especializada o mercado de capitais e os setores econômicos, com cobertura em tempo real; cenários exclusivos de conteúdo analítico e análises mensais elaboradas pela Tendências Consultoria. Traz ainda sinopses de matérias selecionadas sobre empresas e negócios dos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde. Mais informações podem ser obtidas na Central de Atendimento, pelos números de telefone 0800-11300 e 55 11 3856-3500.’