TELEVISÃO
Casal Nacional
‘Não sei vocês, mas eu não tenho gostado muito do jeitão informal do casal Willian e Fátima durante a ancoragem do JN. Sou franco: preferia os tempos do velho Cid e Hilton Gomes.
Não se trata da qualidade dos profissionais citados. A direção decidiu apostar no CASAL. Não são dois apresentadores, cada um com sua fala. Os dois se olham todo o tempo e conversam durante parte dele. É como se fosse um bate papo gostoso entre família que decide incluir o telespectador.
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‘ Opine aqui sobre a apresentação de Bonner e Fátima no Jornal Nacional
Eu quase chego a prever o dia que estarão mais próximos, de mãos dadas. Indo adiante, sai a mesa, o cenário e eles estão em casa. O clima seria de descontração, sem perder a credibilidade que lhes é notória. Mas teríamos as crianças passando na frente da câmera e sendo repreendidas por Fátima. Possivelmente a cozinheira perguntando se falta muito ou se já pode por a janta na mesa. A proposta poderia se estender para os correspondentes.
O correspondente de Brasília, por que não gravá-lo em casa? Ele poderia ter um pôster com uma boa foto do Palácio do Planalto, da Catedral. Mais moderno seria dividir a tela. De um lado o jornalista, na poltrona de sua casa, ou preparando um miojo (a turma de lá não tem tempo pra nada) e, do outro lado, uma apresentação em Power Point mostrando os principais pontos turísticos da cidade.
Ao final de sua matéria, no último ‘slide’ veríamos a mensagem ‘Visite Brasília!’. Isso se repetindo nas principais cidades do Brasil, com todos os correspondentes, seria de grande valia para incrementar o turismo interno.
Boston Legal chegou ao final com algum exagero. O excesso que costuma vir junto com o sucesso. Ainda assim uma série brilhante. Comparando com as que temos ou já tivemos, fica uma estranha sensação de que nem começamos a engatinhar nessa área.
House também chegou a fim de maneira não muito feliz. E ainda bem que chegou ao fim. Sempre foi a minha predileta, mas sua última temporada ganhou cores escuras demais.Acho um tremendo problema perceber que em algum momento o contador de piadas começa a se levar a sério.
House não chegava a contar piadas, mas seu humor, ainda que muitas vezes lotadinho de ironia e de sarcasmo, é o que me encantava. Passou a ficar esquisito demais, deletério demais. Ou seja: foi perdendo a graça, a cor e foi ganhando peso e caminhando para a escuridão.
Chegaram ao final do poço.
Márcio Alemão é publicitário e cronista gastronômico da revista Carta Capital.’
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