TWITTER
Frase da semana
‘‘É um fenômeno incrível, mas não tenho idéia de como eles podem monetizar isso. Ninguém ganha dinheiro com a web, hoje em dia, com qualquer outra coisa que não seja relacionada a busca’.
Rupert Murdoch, diretor da NewsCorp, grupo de mídia que controla a MySpace, que recentemente fechou diversos escritórios internacionais, fala sobre o Twitter em entrevista ao site The Street.’
CURIOSIDADE
Fofocas sempre fazem bem para os contadores de visitas
‘Além de assuntos para conversas, fofocas rendem visitas como nunca. Pesquisa da comScore mostra que sites de entretenimento, de fofocas de celebridades, vêem as suas visitas crescerem de forma segura.
A pesquisa não leva em conta os últimos acessos com a cobertura da morte de Michael Jackson. Leva em consideração apenas o mês de maio. Mesmo assim, o aumento foi de 7% em relação ao ano passado e o conteúdo em vídeo foi um dos principais responsáveis pelo aumento na audiência.
O estudo foi feito no mercado norte-americano, onde estão Hollywood e os principais sites de fofocas do mundo. Quem lidera a lista de mais visitados, mais populares, é o recente OMG!, da Yahoo!, que tem a proposta de ser mais um site de fotos do que de texto, seguido do blog TMZ, que vem fazendo uma extensa cobertura da morte de Michael Jackson, e em terceiro, o site da People Magazine.
Ou seja, o TMZ está bem longe de ser um site desconhecido. A pesquisa detectou também que o principal motivo por que as pessoas tanto acessam esse tipo de site no trabalho é que eles funcionam como uma forma de escape, de dar uma pausa no trabalho, em assuntos sérios.
Eu gosto dos sites de fofocas por que, em geral, eles sempre são os primeiros a absorver diversas tecnologias – celular para fazer streaming, blogs, cobertura via Twitter. Diferente do jornalismo considerado mais sério – economia e política, que até hoje ainda não absorveu direito essas novas técnicas e dinâmicas. O OMG! mesmo tem diversos recursos interessantes que podem ser aplicados em outros sites de notícias.
Ainda sobre os sites de fofocas, vale mencionar um trecho do livro Cultura da Convergência, de Henry Jenkins, em que o autor nos lembra que quando duas pessoas comentam os últimos desdobramentos de um reality show não estão apenas discutindo banalidades, mas valores éticos e morais. Há um valor real na fofoca.
Por trás de uma notícia de fofoca, de uma atriz que se casou pela 3ª vez ou de um ator que namora uma mulher 20 anos mais nova, o público acaba reiterando algumas opiniões e julgamentos éticos.’
GOOGLE NEWS
Pessoas estão fugindo da caixa de comentários (atualizado)
‘Em tempos em que um público mais ‘hard user de internet’ utiliza cada vez mais o Twitter para fazer comentários sobre um acontecimento, achei bem emblemática a decisão da Google de retirar a possibilidade de fazer comentários no conteúdo do Google News. Segundo a empresa de busca, o motivo era que as pessoas pouco usavam o recurso.
Para mim, vale fazer duas observações neste caso. Primeira, a Google impôs muitas restrições para quem queria comentar. Segunda, existem outras formas de comentar um artigo. Não é por que uma matéria não tem comentários que não quer dizer que as pessoas não a estejam comentando.
Acontece que uma parte do público pode preferir fazer isso em outro ambiente, no Twitter, no Orkut, no Facebook ou em seu próprio blog. Pelo menos, a primeira opção é a que vejo mais comum entre usuários com mais tempo de web.
De olho nesse comportamento, a revista Business Week começou neste ano um projeto/experimento de integrar comentários feitos no Twitter ao seu site.
O WordPress já tem um plugin, o Tweetbacks. Ele traz os comentários a respeito de um post seu feitos no Twitter para a caixa de comentários de seu blog. Não funciona muito bem, não indexa bem, mas é uma tentativa de centralizar/agregar esses comentários.
Atualização – Conforme o Amaral lembrou nos comentários, a revista Newsweek também tem uma espécie de integração com o Twitter. Diferente da Business Week, mas interessante. A revista faz uma pergunta e as pessoas respondem no Twitter. Perguntas e respostas ficam em um box na home do site.’
ESTUDO
Google é mais confiável que ‘mídias tradicionais’
‘O estudo é das universidades de Manchester e Leeds e foi publicado em parceria com o Instituto de Jornalismo da Reuters, uma das mais tradicionais agências de notícias. Quando as pessoas estão em dúvida sobre um acontecimento ou buscam uma análise, o Google é a fonte mais confiável.
Apesar de aparecerem links para sites consagrados de notícias nos primeiros resultados das pesquisas, a percepção do público é de que esse método de buscar no Google é mais confiável, tem mais credibilidade. Existe uma percepção de que o conteúdo que é publicado na internet é produzido ‘por gente como a gente’ e um caminho para ter acesso a ‘fontes independentes de informação’.
Segundo a pesquisa, a chamada ‘grande mídia’ é vista como falha na hora de proporcionar profundidade e explicar um acontecimento ao público. No final, gera mais confusão do que conhecimento.
Achei a pesquisa um pouco simples e deixa muitas questões em aberto, mas ratifica bem que o Google vem sendo utilizado como um grande oráculo, mesmo quando se trata de buscar por notícias e análises. Não é somente para responder a perguntas banais, do tipo ‘como dar nó em gravata’.’
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