Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Receita publicitária
cresce 13% em 2006


Leia abaixo os textos de segunda-feira selecionados para a seção Entre Aspas.


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O Estado de S. Paulo


Segunda-feira, 4 de dezembro de 2006


PROPAGANDA
Marili Ribeiro


Receita publicitária cresce 13%


‘A publicidade brasileira deve fechar o ano com investimentos de R$ 25 bilhões, um crescimento de 13% em relação ao ano passado. E o setor comemora porque o aumento vem em cima de uma base de comparação já em expansão: em 2005, os investimentos publicitários tinham apresentado alta de 14,7% na comparação com o anterior.


Uma das explicações para o aumento deste ano é a Copa do Mundo, evento que tradicionalmente eleva os gastos com publicidade. Mas o efeito Copa, segundo os publicitários, poderia ser ainda mais positivo, se a seleção brasileira tivesse apresentado um desempenho melhor.


Para José Eustachio, vice-presidente da agência Talent – que deve fechar o ano com receita 27% maior -, a Copa é apenas uma das explicações para o ano positivo. ‘Indústrias como as de eletroeletrônicos, automóveis e de telecomunicações estimularam os investimentos em comunicação’, diz. ‘Há ainda o fenômeno do maior acesso ao crédito que, neste ano, abriu grandes oportunidades de vendas no setor imobiliário.’


As facilidades de crédito, que resultaram no aumento do consumo interno, fizeram com que empresas que pouco – ou nada – investiam em propaganda passassem a dedicar recursos para isso. ‘São verbas de até R$ 6 milhões de grupos que antes faziam no máximo pequenas ações em propaganda’, diz Paulo Zoéga, da QG Propaganda, do grupo Talent.


Apesar do desempenho positivo da propaganda, há quem acredite que os números poderiam ser bem melhores. Crítico da ausência de políticas de desenvolvimento para o País, Sergio Amado, presidente da Ogilvy, enfatiza que, nos últimos três anos, não houve a entrada de nenhuma verba publicitária acima de R$ 100 milhões. ‘A única exceção este ano talvez seja a volta da ‘guerra das cervejas’ com a chegada da Femsa’, diz.


A companhia de bebidas mexicana, que tem verba de comunicação estimada em R$ 240 milhões, comprou o controle da Kaiser e partiu para a briga com a AmBev, que domina amplamente o mercado de cervejas no País.


Para Amado, a maioria das ações realizadas ao longo de 2006 foram de médio porte, e também muito focadas em outras mídias, como eventos, promoções e internet. ‘A Ogilvy vai fechar o ano com crescimento de 18,7% ante o ano anterior’, diz. ‘Porém, 65% dessa receita veio de outras mídias, como marketing direto ou ações de guerrilha – enfim, fora do universo da propaganda em si.’


NÃO MÍDIA


A expansão do mercado do que se convencionou chamar de ‘não mídia’ é um fenômeno mundial e está diretamente atrelado aos avanços do universo virtual e das novas possibilidades de comunicação que surgem. No Brasil, não tem sido diferente, embora o processo se dê ainda de forma menos ostensiva, até mesmo por falta de ofertas para investimentos por parte dos anunciantes.


O grupo de entretenimento CIE Brasil, por exemplo, vem crescendo nesse novo mercado. A companhia, responsável pela vinda ao País do Cirque du Soleil, comemora crescimento de 140% no ano. ‘Já começamos a vender patrocínios (cotas de R $ 1 milhão a R$ 4 milhões) para os eventos que vamos trazer em 2007, como a ópera Aída, o novo espetáculo do Cirque du Soleil e as exposições Corpo Humano e Gênio Da Vinci, entre outras’, diz Eduardo Barrieu, diretor do grupo. ‘E já temos fila de candidatos para boa parte das iniciativas.’


Para especialistas, o mercado publicitário tem todas as condições de continuar crescendo no Brasil ainda por bastante tempo. ‘Da década de 90 para cá o mercado triplicou de tamanho’, diz José Carlos Salles Neto, presidente do grupo Meio & Mensagem que monitora os negócios do setor. ‘Há muitas oportunidades no Brasil. Basta ver que antes havia quatro montadoras de carros no País, e hoje existem dez.’’


INTERNET
Mar Gonzalo


Meios digitais já atraem mais a atenção do que rádio e televisão


‘Os meios de comunicação digitais já são os mais utilizados pela população mundial, que dedica a eles mais horas semanais do que à televisão, ao rádio, aos jornais impressos ou ao cinema, informou a União Internacional de Telecomunicações (UIT), ligada à ONU. Em seu relatório ‘Digital Life 2006’, divulgado no fim de semana, a organização reflete sobre as mudanças introduzidas pela tecnologia no mundo todo. Segundo Lara Srivastava, integrante da divisão de Novos Programas da UIT, as comunicações são cada vez ‘mais digitalizadas, mais móveis e mais amplas’.


Segundo os dados do organismo técnico, os menores de 18 anos dedicam aos meios digitais uma média de 14 horas semanais, enquanto reservam 12 horas para a televisão; 6 para o rádio e 2 para os jornais, revistas e cinema.


Entre os indivíduos na faixa etária entre 18 e 54 anos, os meios digitais absorvem 16 horas; a televisão, cerca de 13; o rádio, 8; os jornais, duas (entre pessoas de 36 a 54 anos esse tempo sobe para 3 horas); as revistas, outras duas; e o cinema, uma hora semanal.


A única exceção são os maiores de 55 anos, que ainda dedicam 16 horas à televisão, 8 para os meios digitais, 7 para o rádio, 5 para os periódicos, 3 para as revistas e menos de 1 para o cinema.


Além disso, as comunicações são progressivamente ‘mais móveis’: enquanto cerca de 125 anos se passaram para que houvesse no mundo mais de um bilhão de linhas telefônicas fixas, foram necessários apenas 21 anos para que houvesse o mesmo número de linhas de telefonia celular.


‘O mais espetacular, porém, é que foram necessários apenas mais três anos para somar mais um bilhão de assinantes de linhas de telefone celular, e, em breve, esse número deve chegar aos 3 bilhões’, apontou o responsável pela Unidade de Política e Estratégia da UIT, Tim Kelly, na apresentação do estudo em Genebra.


Segundo o relatório, o Brasil possui 86 milhões de usuários de telefones celulares. Os países com mais usuários de celulares são China (393 milhões), Estados Unidos (201 milhões), Rússia (120 milhões), Japão (94 milhões), Índia (90 milhões), Alemanha (79 milhões), Itália (72 milhões), Reino Unido (61 milhões), França (48 milhões), México (47 milhões), Indonésia (46 milhões), Turquia (43 milhões), Espanha (41 milhões), Coréia do Sul (38 milhões), África do Sul (34 milhões), Filipinas (33 milhões), Polônia (29 milhões), Tailândia (27 milhões) e Taiwan (22 milhões).


A popularização da telefonia celular é tão extensa, que há uma média de mais de uma linha por habitante em vinte países. Entre eles estão: Luxemburgo, Lituânia, Itália, Hong Kong, Israel, Portugal, Estônia, Cingapura, Islândia, Noruega, Reino Unido, Jamaica, Irlanda, Emirados Árabes e Dinamarca.


A UIT enfatiza que, além de mais digitalizadas e móveis, as comunicações também são cada vez ‘mais amplas’, pois as redes aumentam sua capacidade de maneira exponencial, o que permite intercâmbios de informação mais rápidos e em mais formatos simultâneos. De fato, já há, em todo o mundo, 216 milhões de assinantes de linhas fixas de banda larga, e mais de 61 milhões de usuários de linhas móveis por meio da telefonia de terceira geração.


BANDA LARGA


No ranking mundial de conexões fixas por banda larga, os EUA têm 49 milhões; China, 37 milhões; Japão, 22 milhões; Coréia do Sul e Alemanha, 12 milhões; Reino Unido e França, 9 milhões; Itália, 7 milhões; Canadá, 6 milhões; Espanha, 5 milhões; Taiwan e Holanda, 4 milhões; Brasil, 3 milhões; México, Austrália, Bélgica, Suécia e Suíça, 2 milhões e Hong Kong e Turquia, 1 milhão.


Ao mesmo tempo, o preço da banda larga e das conexões sem fio diminuiu drasticamente em muitos países. Por isso, as tecnologias da informação e da comunicação (TIC) ocupam cada vez mais espaço na vida privada.


Durante 2006, as TIC movimentaram US$ 3,13 trilhões, e as telecomunicações foram recordistas na geração de negócios: em hardware, foram cerca de US$ 235 bilhões anuais, ao tempo que em serviços, US$ 1,186 trilhão. Em seguida vem a informática (US$ 379 bilhões em hardware e US$741 bilhões em serviços) e a radiodifusão (US$ 294 milhões em hardware e US$ 295 milhões em serviços). EFE’


Pedro Doria


Um laptop no caminho


‘O laptop de US$ 150 que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou no dia 24 está no centro de uma curiosa polêmica, nos Estados Unidos. O projeto tecnológico é esperto: conseguiram enxugar o preço de cada peça para fazer que custasse o menos possível. Se está ainda acima dos US$ 100 planejados inicialmente isso será só até 2008, quando a produção em escala fará com que o valor caia.


Enquanto Nicholas Negroponte corre o mundo, do Planalto à tenda de Muammar Kadafi, na Líbia, vendendo seu projeto, em casa está arranjando alguns inimigos peso pesados. Um deles, chama atenção o jornal The New York Times, é incrivelmente Bill Gates.


Num discurso feito há alguns dias, Gates disse que levar computadores a gente muito pobre no mundo todo não é necessariamente uma boa idéia. Ele lembrou de quando visitou em Soweto, a gigantesca favela sul-africana, um centro comunitário para o qual a Microsoft havia doado um computador. Ávidos para mostrar o que estavam fazendo com a máquina, os responsáveis se despencaram para encontrar um gerador de energia que pudesse alimentar o PC. Ligaram o computador, fizeram uns truques, mas o que marcou o dono da Microsoft foi a dificuldade de arranjar energia elétrica na região.


‘Não é apenas levando ao mundo em desenvolvimento o que temos no mundo rico que encontraremos soluções’, disse Gates. Às vezes as pessoas têm necessidades tão mais básicas que um computador é a última coisa na qual pensam. É um bom argumento.


Gates – e ele é franco a este respeito no discurso – tem duas faces. Uma, como principal acionista da Microsoft, está contrariada com o laptop de US$ 150. Afinal, milhões de crianças no mundo terão acesso a seu primeiro computador numa máquina com Linux. Para quem garante o monopólio em grande parte pela criação de um hábito desde pequeno, isso é ruim.


A outra face de Bill Gates é a do filantropo: parece sincero na empreitada. É um homem profundamente rico e sua Fundação tem projetos não apenas espertos e criativos como também eficientes. Dedica uma quantidade atordoante de sua fortuna à solução de problemas do mundo pobre, como a busca da cura para algumas doenças tropicais.


E aí, nesta mistura de faces, está um bocado do conflito de suas críticas ao laptop de US$ 150. Ele não é um ricaço do primeiro mundo que não conhece nada do interior da Índia ou da África. Ele sabe que, às vezes, uma vacina vale muito mais do que um notebook.


Só que Bill Gates está errado. O problema da desigualdade do mundo tem nuances. Se numa esquina da Índia há uma criança passando fome, a criança da esquina seguinte está alimentada, embora parcamente educada. O impacto que um notebook que seus pais possam comprar em várias prestações terá em seu futuro é estrondoso. Pode querer dizer, inclusive, a ascensão à classe média.


No Brasil, temos pobreza: um bocado de pobreza. Em alguns rincões do país, somos um pouco Índia e um pouco África, embora bem pouco. Existem mais crianças brasileiras ávidas pela chance de ter um computador do que crianças passando fome. E ter um computador desde a infância fará toda a diferença no potencial que elas poderão atingir.


Aí é que Gates soa um pouco desonesto – e o ‘soa’ na frase é proposital. Pode estar bem-intencionado quando diz que computadores não são necessariamente a solução. Mas também pode estar mordido. Afinal de contas, é com Linux que uma garotada aí vai se alfabetizar digitalmente. O problema, afinal, é que o Linux permite diminuir o custo do computador. O Windows, não.’


Ricardo Anderaos


Quinze minutos de fama?


‘Há cerca de um mês um jovem norueguês de 20 anos de idade resolveu produzir um vídeo para colocar no site YouTube. Matutou, matutou, até que teve uma idéia que lhe pareceu brilhante. Seus dois minutos e meio de fama estavam garantidos, pensou.


Para colocar seu plano em prática, primeiro teve de convencer um amigo a ajudá-lo. Depois, pegou uma câmera de vídeo portátil e sentou ao volante de seu carro, um Skoda Octavia – modelo produzido na República Tcheca e que tem a mesma plataforma do Audi A3.


Câmera ligada, os dois tomaram a rodovia federal E-18 a sudoeste de Oslo, capital da Noruega. Seu objetivo era registrar a velocidade máxima que aquele carro poderia alcançar. Uma verdadeira idéia de jerico, cá entre nós.


Para felicidade deles e dos demais usuários da estrada, a aventura transcorreu sem nenhum incidente. Tudo que restou foi o vídeo, que o rapaz subiu para o YouTube assim que terminou de editá-lo em seu computador pessoal.


‘Estamos aproximando 240. Sabemos que isso acontecerá. Isso é um barato’, dizia sua voz, em off. O vídeo mostrava trechos da estrada e tomadas feitas dentro do carro. Numa das cenas, um close no velocímetro mostra a marca de 240 km/h de velocidade. Depois de virar um hit no YouTube, a produção acabou sendo descoberta pela mídia norueguesa e foi exibida na TV do país.


Quem não achou graça nenhuma nessa brincadeira foram as autoridades de trânsito de lá. A velocidade máxima nas estradas da Noruega é de 100 Km/h. Depois de acessar o YouTube e assistir ao vídeo intitulado ‘Illegal Driving in Norway’ (ou ‘dirigindo ilegalmente na Noruega’), a polícia local iniciou uma caçada ao jovem, que se identificava no site com o codinome ‘rkvamm1’.


Como sempre insisto por aqui, a internet transmite uma falsa sensação de privacidade e impunidade. Somente hackers experimentados conseguem navegar na grande rede sem deixar vestígios. ‘A polícia encontrou o homem após seguir os rastros eletrônicos que ele deixou na internet’, afirmou um comunicado expedido pelas autoridades norueguesas na última quarta-feira, no qual não foi revelada sua identidade.


Apesar do exibicionismo de ‘rkvamm1’, os policiais não conseguiram provar que ele de fato chegou aos 240 Km/h. Mas puderam comprovar que ele andou a 140 Km/h numa rodovia federal. O que foi suficiente para multar o rapaz em cerca de US$ 1,3 mil (aproximadamente R$ 2,8 mil).


‘É preocupante que jovens testem altas velocidades em estradas como essa e depois usem a internet para se vangloriar do crime’, disse Morten Hassel, da polícia rodoviária local. O fato é que a necessidade de auto-afirmação, comum nessa faixa etária, encaixa como uma luva na possibilidade de superexposição oferecida por comunidades virtuais de mídia, como é o caso do YouTube.


No catálogo de uma exposição de seus trabalhos realizada em Estocolmo, na Suécia, em 1968, Andy Warhol profetizou: ‘No futuro qualquer um será mundialmente famoso por 15 minutos’. Só faltou dizer que essa fama não seria conseguida por brilhantismo, mas sim por estupidez.’


TELEVISÃO
Keila Jimenez


Paixões X Mandacaru


‘A audiência não é das melhores – 3 pontos em São Paulo -, mas o faturamento de Paixões Proibidas, da Band, já é um bom motivo para a emissora insistir na empreitada de produzir novelas.


Segundo levantamento da Controle da Concorrência, empresa que monitora as inserções comerciais para o mercado, Paixões é bem mais sedutora ao mercado anunciante que sua antecessora, a reprise de Mandacaru.


Basta comparar os números. Segundo o levantamento, o maior anunciante de Mandacaru entre os dias 24 e 26 de janeiro, o grupo Casas Bahia, investiu em inserções comerciais na novela, na Grande São Paulo, o equivalente a R$ 74 mil (valor bruto). Já o maior anunciante de Paixões Proibidas, entre os dias 27 e 29 de novembro, a Unilever, gastou o equivalente a R$ 194 mil nos breaks do folhetim.


A novela, produção da Band em parceria com a portuguesa RTP, também reúne mais anunciantes de peso. Pelo menos dez marcas importantes, entre elas, Bradesco e Casas Bahia, estão entre os maiores anunciantes de Paixões. Já em Mandacaru, o próprio grupo Bandeirantes era um dos maiores anunciantes nos breaks da novela.


entre-linhas


Rosinha Garotinho deixa o Palácio das Laranjeiras diretamente para os estúdios de TV: a governadora do Rio acertou com a Band e terá lá um programa de entrevistas com foco no universo feminino. Estréia em março, às 11 da manhã. E tem produção da emissora.


O vídeo mais acessado na Globo.com em novembro foi um trecho do episódio episódio Sexo, Mentiras e Internet, de Sob Nova Direção, que mostra a personagem Pit (Ingrid Guimarães) namorando no mar.


O departamento comercial do SBT ganhou reforço: Fernando Fiorese e George Luis Mofarej integram o novo time de diretores do canal.


Deu em nada aquela possibilidade de briga judicial entre Globo e Bandeirantes por causa de um anúncio publicitário de agosto passado, em que a rede dos Saads provocava a rede dos Marinhos no quesito cobertura eleitoral.


O Dia Internacional da Criança na TV será comemorado pela Cultura com uma hora de programação especial. Das 14h30 às 15h30 do domingo, dia 10, os Doutores da Alegria receberão alguns ‘pacientes’: o Júlio do programa Cocoricó, o Rafael de Qual É, Bicho? e a dupla do Baú de Histórias.


João Gordo invade a casa do jogador Roberto Carlos no Gordo Visita de hoje, às 22h, na MTV. No papo: futebol, farras entre jogadores e o suposto affair do craque com a apresentadora Ana Maria Braga.’


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Folha de S. Paulo


Segunda-feira, 4 de dezembro de 2006


BALANÇO ELEITORAL
Leandro Beguoci


Horário eleitoral gratuito custou R$ 191 mi à União


‘Cada um dos cerca de 126 milhões de eleitores brasileiros contribuiu com aproximadamente R$ 1,50 para as campanhas políticas que ocorreram neste ano em todo o país.


Pela primeira vez, a Receita Federal divulgou a estimativa de quanto a União deixou de ganhar com a renúncia advinda do horário destinado aos candidatos no rádio e na TV para um ano de eleições. Foram R$ 191 milhões.


Com essa cifra, o custo das campanhas sobe de R$ 1,369 bilhão (dinheiro privado) para R$ 1,560 bilhão (dinheiro privado somado ao dinheiro público). O valor do ‘Bolsa Político’ corresponde a 12,2% do total das despesas de campanha.


Não é possível saber em que lugar dessa porção estão os R$ 98,22 milhões que a União repassou às legendas, via fundo partidário, até o final de outubro. Esse valor, também dinheiro público, pode tanto ter entrado nos cerca de R$ 1,369 bilhão, que inclui o quanto os partidos doaram aos candidatos, quanto pode ter sido usado pela máquina das siglas a serviço das candidaturas, mas não necessariamente computado como gastos de campanha.


Esse dinheiro pode ter sido usado, por exemplo, para contratar mais funcionários para os diretórios partidários.


Outro fator que prejudica a transparência é que apenas 69,7% das prestações de contas dos candidatos e 79,3% das dos comitês foram entregues no prazo, no último dia 28. O custo das campanhas, portanto, ainda pode subir.


Financiamento público


‘Quando se fala em financiamento público exclusivo para as campanhas, ninguém pode esquecer que o Estado abre espaço para os candidatos no rádio e na televisão com dinheiro público’, afirma Gaudêncio Torquato, consultor político e professor da USP.


Apesar da ressalva, ele defende o financiamento público e diz que o objetivo é equalizar a disputa para que a diferença na capacidade dos candidatos de arrecadar recursos não interfira no resultado das eleições. Pontua, contudo, que esse não é o primeiro passo de uma reforma política, mas o último. ‘Hoje não há condições para aprovar o financiamento público. É preciso, primeiro, que se expurguem os pecados, instituindo a fidelidade partidária, por exemplo. É urgente moralizar os costumes políticos.’


Na Câmara dos Deputados, várias propostas dispõem sobre o financiamento público de campanha. O projeto de lei do ex-senador Sérgio Machado (PSDB-CE), de 2001, estabelece que o Estado deve gastar R$ 7 por eleitor para financiar as campanhas. O projeto está parado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Se estivesse em vigor, as eleições deste ano teriam saído por R$ 882 milhões.


Caixa dois


Uma das críticas feitas ao financiamento público é que ele não garante a igualdade entre os candidatos porque não leva em conta um costume arraigado: o caixa dois. Esse é o principal argumento de Carlos Velloso, ex-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para se opor ao projeto.


Ele diz que o Estado gastaria, em média, R$ 1,5 bilhão a cada dois anos para fazer uma eleição, inclusos os gastos da Justiça Eleitoral para organizar as disputas – e, mesmo assim, não eliminaria as doações ilegais.


Para Velloso, uma maneira de amenizar o problema seria uma solução média: conceder incentivos fiscais aos doadores de campanha. ‘Isso estimularia os doadores a declarar exatamente o que doaram, aumentando a transparência.’


Além dos custos, o especialista em direito eleitoral Torquato Jardim, ex-ministro do TSE, apresenta mais um motivo para explicar por que o projeto de financiamento público não tem chances de prosperar. Para ele, os grandes doadores (leia-se grandes empresas) não têm interesse algum no projeto.


‘O setor privado tem que ter aliados no governo, já que a presença do Estado na economia é grande e a lei de licitações prevê várias situações de dispensa de licitação’, afirma.’


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Custo do voto no Brasil e nos EUA é quase o mesmo


‘Eleger um presidente no Brasil custa quase o mesmo que nos Estados Unidos. Neste ano, Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Heloísa Helena (PSOL), Cristovam Buarque (PDT), Luciano Bivar (PSL) e Eymael (PSDC) gastaram, em média, R$ 1,50 com cada eleitor.


Mas, se esse valor for ajustado em dólares, levando em conta a paridade do poder de compra -ou seja, a relação entre salários e preços nos diferentes países-, o gasto vai para US$ 3,07.


Nos EUA, George Bush (Partido Republicano) e John Kerry (Partido Democrata) gastaram, em 2004, US$ 3,25 por eleitor. O fator que ajusta esses valores é calculado pelo Banco Mundial.


A similaridade oculta uma desproporção. O destino dos cerca de R$ 188,5 milhões que os presidenciáveis brasileiros gastaram em 2006 foram, majoritariamente, para pagar gráficas, placas e produção de programas de TV.


Há dois anos, seus congêneres norte-americanos usaram US$ 717,9 milhões, mas pouco mais da metade desse valor foi destinado apenas para a compra de espaço publicitário nas grades de programação das emissoras de rádio e TV -o que no Brasil é pago pelo Estado, sem custar um centavo para os partidos.


Apesar da ressalva, isso não significa necessariamente que a eleição no Brasil pode ser mais cara do que nos EUA. Aqui, o voto é obrigatório. O candidato tem de convencer o eleitor a votar nele. Nos Estados Unidos, é facultativo. O candidato tem de primeiro convencer o eleitor a sair de casa para votar. Caso sejam considerados apenas os eleitores votantes, o valor por eleitor que se dispôs a ir às urnas aumenta.


Portanto, o custo por eleitor nos Estados Unidos leva em conta dois cenários: o número total de eleitores e o número total de eleitores dispostos a votar.


Neste texto, o custo do voto nos EUA levou em conta o eleitorado total do país em 2004, tanto quem foi quanto quem não foi às urnas.


Isso aconteceu porque era preciso usar a mesma base para comparar dois países que têm legislações diferentes sobre o direito de votar.’


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Projeto prevê compensação fiscal de 100% a emissoras


‘No dia 24 do mês passado, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou projeto que prevê compensação fiscal de 100% do preço vigente da tabela pública das emissoras de rádio e de televisão, que são obrigadas a exibir o horário eleitoral gratuito aos partidos. O texto tramita em regime de urgência. Emissoras inseridas no Simples não têm direito ao benefício.’


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


Chávez vs. Lula


‘De um lado, na home de ‘O Estado de S. Paulo’, ‘Após ataque, Pinochet recebe unção dos enfermos’. De outro, no Terra, ‘direto do Palácio Miraflores’, ‘Chávez acompanha as pesquisas’ -e nove delas ‘espalham um clima de vitória’ pelos corredores.


Já esperando ‘vitória sonora, se as pesquisas forem confiáveis’, o editor de América Latina do ‘Financial Times’ postou o texto ‘Moderados devem fazer mais para conter chavismo’. Por moderados, entendam-se Lula etc., aos quais o ‘FT’ sugere ‘duas prioridades’. Uma, programas para reduzir a desigualdade, como o Bolsa Família, ‘mas muito mais é necessário’. Outra, ‘diminuir burocracia fiscal para pequenas empresas’ e fomentar uma classe média que apóie moderados.


E nada de energia, a prioridade de Lula por aqui. Também a de Chávez, segundo a longa reportagem ‘Plano de gasoduto sul-americano tem ambições para além do gás’, do ‘New York Times’. Ele poderia tornar a região dependente, e o Brasil já ‘pode estar desconfiado’. Para diretor da Petrobras, o projeto é ‘desafiador’, mas depende de ‘estudo de viabilidade’.


No Terra Magazine, o presidente da estatal PDVSA e ministro venezuelano da Energia diz que o projeto é ‘factível’ e já anuncia que ele será realizado por uma ‘multiestatal’ unindo Brasil, Argentina e Venezuela.


HIDRELÉTRICAS, NÃO


Sob o título ‘Energia da água põe clima em perigo’, o ‘Observer’ noticiou ontem que cientistas, um deles de Manaus, divulgam ainda esta semana, em encontro da Unesco, um estudo segundo o qual as hidrelétricas ‘podem contribuir perigosamente’ para o aquecimento global.


Produziriam metano, com a deterioração do material orgânico submerso. ‘Porém outros cientistas questionam os dados’, registra o jornal.


OUTROS PODERES


A comentarista Míriam Leitão respondeu à pergunta ‘quem está ganhando poder’ no Brasil, feita pelo blog Post Global, do ‘Washington Post’. Disse que, no ‘longo prazo’, ONGs devem frear o anunciado desenvolvimento com custo ambiental de Lula.


Por outro lado, também cresce aqui o debate étnico, derrubando a visão ‘secular’ de democracia racial -e implantando programas que ‘dão poder a afrobrasileiros’.


OS ANIVERSARIANTES


O ‘El País’ celebrou ontem ‘O aniversário dos BRICs’, seu título, seguido da explicação ‘O conceito que agrupa Brasil, Rússia, Índia e China como mercados emergentes ganha força’. Avalia que ‘a realidade superou todas as expectativas’ da Goldman Sachs, que cunhou o acrônimo.


De sua parte, o ‘Wall Street Journal’ de sábado trouxe um ‘Guia de sobrevivência para mercados exóticos’, a saber, os BRICs e alguns outros, como a África do Sul:


– Uma forma de jogar mercados emergentes é investir em ações que dependam de consumidores locais e não nas que podem ser afetadas por uma desaceleração dos EUA.


MISSÕES E TURISTAS


Kevin Moloney – nytimes.com/ Reprodução


Após andar pela Amazônia, o correspondente do ‘NYT’, Larry Rohter, foi parar no que chamou de ‘Missões de uma utopia perdida’, na Tríplice Fronteira, sul do país. A tal utopia, ‘comunismo teocrático’, como ele reproduz, foi a dos jesuítas e guaranis. Saiu no caderno de turismo. O mesmo ‘NYT’, registre-se, criticou violentamente o filme ‘Turistas’, que estreou sexta-feira nos EUA, sobre jovens adolescentes que viajam para o Brasil. Um filme ‘letalmente retardado’, na tradução do portal G1, que comemorava ontem o ‘fracasso de bilheteria’ da estréia.’


TELEVISÃO
Daniel Castro


Governo reduz publicidade e frustra TVs


‘Maior anunciante do país, o governo federal, com seus ministérios e estatais, reduziu sensivelmente os gastos com publicidade neste final de ano, reclamam as redes de TV.


As emissoras esperavam que, após a vitória Lula no segundo turno, o governo ‘abrisse as torneiras’, que estavam fechadas durante a campanha eleitoral devido a restrições legais. Mas isso não aconteceu. A publicidade, dizem as TVs, está chegando só em conta-gotas.


Segundo as emissoras, o governo e as estatais praticamente só estão cumprindo contratos assumidos anteriormente, como os de patrocínio de telejornais e eventos, como o Pan do Rio. Além disso, há algumas campanhas curtas, como uma do Banco do Brasil e outra do Ministério da Saúde.


O principal problema seria indefinição no governo, uma vez que muitos técnicos, secretários e ministros não devem continuar em seus cargos. A Folha apurou também que a Secom (Secretaria de Comunicação Institucional), ligada à Presidência, tem priorizado a resolução de problemas apontados pelo TCU em cartilhas. E a Caixa está trocando agências.


A redução dos gastos oficiais já afeta as redes. Na Band, por exemplo, o impacto foi de 5% sobre sua receita global.


A Secom nega que tenha havido corte nos gastos. Afirma que as ‘campanhas estão normais’ e que as estatais ‘estão cumprindo o planejamento’.


ESTRANGEIRA A Globo detectou que Sonia Braga, por ter vivido fora do país, é quase desconhecida por telespectadores com menos de 25 anos. Isso explica, em parte, a falta de repercussão de sua atuação em ‘Páginas da Vida’.


MAIS TEVÊ 1 Tem mais gente vendo TV neste ano. De janeiro a novembro de 2006, a média de televisores ligados na Grande São Paulo durante todo o dia (das 7h às 24h), foi de 45,5%, contra 44,8% em 2005.


MAIS TEVÊ 2 A Record foi a rede que mais cresceu. Sua média diária subiu de 5,0 pontos em 2005 para 6,1 neste ano (aumento de 22%). A Band foi de 2,0 para 2,2 pontos (mais 7%) e a Globo, de 21,2 para 21,6 (mais 2%). Já SBT e Rede TV! caíram no Ibope.


INQUÉRITO 1 O autor de ‘Páginas da Vida’, Manoel Carlos, mandou um de seus colaboradores fazer uma pesquisa detalhada sobre seqüestros. Ele usou o aprendizado para escrever as cenas sobre o seqüestro de Luciano (Rafael Almeida), que começa a se desenrolar nesta semana.


INQUÉRITO 2 O seqüestro da novela _orquestrado pelo crime organizado para pressionar a mãe de Luciano, a procuradora da República Tereza (Renata Sorrah)_ tentará ser fiel à realidade. A novela mostrará detalhes das negociações pelo resgate, o rapaz sofrendo ameaças, o trabalho da polícia etc.’


Teté Ribeiro


As 7 melhores séries de 2007…


‘As inéditas ‘Dexter’ e ‘Heroes’ e a terceira temporada de ‘House’ ganharam cotação máxima na avaliação do Folhateen; já os novos capítulos de ‘Lost’ não chegaram lá


Todo ano, no outono norte-americano, parece que aquela, sim, vai ser a melhor temporada da TV de todos os tempos. Os canais abertos e os pagos investem pesado em novos seriados e nas velhas séries de sucesso.


Mas é uma loteria. Nem nomes famosos nem superproduções garantem que o público vai gostar mais de uma que de outra. Depois da peneirada geral dos primeiros episódios, entre mortos e feridos, essas são as sete melhores séries e, na próxima página, as três piores exibidas nos EUA hoje em dia.


Grey’s Anatomy ***


ALGUMA NOVIDADE?


A série continua a mesma, mas o clima no set… Quanta diferença! Uma briga entre os atores Isaiah Washington (doutor Preston Burke) e Patrick Dempsey (doutor Derek Shepherd) foi parar em todos os tablóides e provocou a ‘saída do armário’ do ator T.R. Knight (doutor George O’Malley). O que rolou: Washington se irritou com os atrasos de Dempsey e explodiu na frente de todo mundo. Na briga, soltou que estava cheio ‘desse monte de gays’. Depois pediu desculpas, mas o estrago estava feito os bastidores da série tomaram o lugar da trama.


O QUE ROLA


Os médicos do Seattle Grace Hospital chegaram a bater o recorde de audiência, que antes era de ‘CSI’. A mudança do seriado de domingo à noite (entrava depois de ‘Desperate Housewives’) para as quintas, noite mais privilegiada da TV americana, comprova que os amores da doutora Grey e sua turma ficam no ar por mais muitas temporadas.


NO BRASIL


A Sony ainda não divulgou quando a terceira temporada entra no ar, mas não deve ser antes de fevereiro de 2007.


Dexter ****


O QUE É


Um policial fofo que analisa as manchas de sangue nas cenas de crime de Miami tem um segredinho: ele é um serial killer. Dexter é uma espécie de matador-justiceiro, adotado quando pequeno por um policial que descobre suas tendências sanguinárias e o treina para matar só outros serial killers. O problema é que seus crimes começam a aparecer, e Dexter, que nunca deu bandeira, começa a se ver encurralado. Ele é o narrador da história e, de alguma maneira, faz o espectador se sentir seguro e até com vontade de ser seu amigo. Uma façanha do ator Michael C. Hall, que era o David Fisher de ‘Six Feet Under’.


O QUE ROLA


A série é exibida no canal pago Showtime e não está entre os mais vistos. Mas tem fãs fiéis e a crítica é só elogios. Não é para menos: tem produção impecável, diálogos bem escritos e a narração deliciosa do protagonista.


NO BRASIL


Estréia em 2007 no canal pago FX, ainda sem data definida


Lost ***


ALGUMA NOVIDADE?


Além de Rodrigo Santoro no elenco, duas novas atrizes entraram na série, Elizabeth Mitchell (de ‘E.R.’) como Julie, e Kiele Sanchez como Nikki, para viver um romance com o personagem do brasileiro. Mas a novidade mais chocante é que, depois de meia-dúzia de episódios, a série saiu do ar e ficará em novo recesso durante treze semanas (‘Day Break’, uma das piores do ano, entrou no lugar). Ah, e tem um personagem que morre depois de ser torturado pelo monstro esfumaçado da ilha. Ele é o único que tem ‘Mister’ antes do nome. Se vira.


O QUE ROLA


A série perdeu um monte de audiência nessa terceira temporada, muito por causa do sucesso de ‘Criminal Minds’, que estreou sua segunda temporada antes e com roteiro mais amarrado.


NO BRASIL


A terceira temporada de ‘Lost’ vai ao ar no canal pago AXN em março de 2007. Depois, na Globo, que tem os direitos para a TV aberta.


Heroes ****


O QUE É


Oito pessoas aparentemente normais descobrem ter um poder extraordinário. Exemplo: o artista plástico nova-iorquino Isaac Mendez tem o poder de pintar o futuro quando está sob o efeito de drogas; a cheerleader do Texas Claire Bennet se cura de qualquer machucado; o nerd nipônico Hiro Nakamura viaja no tempo. A série é cheia de mistérios e personagens amedrontadores, como o pai da cheerleader texana, um caçador de superpoderosos. E nem todos os personagens se conhecem, mas devem se encontrar até o final desta primeira temporada.


O QUE ROLA


O sucesso de ‘Heroes’ é a grande surpresa da temporada: está entre os 15 programas de maior audiência (não só séries) e atrai 14 milhões de telespectadores toda semana. Mistura descarada de X-Men com ‘Smallville’, vai fazer a alegria dos fãs de filmes baseados em HQs.


NO BRASIL


A estréia está programada para o fim de fevereiro ou começo de março, na TV paga Universal. A Record também comprou os direitos, mas ainda não tem data de estréia prevista.


House ****


ALGUMA NOVIDADE?


No início dessa temporada, House voltou saudável e bonzinho. Eca! Por sorte, suas dores voltaram, a bengala também, assim como o cinismo e as doses cavalares do remédio que ele toma para a dor. Agora, ele está com problemas com a polícia, ou melhor, com um policial que foi ao hospital e foi atendido por House em um dia de mau humor. O médico ‘esqueceu’ de tirar o termômetro do tira. Detalhe: nos hospitais americanos, é comum medir a temperatura no ânus…


O QUE ROLA


A terceira temporada é a melhor até agora. E depois de duas temporadas de sucesso, a série levou uma injeção de dinheiro que permite que as cenas aconteçam não apenas no hospital e nas casas dos doentes. Os roteiristas estão explorando um pouco mais a vida pessoal do bom doutor e de suas ‘vítimas’.


NO BRASIL


A terceira temporada já é exibida às terças-feiras no canal pago Fox


Criminal Minds ***


O QUE É


Um grupo especial do FBI, chamado Unidade de Análise Comportamental, procura antecipar os movimentos dos bandidos, a fim de prendê-los antes que eles cometam o próximo crime. O supervisor do time é Jason Gideon.


O QUE ROLA


É tipo um ‘CSI’ antes do crime’. A segunda temporada da série, que estreou em setembro, entrou no ar no mesmo horário da terceira temporada de ‘Lost’. Com trama bem amarrada e histórias que se resolvem em um episódio, roubou grande parte da audiência do seriado da ilha perdida.


NO BRASIL


O canal pago AXN começou a exibir a primeira temporada do seriado em julho deste ano, toda terça-feira, às 21 horas.


Desperate Housewives ***


ALGUMA NOVIDADE?


Várias, mas não leia se não quiser estragar a surpresa. Bree recupera o filho e se casa com Orson (Kyle McLachlan), que pode ou não ter matado sua mulher. Atropelado por Orson, Mike fica em coma e Susan começa a namorar com um inglês no hospital. Mike acorda com amnésia e Edie o faz pensar que ela é a sua namorada, não Susan. Uma mulher traída vai ao supermercado onde o marido trabalha tentar matá-lo. Lá dentro estão Edie, Lynette, Austin (sobrinho de Edie), Nora (a ex-namorada de Tom) e Julie (filha de Susan). O tiroteio deixa dois mortos e um ferido, todos citados na última frase.


O QUE ROLA


O mistério principal dessa temporada não pegou muito. Há uma mulher morta que pode ou não ter sido morta por Mike ou pelo novo marido de Bree. Mas as donas-de-casa estão mais desesperadas do que nunca.


NO BRASIL


A Sony começa a exibir a terceira temporada entre fevereiro e março de 2007


E as 3 piores:


A volta de Matthew Perry (o Chandler, de ‘Friends’) e Calista Flockhart (a Ally McBeal, da série de mesmo nome) prometiam ser as grandes novidades da TV. E não é que os dois foram parar nas piores séries do ano?


Brothers and Sisters *


O QUE É


A volta de Calista Flockhart para a TV é ‘a’ grande decepção dessa nova leva. A série é centrada na família Walker, que perde o pai no primeiro capítulo. A mãe, interpretada por Sally Field, é democrata e se dá muito mal com a filha. Kitty (Calista Flockhart) é republicana e reacionária e se muda de NY para a casa da mãe, na Califórnia, para fazer um programa político na TV.


O QUE ROLA


A série até tem bastante audiência, porque entra no ar no mesmo canal e logo depois de ‘Desperate Housewives’, mas não tem graça nenhuma. Calista está chata que só ela.


NO BRASIL


O seriado ainda não tem estréia programada


Studio 60 **


O QUE É


A nova série do Matthew Perry (o Chandler, de ‘Friends’) entrou no ar como se já fosse bem sucedida. A crítica falou bem, o público compareceu, mas, aos poucos, a trama que mostra os bastidores de um programa estilo ‘Saturday Night Live’ se mostrou fraca e os personagens, sem grandes apelos. Matthew Perry até que se sai bem como um roteirista contratado para salvar um programa dentro do programa, mas ele é a única coisa boa em um seriado que é só produção, nenhuma graça, nenhum suspense.


O QUE ROLA


As piadas ficaram repetitivas e os personagens não se desenvolveram. Corria o risco de ser cancelada antes mesmo de concluir a primeira temporada, mas o canal NBC resolveu manter a série no ar mais um pouquinho.


NO BRASIL


Já é exibido no canal pago NBC às segundas; o Warner Channel também promete começar a exibir em janeiro de 2007


Day Break **


O QUE É


Entrou no lugar de ‘Lost’, na rede ABC, no dia 15 de novembro, e já foi parar na lista dos piores do ano. É uma minissérie, criada para ter apenas doze episódios, enquanto os produtores de ‘Lost’ preparam os próximos capítulos. Conta a história do policial Brett Hopper, que vive o mesmo dia várias vezes e, nessas 24 horas, é acusado de um assassinato que não cometeu. A cada novo dia, ele tenta desvendar o mistério.


O QUE ROLA


É uma versão dramática da comédia ‘Feitiço do Tempo’ (1993), que usava a mesma premissa. Não tem como disfarçar que foi feito de última hora, só pra dar tempo pro time de ‘Lost’ saber o que fazer com Rodrigo Santoro e sua turma de ilhados.


NO BRASIL


Não tem estréia programada.’


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