Sunday, 24 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Tiago Dória Weblog


APLICATIVOS
Tiago Dória


Globo traz mashups para as massas, 7/9


‘Resultado de uma parceria do portal Globo.com com o programa Fantástico,
entrou no ar o Amazônia.VC.


É um mashup do Google Maps com dados do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais [Inpe] que mostra, em tempo real, locais de desmatamentos e queimadas
na Amazônia.


Além de ficar disponível no portal para consultas, o mashup funciona
integrado ao Orkut, como um aplicativo que pode ser instalado em um perfil,
permitindo que as pessoas possam acompanhar as notícias sobre a região e ainda
fazer protestos online.


A idéia é trabalhar com o ‘poder de mobilização da rede’ e fazer com que os
usuários atuem como fiscalizadores.


O lançamento do aplicativo contou com reportagem e chamada no Fantástico.
Enquanto teclo este post, mais de 19.500 pessoas já instalaram o aplicativo em
seus perfis no Orkut.


Orkut personalizado com o time de futebol


Em julho, o Globo Esporte lançou um outro aplicativo para a rede social, que
permite personalizar o seu perfil de acordo com o seu time de futebol, com
fotos, notícias, vídeos, resultados dos jogos, comentários e opiniões suas sobre
as partidas.


A Globo é, portanto, o primeiro grande veículo no Brasil a investir de forma
efetiva em aplicativos para redes sociais, a exemplo da CNN e CBS lá fora.’


 


 


ANTENADO
Tiago Dória


Banco Mundial libera acesso à API, 7/9


‘Enquanto a maioria dos grupos de mídia ainda está mastigando a informação de
que o NYTimes vai liberar a sua API, o Banco Mundial resolveu abrir o acesso
público a sua API.


Agora é possível construir serviços e mahups em torno do conteúdo do site do
Banco Mundial.


A API, espécie de ‘receita’ de um site com diversas instruções, dá acesso ao
histórico de fotos, história do banco desde 1960, além de alguns dados, como,
por exemplo, estudos sobre pobreza feitos pela instituição.


Vale lembrar que o Banco Mundial também utiliza o site de fotos Flickr.’


 


 


JORNALISMO MÓVEL
Tiago Dória


The Flip, novo gadget para jornalistas, 7/9


‘Grande destaque nas convenções dos partidos Democrata e Republicano nos EUA,
a cobertura móvel promete ganhar mais espaço na Reuters, segundo informa o
Journalism.co.uk.


Mais de 40 pessoas serão escolhidas pela agência de notícias para receber
câmeras Sanyo HD, a mesma utilizada pela Revista Newsweek, e Flip para captar
informações nas ruas durante as eleições.


A edição dos vídeos produzidos será mínima e a idéia é se aproveitar da
onipresença das pessoas com as câmeras. Jornalistas não estão presentes em todos
os lugares, mas pessoas com câmeras, sim.


A exemplo do que faço aqui, no blog, e a Juliana, lá no Urblog, a Reuters
continuará usando o N95, mas será acrescentada a utilização das câmeras Flip,
que vêm sendo adotadas por diversos grupos de mídia.


Depois do N95, promete ser um gadget interessante para os ‘jornalistas
móveis.’ Funciona com pilhas AA, faz uploads automáticos para o YouTube, 2GB de
memória e custa, em média, menos de US$ 120.’


 


 


VIDA SOCIAL
Tiago Dória


Desligue o computador e vá sair com os amigos, 5/9


‘A Meetup iniciou uma campanha online chamada Unplug Your Friends, que
incentiva as pessoas a terem uma vida mais longe do computador.


Tiro no pé? A iniciativa tem tudo a ver com o conceito por trás da rede
social, que é o de ser uma ferramenta para ajudar a organizar encontros e
eventos no mundo offline.


Mesmo conceito que guia a Facebook – entender o online como potencializador
do offline. O objetivo não é criar novas conexões, mas ajudar as pessoas a
manterem os relacionamentos que já possuem no mundo offline.


A campanha conta com uma mensagem de email personalizada que você pode enviar
aos seus amigos, além de um vídeo de 2 minutos [abaixo] bem bacana, que faz
alusão ao vício nos serviços de microblogging, tipo Twitter.’


 


 


JORNAL NA WEB
Tiago Dória


WSJ.com de cara nova e com mais conteúdo aberto, 5/9


‘Trendsetter no mercado de informação, o The Wall Street Journal promete, no
dia 16, colocar no ar o seu novo site. Reformulado, com mais conteúdo aberto e
focado em áreas como esportes, moda e viagens.


A reformulação está dentro da estratégia de transformar o WSJ em uma
publicação mais generalista possível, menos sisuda e preparada para bater de
frente com o The New York Times, nos EUA.


Vou ficar de olho nessa renovação do site. Promete ser uma das maiores
guinadas do WSJ para concorrer com o NYTimes, que já começa neste sábado com o
lançamento de uma ‘revista sobre estilo de vida’, voltada ao público feminino, e
que será encartada gratuitamente na edição do jornal.


A priori, a intenção é evidente. Bater de frente com a T Magazine, a revista
do NYTimes.’


 


 


PARCERIA
Tiago Dória


‘GNT das redes sociais’ em casamento, 4/9


‘A plataforma de rede social LinkedIn está ‘em casamento’ com mais um
conglomerado de mídia. Fechou uma parceria com a CNBC, canal da NBC dedicado a
notícias de negócios.


– Usuários da rede social terão acesso livre as notícias da emissora.


– Jornalistas da CNBC participarão de debates e criarão enquetes dentro da
Linkedin, que depois repercutirão na TV.


– Como contrapartida, usuários da rede social que entrarem no site da
emissora têm a opção de visualizar um box com notícias personalizadas de acordo
com a sua profissão [ainda não está no ar].


Ou seja, o acordo é bem parecido ao que o NYTimes fechou com a LinkedIn, em
julho


Aqui, no Brasil, a MySpace fechou uma parceria com a Rede Record.


Chama a atenção como a LinkedIn tem conseguido fechar acordos interessantes
com grandes grupos de mídia.


Faz sentido. Para anunciantes e parceiros interessa. Em sua maiora, as
informações publicadas lá são verídicas. Quando a pessoa escreve que tem 30
anos, ela tem mesmo, pois, na prática, a LinkedIn funciona como um currículo
online.


É como uma ‘GNT das redes sociais’. Não é das mais numerosas, mas possui um
usuário muito qualificado e focado.’


 


 


CONTEÚDO
Tiago Dória


É o produto, pô!, 3/9


‘Jeremiah Owyang, da Forrester, escreveu um ótimo post sobre como uma marca
ou um produto podem ser notados na rede. Aliás, o post abre com a pergunta:
‘Como ser visto?’


Às vezes, chama a atenção como esses gurus da ‘aldeia global’, da ‘web 2.0″,
das ‘mídias sociais’, ou qualquer que seja o jargão da época, deixam de lado um
dos aspectos mais importantes – o produto.


De nada adianta você se armar de tantas ferramentas – blogs, comunidades,
vídeos engraçados no YouTube – se o seu produto é ruim. Produto bom gera
boca-a-boca e mídia espontânea naturalmente e isso não é recente, por causa da
web. É uma regra que já existe há muito tempo.


No caso mais específico do jornalismo, escuto de empresas. Por que as pessoas
não contribuem para o meu site de ‘jornalismo participativo’? Na maioria das
vezes, é possível responder – simplesmente porque o seu site é um produto
ruim.


Não existe feedback constante, não investe em capacitação da comunidade, a
tecnologia é ruim – as pessoas não podem enviar conteúdo direto do celular.


Seu site, no final das contas, é apenas um atravessador de informação. Pega o
que o leitor envia, vê se serve para a sua linha editorial e publica.


E ainda. Você se dirige ao usuário somente quando acontece uma tragédia e
pede a esmo fotos, vídeos e relatos. É como aquele colega que somente entra em
contato para pedir favor.


A resposta pode ser algo nessa linha. E a equação desses projetos deveria
ser: 70% relacionamento e o resto tecnologia e conteúdo. Sites de ‘jornalismo
participativo’ são, antes de qualquer coisa, projetos de relacionamento e não de
conteúdo.


Não é um espaço para o qual o usuário envia conteúdo. É um espaço onde o
usuário se relaciona com uma empresa de mídia e outros usuários.


Na prática, um site de ‘jornalismo participativo’ é um canal onde uma empresa
de mídia se relaciona de forma mais direta com aqueles que estão entre os seus
principais clientes, ou seja, os leitores/usuários/telespectadores/ouvintes.


Mas, voltando à questão da importância do produto ser notado na rede. Esse
aspecto é muito evidente na indústria de celulares. Diversos modelos e aparelhos
são lançados por ano. Mas os mais notados são o Nokia 1100, o iPhone, o
Blackberry e o N95, pois, antes de tudo, são bons produtos.


O iPhone é ótimo para quem gosta de navegar mobile e talvez seja um dos
celulares que mais gerou buzz na rede. O N95 é um ótimo gadget para quem gosta
de produzir conteúdo e é outro produto que ganha citações em blogs sem precisar
fazer ‘post patrocinado’.


Na área de mídia, quem segue por essa linha é o The New York Times. Quem
acompanha esse blog sabe do que estou falando. Eles estão se focando em fazer
poucos, mas bons produtos, que são lançados de forma pingada. Numa tática
parecida a da Google há dois anos. O boca-a-boca vem naturalmente.


Enfim, se fosse lançar um novo produto, focaria bem mais nele. Investiria bem
mais tempo, energia e recursos em pesquisas e feedback sobre o mercado para
lançar um produto bom ou muito bom.


Depois investiria em campanhas de marketing viral, que muitas vezes existem
apenas para ratificar o buzz que foi gerado naturalmente com o lançamento do
produto.


Quanto aos sites de ‘jornalismo participativo’, devem ser vistos mais como
projetos de relacionamento do que de conteúdo se quiserem ser ‘produtos
bons’.’


 


 


PAREDE MÁGICA
Tiago Dória


Geotagging em uma das maiores emissoras de TV do mundo, 2/9


‘Há algum tempo, a CNN vem utilizando a tecnologia de geotagging [ou
geoinformação] para apresentar algumas notícias com apoio daquela tela sensível
ao toque de mão, utilizada também pela TV Globo, no Brasil.


De vez em quando, na própria tela, é feito um zoom em um mapa, que mostra o
local exato onde foi feita uma matéria ou está um correspondente que vai entrar
ao vivo em instantes.


Aliás, tenho reparado que, muitas vezes, a ‘parede mágica’ é utilizada para
fazer ao vivo uma ‘ponte’ entre o conteúdo tradicional da TV e o mais
colaborativo, produzido no iReport.


Muitas vezes, o apresentador ‘puxa’ e mostra ao vivo algumas fotos e vídeos
que estão no canal de colaboração da CNN.


E é justamente no iReport que a CNN faz o uso mais interessante da tecnologia
de associar informações a dados geográficos. Durante a recente passagem do
furacão Gustav, fotos, textos e vídeos enviados por pessoas que estavam no meio
de todo o caos eram plotados em um mapa.


Isso para quem está acompanhando a cobertura dá uma outra dinâmica. Além de
fornecer uma noção melhor de onde foram feitas as fotos e os vídeos, você passa
a procurar as notícias pelo local exato onde elas aconteceram.’


 


 


 


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