Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Tiago Dória Weblog

BLOGOSFERA
Tiago Dória

112 milhões de blogs. E era para ser muito mais, 20/1

‘Em entrevista à revista Business Week, David Sifry, criador do sistema de busca de blogs Technorati, deu uma atualizada nos números da blogosfera mundial. São 112 milhões de blogs indexados pelo Technorati, sendo que 120 mil são criados a cada dia e apenas 13 milhões foram atualizados nos últimos 60 dias.

O número total de blogs era para ser bem maior, se o Technorati conseguisse indexar os blogs que estão embutidos em perfis de redes sociais como MySpace, Suicide Girls e Last.fm. Blogs que muitas vezes são bem visitados e linkados.

Dá para tirar duas observações daí. Ainda são poucos os blogs que são atualizados com periodicidade. E sistemas como o Technorati fornecem apenas uma visão e, às vezes, distorcida do que é a blogosfera. Ela é bem maior e inclui blogs de redes sociais e outros que estão em ferramentas que não conseguem indexação.’

 

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Frase da semana, 19/1

‘‘Eu nunca gasto muito tempo com pessoas da minha idade’

David Karp, 21, criador do Tumblr, uma ferramenta de publicação de blogs que é uma simplificação ao máximo das atuais e consagradas que estão no mercado.

Nesta semana, o The New York Observer deu destaque a Karp, que é tratado como o mais ‘precoce e bem sucedido empreendedor’ no Vale do Silício. Desde o ano passado, o Tumblr vem crescendo em número de usuários e recebendo investimentos de empresas de capital de risco.’

 

REDES SOCIAIS
Tiago Dória

Amigo é uma coisa, colega é outra, 19/1

‘O USAToday destaca em seu site um artigo sobre as dificuldades encontradas por algumas pessoas em compartilhar informações pessoais em redes sociais online.

O problema surge quando essas redes permitem que todos os seus contatos tenham o mesmo grau de acesso às suas informações. Ou seja, não existe diferenciação – aquela pessoa que você conheceu outro dia tem o mesmo acesso aos seus dados que um familiar seu.É algo que já comentei. Em parte, isso é resultado de um erro de semântica – que já começou a ser corrigido – nessas ferramentas de redes sociais ao tratar todas as pessoas que você adiciona como ‘amigos’.

Na verdade, são ‘contatos’ e entre eles estão ‘amigos’, ‘contatos profissionais’ e ‘familares’. E cada um deve ter um tratamento diferente, principalmente em redes onde você pode postar informações pessoais.

Não existe nada de errado nesse tratamento diferenciado. Pelo contrário, faz sentido. Se nem na vida offline tratamos os nossos contatos igualmente, fornecendo a todos o mesmo tipo de informação, por que seria diferente em uma rede social online?

Foto do Flickr de Charles The Rocket

PS – Devido a problemas técnicos, o blog ficou fora do ar por um tempo nesta sexta-feira.’

 

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Guerra contra crimes sexuais na internet, 15/1

‘A rede social MySpace e procuradores de 49 estados norte-americanos fecharam, nesta segunda-feira, aquele que pretende ser um dos maiores acordos para combater crimes sexuais e proteger crianças de conteúdo obsceno na internet.

A Myspace é uma das primeiras redes que adotará as medidas – como padrão, os perfis de usuários com menos de 17 anos serão visíveis somente para amigos, e usuários com menos de 18 anos não poderão acessar áreas ligadas a ‘romance e relacionamentos’. Além disso, por meio de um sistema de email, pais poderão impedir as crianças de criar perfis online na rede.

Os procuradores, que esperam que as medidas sejam adotadas por outros sites, querem ainda que a MySpace instale uma tecnologia que verifique a idade de cada usuário, o que, para mim, parece algo atualmente impossível. Por meio de Biometria? Além do mais, poderia ser inútil. E se o menor estivesse com um maior de idade que criasse um perfil para ele na rede social?

Adam Thierer, da The Progress and Freedom Foundation, fez um comentário que chamou a minha atenção. Segundo ele, essas ações servirão somente para criar um ‘mercado cinza’ de redes sociais. Os adolescentes migrarão para outros sites fora da jurisdição dos EUA e que tenham regras menos rígidas.

Quando vejo esses casos envolvendo combate aos crimes em redes sociais, lembro da Teoria da janela quebrada, que se aplica muito bem à administração de comunidades. Acho que faltou um pouco disso nestas grandes redes socias online.

Gosto também de citar o projeto da aSmallWorld, uma rede social que tem um ambiente considerado saudável e de respeito. Eles se apóiam em duas idéias para mantê-lo desse jeito – regras de moderação eficientes, mas claras às pessoas que utilizam o serviço.E preocupação quanto ao crescimento da rede. A entrada de cada pessoa é acompanhada de perto, o que, em parte, faz diminuir a quantidade de usuários na rede social. A meu ver, isso não é lá um problema. De que adianta ter 2.000 contatos em seu perfil, se, assim como na vida offline, você fala efetivamente somente com 20 deles?

Talvez a solução para essas grandes redes sociais ou lição para futuros negócios nesta área seja essa – trabalhar em menor escala, uma das coisas mais revolucionárias que a web proporciona. Trocar a quantidade pela qualidade.

Mais ou menos, ser como aquela cidadezinha do interior que não tem crimes e todo mundo pode deixar a porta de casa aberta, pois todos se conhecem. É algo mais próximo de uma comunidade online do que um amontoado de gente em torno de um site com uma marca forte.’

 

TECNOLOGIA
Tiago Dória

‘Celular será a porta de entrada para a internet’, 18/1

‘‘É hora de reconhecermos que, para a maioria da população mundial e num futuro próximo, o telefone celular será o ‘computador’ e a porta de entrada para a internet’.

Recomendo a leitura do artigo ‘The invisible computer revolution’, publicado no site da BBC e escrito por Joel Selanikio, físico e fundador da DataDyne.org, organização voltada para projetos mobile em países em desenvolvimento.

O autor reconhece o quanto a inclusão digital e educacional na África não tem se realizado por meio de ‘projetos de laptops de US$ 100?, mas via celular, que, nestas regiões, é utilizado como um computador – para acessar emails, agendar compromissos e fazer pagamentos.

Segundo Selanikio, nos países mais ricos, o celular também é usado para essas tarefas, mas somente se o computador não estiver acessível. Diferente de países mais pobres, onde, na maioria das vezes, o único ‘computador’ e meio de acessar a internet é o celular.

Não é à toa que os melhores projetos de saúde e de educação voltados para mobile são feitos com foco nestas regiões. O Centro de Saúde da Universidade de Connecticut, por exemplo, vem trabalhando em um interessante projeto para combater e prevenir a AIDS na África por meio do uso de um aplicativo no celular e de uma campanha via SMS. Confira aqui.’

 

 

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Clique nos links abaixo para acessar os textos do final de semana selecionados para a seção Entre Aspas.

Folha de S. Paulo – 1

Folha de S. Paulo – 2

O Estado de S. Paulo – 1

O Estado de S. Paulo – 2

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