ADAPTAÇÃO
Estadão cria cargo de ‘editor de mídias sociais’ e lista no Twitter
‘Com base no premiado Big Picture, tema deste blog por diversas vezes e
idealizado por Alan Taylor, desenvolvedor do site do Boston Globe, o Estadão
lançou o Olhar sobre o mundo, blog que publica somente fotos em tamanho grande,
em 950px.
Entre os primeiros posts, uma seleção de fotos sobre a recente guerra nos
morros do Rio de Janeiro, além de outra sobre a cidade de São Paulo antes do
projeto ‘Cidade Limpa’, que retirou a publicidade de vários pontos públicos da
cidade.
Outra novidade é o Rodrigo Martins, ex-repórter do caderno Link, que assumiu
o cargo de ‘editor de mídias sociais’ do Estadão.
No início do ano, NYTimes e Guardian criaram cargos semelhantes.
Entre as novidades mais recentes, foi criada uma lista com os jornalistas do
Estadão que utilizam o Twitter. O HootSuite, client bem completo para o serviço
de microblogging, usado pelo TMZ e o portal Huffington Post, também passou a ser
utilizado pelo site do jornal.’
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Revista faz brainstorm no Twitter
‘Nesta semana, a edição brasileira da Revista Época passou a utilizar o
Google Wave para aceitar sugestões e discutir pautas.
E a Good Magazine começou a dar um bom exemplo de como utilizar o Twitter
além de uma plataforma de mídia (apenas para redirecionar tráfego ou dar
visibilidade a conteúdos). Indiretamente trabalha em cima do conceito de
‘inteligência coletiva’.
Foi criada uma hashtag comum #cityideas. E a revista pediu aos leitores que
enviassem mensagens com ideias para mudar as cidades. É uma espécie de
brainstorm no Twitter. Algumas ideias começam a aparecer. Vamos ver no que vai
dar. O tema interessa a muita gente.
#cityideas Eu sou a favor de uma ‘virtualização’ maior das empresas para
reduzir o trânsito nas cidades. Geralmente, não há necessidade de ir ao
escritório todo dia. Muita coisa pode ser feita à distância, reduzindo assim o
tráfego de carros nas cidades.’
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Twitter e a amizade como filtro
‘Finalmente, o NYTimes lançou uma página oficial que agrega todos os
jornalistas do jornal que utilizam o Twitter. O que vai ao encontro da
estratégia da versão digital, de pensar de modo distribuído e em rede. São
‘vários nós do NYTimes na web’.
A Rádio Bandeirantes também agrega em uma página os perfis dos twitters da
equipe da rádio.
Por sua vez, o Huffington Post começou a utilizar o recurso de listas em seu
site. São montadas listas sobre um assunto específico que está acontecendo neste
momento. Por exemplo, uma que agregue jornalistas e torcedores que estão falando
sobre um jogo.
Na parte de TV, Peter Cashmore, editor do blog de tecnologia Mashable, em sua
estréia como colunista do site da CNN, disse que está crescendo a ‘economia da
curadoria’, em alusão ao conceito de ‘economia da atenção’.
Segundo ele, o Twitter possibilita que você use amigos (pessoas) como um
filtro, o que também vai ao encontro da ideia de que, antes de tudo, seguimos
pessoas, a web é uma rede de pessoas.’
OPORTUNIDADE
Frase da semana
‘‘O destino do jornalismo não está nas mãos das instituições. Está nas mãos
dos empreendedores’.
Jeff Jarvis, jornalista e autor do livro O que a Google faria?, contra a
ideia de governos subsidiarem empresas de jornalismo em crise. Segundo Jarvis, o
futuro estará nas mãos de pessoas que enxergarem oportunidades e não crise no
momento atual.’
IRÃ
Criador do termo ‘bridge-blogger’ está preso até hoje
‘Para ajudar a explicar o que vinha fazendo desde 2001 em seu blog Editor:
Myself, o iraniano Hossein Derakhshan (foto) resolveu, em 2005, criar o termo
‘bridge-blogger’. Refere-se a pessoas que utilizam o seu blog para fazer uma
‘ponte’ entre duas culturas.
Por exemplo, autores de blogs que escrevem sobre a política chinesa para uma
audiência americana. Neste caso, essas pessoas funcionam como ‘pontes’,
traduzindo e contextualizando notícias e acontecimentos locais para o
inglês.
Neste sentido, atuei como ‘bridge-blogger’ durante a Pop!Tech 2007. E
Derakhshan fazia uma ‘ponte’ entre a cultura iraniana e a americana.
O iraniano também atuou como um hub para o crescimento dos blogs no Irã.
Ainda em 2001, criou um guia sobre como blogar e burlar a censura no país.
Formado em Sociologia pela Universidade Nacional do Irã, logo chamou a
atenção da imprensa inglesa e virou colaborador do Guardian em 2005.
É uma pessoa que tem um peso histórico para quem acompanha ou estuda blogs há
algum tempo.
Derakhshan voltou a ganhar destaque, mas desta vez por que está preso há um
ano no Irã. Uma vez mais, sabe-se pouco do que é acusado (atualmente, a acusação
é a de ser ‘espião de Israel’).
Nesta terça-feira, a organização Global Voices Online, que defende a
liberdade de expressão, lançou o site ‘Vozes Ameaçadas’, que monitora e mapeia
as prisões de jornalistas e autores de blogs em todo o mundo.
Depois de China e Egito, o Irã é o terceiro na lista dos países que mais
ameaçam a liberdade de expressão. E Derakhshan está ao lado de outros 22
jornalistas e autores de blogs presos no Irã.’
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