Wednesday, 13 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1313

TVs vêem censura
em classificação


Leia abaixo os textos de terça-feira selecionados para a seção Entre Aspas.


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Folha de S. Paulo


Terça-feira, 13 de fevereiro de 2007


TELEVISÃO
Daniel Castro


Nova classificação oferece risco de censura, dizem TVs


‘A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) reagiu com veemência às novas regras de classificação indicativa da programação de TV publicadas ontem no ‘Diário Oficial’ da União por meio de portaria do Ministério da Justiça (MJ), a 264/2007.


‘No fundo, a portaria oferece o risco de censura, pois entendemos que pode haver restrição à liberdade de expressão e de criação’, disse Daniel Pimentel Slaviero, 26, presidente da Abert e diretor do Grupo Paulo Pimentel (SBT-PR).


Para Slaviero, a portaria ‘deixa a classificação impositiva e não indicativa’ e ‘é pior’ do que a anterior, a 796/ 2000. Ele diz que vai negociar mudanças na portaria nos próximos 90 dias, quando ela entra em vigor.


A classificação seria ‘impositiva’ e ofereceria risco de censura, de acordo com a Abert, porque mantém artigo da portaria 796/2000 que vincula a classificação etária (programas impróprios para menores de 12, 14, 16 e 18 anos) a horários obrigatórios de exibição (respectivamente, inadequados antes das 20h, 21h, 22h e 23h).


As TVs queriam que essa vinculação fosse suprimida. A constitucionalidade da vinculação está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal.


As TVs também são contra a obrigatoriedade de respeito aos fusos horários do país, introduzida pela nova portaria. Isso forçará, por exemplo, a Globo a não mais exibir no Acre a novela das oito às 18h locais, como durante o horário de verão.


Segundo Slaviero, será o ‘caos’, pois as afiliadas terão de gravar a programação nacional e exibi-la depois. Ele acredita que os telespectadores, já acostumados com o horário de Brasília, deixarão de ver as afiliadas e passarão a assistir à TV via antena parabólica (que continuará no fuso de Brasília). O resultado será a perda de audiência e de publicidade regionais.


Outro ponto de conflito é a análise prévia de conteúdo. Hoje, segundo a Abert, as TVs fazem a autoclassificação de seus programas e o MJ apenas a ratifica. Com a nova portaria, no entendimento da Abert, para fazerem autoclassificação as redes terão de pedir a dispensa da análise prévia, o que poderá ser negado pelo MJ. Nesse caso, acredita a entidade, a portaria determina que seja apresentada ao MJ cópia da obra a ser classificada. ‘Quando uma novela estréia, nem o décimo capítulo está pronto. Como vamos entregar a obra inteira?’, indaga Slaviero.


Proteção à infância


José Eduardo Elias Romão, diretor do departamento de classificação indicativa, discorda. ‘A análise prévia pelo MJ agora é uma exceção. Antes, era regra’, diz. Segundo ele, o pedido de dispensa da análise prévia só será negado quando houver ‘inconsistência’ -como um programa com cenas de sexo no horário livre (até 20h).


Para Romão, a nova portaria é mais liberal do que a 796. Ele rejeita a acusação de que oferece risco de censura: ‘Isso é descabido. Há controles institucionais sobre a atividade do ministério. Não há risco de o MJ ser arbitrário, muito menos de ser conivente com as emissoras. O que me interessa aqui é a defesa da criança e do adolescente’.


Romão defende o respeito aos fusos para que a ‘criança do Acre também seja respeitada’.’


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Record acerta com Telefônica e estuda DTH


‘A Record acertou com a Telefônica uma parceria estratégica na TV paga. O acordo tornou viável o lançamento do canal de notícias Record News, que a Record prepara para o segundo semestre, contratando pelo menos 150 profissionais (número que pode chegar a 300).


Pelo acordo, as operadoras ligadas à Telefônica (TVA, Você TV/DTHi e, se aprovado pelo governo, o DTH da própria Telefônica) irão distribuir a Record News. DTH (direct to home) é TV paga via satélite.


O canal da Record será uma das âncoras das operações da Telefônica, carentes de conteúdo nacional, uma vez que sua atuação na TV paga encontra forte resistência da Globo (sócia das operadoras Net e Sky).


A Record News também será uma rede de TV aberta. Ocupará todas as freqüências da Rede Mulher, segunda rede da Igreja Universal, que será absorvida por ele em uma área de 2.000 m2 na Barra Funda (zona oeste de SP). Assim, a Record News também será distribuída pela Net, que já entrega a Rede Mulher no cabo. Essa entrada da Record News na Net, ‘sem pedir licença’, deverá causar novos atritos com a Globo.


A Record também estuda lançar sua própria operação de DTH. A licença foi comprada há quase dez anos, mas nunca entrou em operação. O DTH da Record seria o principal meio de distribuição da Record News fora de São Paulo _onde a Telefônica não atua.


TIROTEIO 1 A Record vai gravar na madrugada de amanhã, no túnel Rebouças, no Rio, toda uma seqüência de um arrastão. As cenas irão ao ar no mesmo dia, na novela ‘Vidas Opostas’.


TIROTEIO 2O arrastão foi escrito de última hora como ferramenta da Record para enfrentar o futebol na Globo, que agora terá Taça dos Libertadores (Audax Italiano x São Paulo e Real Potosí X Flamengo). Nas duas últimas quartas, a Record bateu a Globo durante alguns minutos.


SAI DE BAIXOA cúpula da Globo decidiu na semana passada produzir uma temporada do humorístico ‘Toma Lá, Dá Cá’, de Miguel Falabella. O programa entrará no segundo semestre, no lugar de ‘Sob Nova Direção’.


GUERRA LOIRA 1Há uma nova guerra no Ibope aos domingos. Agora é Eliana, da Record, quem está dando trabalho a Gugu Liberato _aquele que no começo da década batia a Globo.


GUERRA LOIRA 2Gugu e Eliana vêm se confrontando durante uma hora, das 17h às 18h. Dos cinco confrontos neste ano, a loira da Record venceu quatro. Anteontem, o placar foi de 11 a 7 para o ‘Tudo É Possível’.


VIVA RONALDOA Band finalmente conseguiu dar mais de quatro pontos com o Campeonato Paulista. Anteontem, marcou 6,5 com São Paulo x Corinthians. Horas antes, Milan x Livorno, estréia de Ronaldo Fenômeno no primeiro, deu 6,1 e ficou 40 minutos em segundo no Ibope.’


MÍDIA & RELIGIÃO
Folha de S. Paulo


Ministra do STJ nega liminar contra extradição


‘A ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Laurita Vaz negou liminar pedida pelo casal Estevam e Sônia Hernandes contra o prosseguimento do processo de extradição, dos EUA para o Brasil, e manteve decisão da Justiça de São Paulo.’


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


Vale-Tudo


‘Na disputa por audiência com a Globo, o sensacionalismo policialesco do ‘Jornal da Band’ apareceu com vídeo cedido pela polícia de São Paulo, mostrando cenas de consumo de cocaína em uma festa -e o suposto envolvimento do PCC. E tome campanha, nas entrevistas com delegados e outros.


A Globo perdeu


O ‘JN’ até deu Dorothy Stang antes de explorar o menino João, ontem na escalada e no primeiro bloco.


Na reportagem de sua campanha, concentrou-se na reação das ‘autoridades’, antes com o presidente da República, ontem com o presidente da Câmara, a presidente do Supremo, o presidente da OAB, todos contra questionar a maioridade penal. A rede acabou sozinha com ACM, sempre ele, e com o deputado Alberto Fraga, também pefelista -e que comandou o esforço que manteve o porte de armas no referendo. Assim, após cinco dias, a Globo desistiu da campanha.


Mas o ‘JN’ não se conteve inteiramente e, além da entrevista com a mãe, explorada uma vez mais, deu um diálogo ensaiado de William Bonner com Fátima Bernardes, a quem ele perguntou como se sentiu ao fazer a entrevista. Claro, ela também se ‘emocionou’. Desculpa-se, por conseguinte, todo sensacionalismo.


DE TRÊS LADOS


Os telejornais noticiaram, de passagem ao menos, a grande batalha que deixou mortos e confrontou policiais, traficantes e milicianos no Rio, no final da semana.


Pelo mundo, em emissoras e sites que não se prestam a explorar a morte do menino, foi a notícia do dia sobre o país, com enunciados como ‘polícia combate gangues e milícias’, do canal de notícias da BBC, e ‘tiroteio de três lados mata nove no Rio’, da agência Associated Press.


‘VIGILANTES’


O ‘Observer’, no domingo, deu longa reportagem sobre a ‘guerra de rua’, destacando que chegou à Cidade de Deus.


Faz várias entrevistas, para estabelecer que o ‘banho de sangue’ não se restringe mais a policiais e gangues -e tem como novos protagonistas os ‘grupos de vigilantes’, como um apelidado de ‘Galacticos’. Eles teriam o apoio ‘pouco disfarçado’ de políticos como o prefeito Cesar Maia ou o deputado Flavio Bolsonaro.


E tudo lembra a Colômbia.


A VISITA DO PATO MANCO


‘Los Angeles Times’ e ‘Miami Herald’, os dois jornais americanos mais atentos à América Latina, avaliam que a anunciada visita de George W. Bush vem ‘tarde demais’.


Para o primeiro, o ‘vazio’ deixado pelos EUA na região nos últimos anos pode crescer até mais, ao evidenciar-se um presidente ‘politicamente debilitado’, ‘lame duck’, pato manco. Em declaração de David Fleischer, da UnB, a Casa Branca ‘corre atrás para ver se salva alguma coisa’.


O segundo, na coluna de Andres Oppenheimer, também fala em ‘pato manco’ e atraso na priorização da região. Diz que, se tanto, Bush vai lembrar os visitados, inclusive Brasil, que os EUA são ainda o maior mercado do mundo.


PUTIN E OS BRICS


Segundo o ‘Washington Post’, no discurso que fez em Munique para questionar as ações desestabilizadoras dos EUA, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, argumentou que ‘o PIB combinado dos países Brics, Brasil, Rússia, Índia e China, ultrapassa o da União Européia’. E também, notou, o dos Estados Unidos.


Para Putin, ‘o potencial econômico dos novos centros globais vai inevitavelmente se converter em influência política e fortalecer’, contra os EUA, ‘a multipolaridade’.


EMERGENTES S/A


O ‘Financial Times’ traz longo texto sobre Antoine Van Agtmael, que cunhou, antes dos Brics da Goldman Sachs, a palavra ‘emergentes’ e assim ‘definiu uma classe inteira de investimento’. Há 25 anos, ele não queria ‘fundo de terceiro mundo’, pensou num fim de semana e veio com ‘mercados emergentes’. ‘Como nós sabemos, pegou.’


Agtmael agora tem como projeto fazer o mesmo com as empresas dos emergentes. Destaca 25, inclusive Aracruz e Embraer, duas brasileiras.’


TELECOMUNICAÇÕES
Folha de S. Paulo


Sky faz acordo com teles para oferecer serviço ‘triple play’


‘A Sky+DirecTV fechou acordo com as teles Brasil Telecom e Telemar para oferecer pacotes de TV por assinatura, internet banda larga e telefonia fixa e móvel -o chamado ‘triple play’.


Os pacotes, inicialmente, serão oferecidos pela Telemar no Rio de Janeiro e em Niterói e, pela Brasil Telecom, em Brasília e Campo Grande (MS).


Os descontos, segundo o presidente da Sky+DirecTV, Luiz Eduardo Baptista da Rocha, variam de 20% a 42% e podem gerar uma economia mensal de R$ 60 aos assinantes. Ele disse que a Sky deixará de cobrar pela adesão, que, junto com a instalação e a caixa, custa R$ 239.’


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O Estado de S. Paulo


Terça-feira, 13 de fevereiro de 2007


EUA / CASO PLAME
O Estado de S. Paulo


Caso Plame coloca Cheney em risco


‘Todas as atenções em torno do julgamento de perjúrio do ex-assessor da Casa Branca Lewis ‘Scooter’ Libby estão voltadas para um personagem que ainda não compareceu ao tribunal. Dia após dia, o júri tem ouvido testemunhos sobre as ações do vice-presidente, Dick Cheney – de como ele passava informações para a imprensa e como ele ordenou que a Casa Branca defendesse publicamente Libby, seu principal assessor e confidente.


Libby é acusado de mentir e obstruir a Justiça no caso que investiga o vazamento da identidade da ex-agente secreta da CIA Valerie Plame, em julho de 2003. O vazamento seria uma retaliação da Casa Branca ao marido de Valerie – o ex-diplomata Joseph Wilson, que dias antes havia acusado o governo americano de manipular informações da inteligência para justificar a invasão do Iraque.


Ontem começou a argumentação da defesa no julgamento e todos esperam que Cheney faça uma aparição histórica no banco de testemunhas. Se testemunhar, Cheney pode falar para os jurados sobre a credibilidade de Libby como um conselheiro político e também pode expor a grande quantidade de trabalho que era de responsabilidade de seu antigo assessor.


Esse testemunho poderia dar mais consistência à defesa de Libby na acusação de que ele teria mentido ao FBI e ao júri. A defesa alegaria que ele estava tão ocupado com assuntos importantes relativos ao trabalho que não conseguiu lembrar de conversas que teve em julho de 2003.


O promotor de acusação, Patrick J. Fitzgerald, pode colocar o vice-presidente em situação desagradável ao fazer com que ele descreva os detalhes da ofensiva contra o ex-diplomata Wilson. Num artigo assinado, publicado pelo jornal The New York Times no dia 6 de julho de 2003, Wilson contou ter sido enviado pelo governo americano em 2002 ao Níger, para investigar se era verídica a suspeita de que o governo do Iraque tentou comprar urânio no país africano. Wilson diz ter apurado que a história era falsa – e comunicou a Casa Branca. Meses depois, porém, o presidente George W. Bush usou a suspeita como um dos argumentos para invadir o Iraque.


Nenhum testemunho até agora conseguiu confirmar a idéia, proposta por críticos, de que para punir o ex-diplomata, Cheney ordenou que viesse à público a identidade da esposa de Wilson, causando a investigação criminal que levou às acusações de perjúrio e obstrução da Justiça contra Libby.


‘Isso pode se tornar um espetáculo’, disse o professor de Direito da Universidade de Ohio, Peter M. Shane. Qualquer coisa que Cheney disser, pode ser usado contra ele pela acusação. Caso Cheney dê um testemunho conflitante com os arquivos públicos – algo que quase todas as testemunhas do caso fizeram pelo menos uma vez – pode causar também uma situação desagradável tanto para ele como para o governo.


A defesa não chamará Libby para depor. A estratégia utilizada será a de se amparar nas fitas com mais de sete horas de duração do testemunho de Libby no outro julgamento, que o júri já escutou.


De acordo com as gravações do julgamento de 2004, Libby disse que quando Wilson publicou o artigo no The New York Times, Cheney ficou ‘preocupado’.


Na mesma gravação, ao contrário do que Wilson afirmou, Libby alegou que o vice-presidente não sabia nada sobre a viagem do ex-diplomata ao Níger ou suas conclusões sobre a tentativa do Iraque de comprar urânio no local.


Quando apareceram rumores de que Libby seria um dos alvos da investigação criminal no caso Plame, Cheney interferiu novamente. Ele ordenou que o então porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, defendesse publicamente Libby, assim como fez com o conselheiro político de Bush, Karl Rove.


O julgamento de Libby é mais um desafio para o vice-presidente, que prestaria depoimento como um dos líderes americanos com menor índice de popularidade da história – 16%, de acordo com uma pesquisa de opinião da CBS News divulgada no mês passado. Os outros 48% tinham uma má imagem do vice-presidente.


Durante seis anos, Cheney tem trabalhado para proteger a Casa Branca do que ele chama de ‘investigação da imprensa’. Segundo advogados que acompanham o caso, ao testemunhar perante uma platéia nacional atenta, Cheney estaria saltando de um precipício sem uma rede de proteção, porque nessas circunstâncias nem a defesa, nem a acusação estariam comprometidos a proteger seus interesses.’


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Testemunhas inocentam Libby


‘O repórter Walter Pincus foi a primeira testemunha de defesa a depor no julgamento de perjúrio do ex-chefe de gabinete do vice-presidente americano Dick Cheney, Lewis ‘Scooter’ Libby ontem, em Washington. Pincus afirmou que soube da identidade da ex-agente da CIA Valerie Plame numa conversa telefônica com o ex-porta-voz da presidência Ari Fleischer. De acordo com Pincus, Fleischer fez a revelação em 12 de julho de 2003. A identidade de Valerie foi revelada dois dias depois pelo jornalista Robert Novak, que também testemunhou ontem. O jornalista Bob Woodward – famoso por guardar por décadas a identidade de seu informante ‘Garganta Profunda’ no caso Watergate – também foi uma das testemunhas de defesa. Tanto Novak como Woodward afirmaram que souberam da identidade de Valerie pelo ex-subsecretário de Estado Richard Armitage, e não por Libby. AP’


MÍDIA & RELIGIÃO
O Estado de S. Paulo


Justiça mantém pedido de extradição


‘O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou ontem uma liminar dos advogados dos fundadores da Igreja Renascer, Estevam e Sonia Hernandes, que solicitava a suspensão do pedido de extradição do casal, atualmente em liberdade vigiada nos EUA. A ministra Laurita Vaz, relatora do caso, sustentou que ‘não identificou irregularidades no pedido de extradição’.’


TELEVISÃO
Renato Cruz


Sky faz acordo com Telemar e BrT


‘A Sky+DirecTV anunciou ontem um acordo operacional e comercial com a Telemar e a Brasil Telecom. As empresas vão vender, em pacotes conjuntos, telefonia e banda larga das operadoras e TV paga da empresa de satélite. Com isso, devem fazer frente ao combo da Net e da Embratel. A Telemar planeja começar as vendas dos pacotes no Rio de Janeiro e em Niterói em março. A Brasil Telecom já iniciou em Brasília e Campo Grande.


‘Vamos oferecer descontos de 20% a 42%’, explicou o presidente da Sky+DirecTV, Luiz Eduardo Baptista. ‘As contas continuarão separadas e vamos conectar os call centers.’ Quem optar pelos pacotes conjuntos não pagará taxa de adesão ou equipamentos (antena e decodificador para TV e modem para banda larga).


Os pacotes com a Telemar incluem telefonia fixa e móvel e, com a Brasil Telecom, somente fixa. ‘Os clientes querem comprar todos os serviços de informação e entretenimento em um lugar único’, disse Luiz Eduardo Falco, presidente da Telemar. ‘Fala-se muito de embate regulatório, fronteiras e problemas, mas existe uma demanda real do consumidor’, afirmou o presidente da Brasil Telecom, Ricardo Knoepfelmacher, também conhecido como Ricardo K.


TELEFÔNICA


Apesar de a cidade de São Paulo não estar incluída no acordo, o anúncio foi feito aqui. ‘A sede da Sky+DirecTV fica em São Paulo e o Ricardo K. mora aqui’, justificou Baptista. A Telefônica, concessionária no Estado de São Paulo, encontrou outras saídas para oferecer TV paga: fechou um acordo com a DTHi, empresa de TV via satélite, e anunciou a compra da TVA, que depende da aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).


Antes da fusão com a DirecTV, a Sky teve um acordo com a Telefônica, parecido com o que foi anunciado ontem com a Telemar e a Brasil Telecom. ‘Ainda não estava na Sky para dizer o que não deu certo’, afirmou Baptista, que veio da DirecTV, sobre o acordo com a Telefônica. ‘Às vezes, o DNA das empresas não combinam.’ Ele disse que a Sky+DirecTV tem alguns testes em São Paulo, mas que não vê solução de curto e médio prazos para oferecer pacotes com telefonia, internet e televisão aqui.


Ricardo K., da Brasil Telecom, citou o embate regulatório que existe entre teles e empresas de TV. Ele ficou evidente por alguns momentos ontem. Baptista, da Sky+DirecTV, disse ser contra a compra da TVA pela Telefônica e também da mineira WayTV pela Telemar. ‘Na mesma área de concessão não pode’, explicou.


Falco respondeu: ‘Nós obviamente somos a favor da compra da WayTV pela Telemar’. A operação aguarda a aprovação da Anatel. ‘Está demorando muito.’ Ele disse que o caso da WayTV é diferente da TVA porque a Telemar participou de um leilão público, e foi a única que apresentou oferta, o que a habilitaria, perante a lei, a comprar a companhia.


Baptista afirmou que o acordo anunciado ontem é diferente do que existe entre Telefônica e DTHi. ‘Entre nós três, não vai haver ingerência de uma empresa na outra. O acordo da Telefônica é de fachada.’ Para ele, a Telefônica, na prática, controla a DTHi.’


Shaonny Takaiama


Record tenta inovar


‘Luz do Sol, a próxima novela da Record que vai substituir Bicho do Mato, trará algumas novidades ao telespectador. Escrita por Ana Maria Moretzsonh e prevista para estrear no dia 20 de março, a produção da novela está utilizando recursos cinematográficos, só vistos em filmes e comerciais estrangeiros.


Entre os equipamentos, destaca-se a utilização do caminhão munk, uma espécie de guindaste que direciona a luz para onde se quer e dá mais agilidade às gravações. ‘Esta será uma novela com cores claras e muitas externas. Por isso, estamos utilizando ao máximo o recurso da câmera’, explica o diretor Ivan Zettel, que também aposta na captação correta das imagens e menos na finalização em estúdio. ‘A gente sai com a imagem o mais próximo do que se quer já do set de gravação, porque as câmeras chegam bem perto disso’, fala.


Outro equipamento que está sendo utilizado é o mini-helicóptero, recurso comum nos filmes de James Bond para obter ângulos inusitados. ‘Por ser menor, ele passa por lugares que um helicóptero convencional não passaria, como arcos e túneis. É como se estivéssemos com uma câmera perto.’


entre-linhas


Oprah Winfrey conversa hoje com as indicadas ao Oscar de melhor atriz deste ano, Helen Mirren, Judi Dench e Kate Winslet. A apresentadora também fala com a pequena atriz Abigail Breslin, de Little Miss Sunshine. No ar às 20 horas, no GNT.


Ana Moser, uma das maiores atacantes do vôlei brasileiro, é o novo reforço da ESPN Brasil no time de comentaristas. Ela acaba de acertar com o canal para participar das transmissões do Campeonato Feminino Italiano de Vôlei e se prepara para integrar a equipe que participará da cobertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio e da Olimpíada de Pequim em 2008.


O Fantástico teve um aumento de audiência anteontem, quando colocou no ar a entrevista de Fátima Bernardes com Rosa Cristina Fernandes, mãe do menino João Hélio, de 6 anos, que foi morto na quarta-feira passada no Rio. O programa obteve 36 pontos de média de audiência. A edição anterior havia marcado 31 pontos.


Por falar em audiência, o Pânico na TV ficou em segundo lugar na noite de domingo durante 15 minutos, ao satirizar o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. A atração marcou 7 pontos de média e 13 de pico – dados da Grande São Paulo.


Na sexta-feira, às 21h, o Discovery Channel estréia Vestígios Latentes. Em 10 episódios, a série reconstitui a investigação criminal de casos em que as provas foram determinantes para apontar uma solução.’


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