Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Vídeo mostra ação que matou jornalista no Iraque


Leia abaixo a seleção de terça-feira para a seção Entre Aspas.


 


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O Estado de S. Paulo


Terça-feira, 6 de abril de 2010


 


GUERRA


Vídeo na internet mostra ação americana que matou jornalista em Bagdá


‘Um vídeo que está circulando na internet, que mostra soldados americanos disparando contra um grupo de homens desarmados em uma rua de Bagdá, é autêntico confirmou ontem um oficial de alto escalão do Exército dos EUA. O oficial disse que o vídeo postado pela ONG Wikileaks é de 12 de julho de 2007. Entre os mortos no ataque está o fotógrafo da Reuters Namir Noor-Eldeen, de 22 anos, e o motorista dele, Saeed Chmagh, de 40 anos.


O vídeo é uma rara e perturbadora mostra da situação em Bagdá quando a violência atingiu seu auge no Iraque e o número de mortos entre os soldados americanos estava cada vez mais elevado.


Nesse incidente em particular, soldados em helicópteros de ataque são chamados para respaldar tropas em terra. De acordo com oficiais americanos, os pilotos chegaram quando um homem levava o que parecia ser um lançador de foguetes, mas que, na verdade, era uma teleobjetiva, segundo investigação militar.’


 


 


TECNOLOGIA


‘Estado’ lança aplicativo para iPad


‘O estadão.com.br e o jornal O Estado de S. Paulo acabam de lançar um aplicativo para iPad, o tablet da Apple que começou a ser vendido sábado nos Estados Unidos. Pela novidade – o único aplicativo de jornal brasileiro feito especialmente para o iPad -, o leitor que tiver o aparelho já poderá acompanhar as principais notícias das versões online e impressa gratuitamente.


‘O iPad é o início de um movimento sem volta, na direção certa, e temos orgulho de fazer parte do lançamento’, diz Silvio Genesini, diretor-presidente do Grupo Estado. ‘Não vemos o iPad como uma solução final, mas como o início de um processo que vai evoluir muito.’


Segundo o diretor de produtos digitais do Grupo Estado, Nicholas Serrano, a ideia do lançamento simultâneo do aplicativo com o tablet é testar as possibilidades. ‘Essa é a primeira versão, que precisou ser desenvolvida em um tempo muito curto para atendermos à data limite da Apple. Desde que entregamos o aplicativo, já estamos desenvolvendo a segunda versão para ser lançada em poucas semanas.’


Pedro Doria, editor-chefe de Conteúdos Digitais do Grupo Estado, afirma que ser o primeiro veículo brasileiro com software para o iPad reforça o momento de pioneirismo do grupo nas mídias sociais. ‘O iPad promete unir a frequência do noticiário digital com a beleza da diagramação no papel’, aponta Doria. ‘Estamos muito fascinados em experimentar novas mídias, novas maneiras de contar histórias.’


Na versão do aplicativo que já está disponível – e que pode ser baixada pela Apple Store -, é possível acompanhar as principais notícias destacadas na página principal do estadão.com.br, notícias mais importantes de cada editoria e conteúdo selecionado da edição impressa do jornal. Também é possível acessar a previsão do tempo, condições do trânsito e cotações financeiras.


A próxima versão trará mais possibilidades de interação, como fazer comentários, marcar conteúdo como favorito, indicar conteúdos aos amigos por meio de ferramentas sociais, além de um canal de conversa com os editores do estadão.com.br.


Em alguns meses, deve vir ainda uma versão adaptada com o conteúdo impresso. ‘Estamos tendo um cuidado especial com a lógica de edição para o iPad. A ideia é unir os conteúdos da versão impressa com a versão online, integrando textos, fotos e vídeos, além de permitir compartilhamento entre Twitter, Facebook e Orkut.’


Serrano afirma que o Grupo Estado vê o iPad com otimismo. ‘Vemos o iPad como uma plataforma que permite muito mais possibilidades do que outros e-readers. O grande diferencial é que o iPad permite a convergência multimídia, além de possuir tela colorida, com possibilidades de vídeo e áudio.’


Vendas. A Apple informou ontem que vendeu mais de 300 mil unidades do iPad no sábado, o dia do lançamento do aparelho nos Estados Unidos. O número inclui encomendas que foram entregues ou retiradas no sábado. As vendas alcançaram a estimativa de alguns analistas, mas eles ressaltam, no entanto, que a Apple ainda precisa provar que consegue vender seu tablet para um público maior que o formado pelos entusiastas por tecnologia.


De acordo com o analista Gene Munster, do banco Piper Jaffray, as vendas do iPad no dia de estreia ficaram acima das do iPhone, lançado em 2007. Ele prevê que a Apple deve vender 1,3 milhão de iPads neste trimestre.


Novidade digital


Tablet


A Apple começou a vender no sábado, nos Estados Unidos, o iPad, que é um equipamento intermediário entre um celular inteligente (smartphone) e um computador portátil. O modelo colocado à venda tem preço a partir de US$ 499, e conexão sem fio com tecnologia Wi-Fi. Uma outra versão, que se conecta à rede celular de terceira geração (3G), ainda não está no mercado. O equipamento pesa 680 gramas e não tem teclado de verdade, somente virtual.


Lançamento


Ainda não existe previsão de lançamento no Brasil. Os próximos países a receberem o equipamento são Alemanha, Austrália, Canadá, Espanha, França, Itália, Japão, Reino Unido e Suíça, no final deste mês.


Aplicativos


Segundo a Apple, os usuários do iPad baixaram mais de um milhão de aplicativos e mais de 250 mil livros eletrônicos no sábado. O equipamento foi desenhado para acessar conteúdos de todos os tipos, incluindo games, vídeos, fotografias, livros eletrônicos e revistas. O iPad chegou como um concorrente importante do Kindle, leitor eletrônico da Amazon. O Kindle não tem tela colorida ou sensível ao toque e não serve para ver vídeos.’


 


 


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Naiana Oscar


Redes sociais criam novas oportunidades


‘Até um ano atrás, as redes sociais – como Orkut, Twitter, Facebook – estavam na lista de passatempos do publicitário Rodrigo Prior, de 25 anos. Mas o sucesso dos sites de relacionamento no Brasil fez com que ele encontrasse na web uma forma de empreender. Prior começou a prestar consultoria para empresários interessados em se aproximar de clientes e até criar campanhas por meio desses sites – serviço que aos poucos vem sendo oferecido por grandes agências de publicidade.


Ao migrar dos meios formais para um ambiente totalmente digital, ele conseguiu ampliar o faturamento em 80%. Descobriu os dois sócios no Twitter, fundou a Social Branding e criou uma rede social ‘particular’ para gerenciar os negócios, encontrar clientes e agilizar a produção. O foco de Rodrigo são as pequenas e médias empresas.


Uma pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) concluída em março mostra que ele tem um mercado em potencial a explorar. Apenas 17% das empresas paulistas de menor porte mantêm cadastros em redes sociais. ‘Tentamos mostrar a elas que os sites de relacionamento podem ser uma forma de driblar a restrição orçamentária’, afirma. ‘Não adianta ter grandes ideias sem dinheiro para executá-las.’


Diferencial. De olho nesse mercado, a empresa catarinense de gestão do conhecimento Humantech criou no ano passado um departamento só para oferecer aos clientes estratégias de relacionamento em redes sociais. ‘Isso se tornou um diferencial para conseguirmos novos contratos’, diz Celso Valentim, presidente da empresa. Em 2009, a Humantech faturou R$ 1,6 milhão com instituições de médio e grande portes. ‘Agora, somos procurados também por pequenos empresários.’


Informalmente, quem trabalha com publicidade em sites de relacionamento estima que, para cada R$ 1 investido em uma campanha nas redes sociais, seriam necessários R$ 13 para produzir um comercial na mídia convencional. ‘Mas o risco é dez vezes maior’, diz Igor Puga, diretor da agência ID/TBWA, que há dois anos incluiu em seus serviços a gestão de redes sociais.


O desafio é mostrar às empresas que o uso dessas redes exige planejamento, conhecimento e profissionais qualificados. ‘Como estão disponíveis de graça, as pessoas acham que é só se cadastrar e começar a produzir conteúdo. Pensar assim pode ser fatal’, diz Prior.


Um exemplo recente: na semana passada, Visa e Walmart usaram o Twitter para fazer uma campanha relâmpago que escapou por pouco de se voltar contra elas. Quando a mensagem ‘Juntos, pelo desconto Visa’ fosse enviada 5 mil vezes, o supermercado venderia um acessório para jogar o game Guitar Hero pela metade do preço. O estoque acabou em 35 minutos, o que fez os internautas imediatamente iniciarem uma onda contrária, divulgando mensagens desaforadas. No dia seguinte, as empresas fizeram uma ‘reconciliação’ pondo à venda mais 100 unidades. O saldo foram 17 mil ‘tweets’ a favor e 4,6 mil contra.


A agência ID/TBWA, que desenvolveu a campanha, diz que o regulamento indicava claramente que a promoção era válida até o fim do estoque. ‘A reação não era esperada, mas é um dos riscos a que estamos sujeitos nas redes sociais’, disse o diretor executivo Igor Puga. ‘Só conseguimos reverter a situação porque não esbarramos em burocracia nas empresas para anunciar em pouco tempo uma nova promoção.’


Riscos desse tipo fazem a ACSP orientar seus associados a aderir gradativamente às redes. Para a superintendente de Marketing da ACSP, Sandra Turchi, pequenas e médias empresas devem usar esses meios primeiro para conhecer e se aproximar dos clientes.


Perguntas & Respostas


Prós e contras das redes


1. Quais as vantagens para as empresas que aderem às redes sociais?


A rede permite colher informações de clientes ou do público alvo a um custo muito baixo e em curto prazo. Além de associar a imagem da empresa à transparência, faz com que o cliente se sinta tratado de igual para igual.


2. Quais os pontos negativos?


A empresa abre a possibilidade ser criticada. Na internet as reclamações podem se propagar rapidamente. Os problemas e comentários negativos ficam ‘arquivados’ na web. A vantagem de estar próximo do cliente pode significar também estar mais vulnerável aos concorrentes.’


 


 


TELEVISÃO


Keila Jimenez


Faustão sem futebol tem ibope maior


‘A tática da Globo de não dividir mais o Domingo do Faustão em duas partes – uma antes e outra depois do futebol – deu certo. Em seu primeiro domingo no ar das 18 h às 20h45, o Domingão registrou média de 21 pontos de ibope, segundo medição na Grande São Paulo. A atração de Fausto Silva, com exceção de datas especiais, vinha registrando média na casa dos 18 pontos de audiência. Na conta do ibope, o que costumava derrubar a média geral do programa era justamente sua primeira parte, que ia ao ar antes do futebol, com quebra de público e um número menor de televisores ligados no horário. A Globo agora sofre para acomodar em só 2h45 todos os anunciantes do Domingão.


Adrenalina. A Tarzan da foto é Dani Monteiro nos bastidores da nova temporada de Extremos, que volta ao ar dia 22, no Multishow. Desta vez, a aventureira encarou a ‘montanha do diabo’ na Venezuela.


28 pontos de ibope registrou o especial Emoções Sertanejas exibido na quinta-feira, na Globo


‘Se o cara é Cristiano, vocês abreviam para Cris? E se fosse Custódio?’ Faustão, dando uma espirituosa bronca no ar em sua produção, anteontem


Adriana Lessa deve deixar o comando do TV Fama ainda este mês. A RedeTV!, que pretende reformular a atração, está de olho nos mais recentes ex-BBBs que a Globo está jogando no mercado para a vaga dela. Adriana pode ser aproveitada na dramaturgia da emissora, que será reativada ainda este ano.


E lá se vai mais uma semana de gravação de pilotos – três – do Mega Senha, novo game show da RedeTV!. A produção estava esperando os apresentadores do formato, Luciana Gimenez e Marcelo Carvalho, voltarem do Egito.


Ainda não foram digeridas pela direção da MTV as críticas ácidas feitas à emissora por seus ex-pupilos João Gordo, Hermes e Renato durante a apresentação de Legendários, da Record, à imprensa. Roupa suja a ser lavada à vista.


Sem consulta prévia, os assinantes da SKY, a partir de janeiro, passaram a receber o sinal da TV5 no lugar do Eurochannel. Mas, para os pacotes vendidos em 2010, o canal será vendido avulso: assinantes que quiserem a TV5 terão de pagar R$ 9,90 mensais a mais. Já o Eurochannel sumiu de vez da operadora.


Impagável a imitação de Ricky Martin – revelando sua homossexualidade – feita anteontem, por Wellington Muniz, o Ceará, no Pânico na TV!


Ainda sobre Ricky Martin, a TV brasileira desenterrou – como especialista de plantão para a saída do armário do ano – o ex-menudo Roy, que agora canta axé e vive na Bahia. Está em todos os programas.


Dizem que Glória Maria não desistiu de investir na carreira de cantora, mesmo com seu retorno ao ar.


A Record resolveu reprisar A História de Ester. A minissérie volta a partir do dia 13, às 18 horas.’


 


 


 


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Folha de S. Paulo


Terça-feira, 6 de abril de 2010


 


CUBA


Petista diz que cubanos têm acesso à mídia


‘A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou que os presos cubanos conseguem ter acesso à mídia, ao compará-los com a situação de presos políticos do Brasil, na época da ditadura.


Em entrevista às rádios Jovem Pan e Globo, Dilma usou o mesmo expediente já utilizado por Lula: não condenou o regime cubano, mas a greve de fome como forma de protesto


Ao comparar a situação dos cubanos com a do período em que ficou presa, durante a década de 70, lembrou que só após o contato com a Anistia Internacional foi possível saber exatamente o que se passava nas celas.


‘Teve um determinado momento no Brasil que uma das características mais fortes foi bloquear todas as manifestações e expressões. Até que houve o desbloqueio e conseguimos falar com a Anistia Internacional. A situação dos presos cubanos é diferente pelo acesso que eles têm à mídia’, afirmou ela.


Para a ex-ministra, a greve de fome ‘normalmente se volta contra a própria pessoa’.’


 


 


TODA MÍDIA


Nelson de Sá


Maior nível, mas caindo?


‘Do UOL no meio do dia à Folha Online no início da noite, ‘Bovespa tem maior nível em 22 meses’ foi a manchete geral. No Valor Online, ‘maior nível desde 2 de junho de 2008’. No Brasil Econômico, ‘sobe por alta em Wall Street e Petrobras’.


Mas o ‘Wall Street Journal’ postou a reportagem ‘Alguns veem ganhos nos emergentes se esvaindo’. Os ‘queridinhos de 2009’, citando China e Brasil, ‘devem perder o lugar para o mercado acionário dos EUA’. Ouve o Itaú Private Bank International, ‘mais interessado’ nas ações americanas.


Já o ‘Financial Times’ publicou a reportagem ‘BlackRock amontoa no crescimento do Brasil’, com aplicações em Petrobras, Vale e no Itaú.


CHINA, DOS EUA AOS BRICS


No primeiro editorial do estatal ‘China Daily’, ontem, ‘Grandes esperanças para cúpulas’. O presidente chinês, Hu Jintao, vai semana que vem à reunião sobre segurança nuclear nos EUA, assim como Lula, e em seguida vem ao Brasil para o encontro dos Brics.


A decisão de participar de ambos ‘mostra que a China está pensando mais globalmente’. Mas promete, ‘como maior país em desenvolvimento do mundo, continuar a lutar pela influência dos emergentes’.


FOGUETE PRÓPRIO


Deu no portal G1, com a foto ao lado, ‘Brasil terá seu próprio foguete espacial em 2014, informa governo’. Segundo a Agência Espacial Brasileira, em quatro anos ‘vamos poder colocar um satélite em órbita’. Ecoou, entre outras, na agência russa RIA Novosti


OBAMA E OS LOBBIES


No primeiro editorial de ontem, ‘Não é sério sobre o Irã’, o ‘WSJ’ questiona que ‘Barack Obama age como se acreditasse que Teerã nuclear é algo inevitável’. Cobra que Washington adote sanções sem esperar chineses e russos e lamenta como os ‘EUA se acham implorando por votos até de membros não permanentes do Conselho de Segurança, como Brasil e Turquia’.


O ‘FT’ destacou a ‘derrota de Obama’ no Conselho, que não incluiu ontem o programa nuclear do Irã na agenda de abril. Ele agora ‘está sob pressão para adotar sanções unilaterais’, de ‘lobbies influentes’.


EM NEGOCIAÇÃO


O ‘Valor’ de papel deu que ‘EUA pedem ao Brasil para adiar até junho as medidas de retaliação’. Sua comissão, com a vice representante comercial e o subsecretário de Agricultura, ‘prometeu entregar propostas concretas de negociação’ até ontem. E ontem no meio da tarde o Valor Online adiantou a suspensão das medidas. A proposta americana foi entregue e considerada, pelos negociadores brasileiros, ‘bastante concreta’.


CONTRA


Poucas horas antes de o Brasil adiar a retaliação, o G1, da Globo, postou que ‘EUA ameaçam Brasil com ‘contra- retaliação’. Depois mudou para ‘contra-medidas’, ao ser avisado pela embaixada dos EUA do ‘erro de tradução’. Na escalada de manchetes do ‘JN’, ‘Adiadas as retaliações brasileiras aos produtos americanos’. De cinema e TV, inclusive.


CONTENHA-SE


A colunista conservadora Mary Anastasia O’Grady deu no ‘WSJ’ o texto ‘Contenha seu entusiasmo pelo Brasil’, criticando o ‘entusiasmo’ do empresário Eike Batista, dias antes em vídeo no próprio ‘WSJ’, parte de um especial sobre o Brasil. Ela atacou Lula e elogiou FHC e Arminio Fraga. O texto ecoou na BBC Brasil e daí amplamente por UOL, Terra etc.


DA NBC PARA A GLOBO


A avó de Sean Goldman deu uma entrevista ao ‘Fantástico’ dizendo não conseguir mais ver o neto. A notícia ecoou ontem, via Associated Press, pelo site da rede NBC, que concentrou a campanha do pai americano pelo retorno do menino aos EUA. No fim do dia, a advogada de David Goldman falou que o pai ‘quer permitir’ o encontro da avó com Sean.


Na cobertura, foto da AP mostra pai e filho num jogo do NY Knicks, no Madison Square Garden.


LEI & ORDEM


A série ‘Law & Order’, da NBC, transmitiu na semana passada um episódio inédito, com o título ‘Brazil’, que se inspirou na disputa de guarda do caso Sean’


 


 


TECNOLOGIA


Apple comercializou 300 mil unidades do iPad no 1º dia


‘No primeiro dia de vendas do iPad, sábado, a Apple comercializou 300 mil unidades do ‘tablet’ -espécie de notebook sensível ao toque, vendido a US$ 499. O dado inclui vendas em lojas oficiais e parceiras e entregas de pré-encomendas.


Em um só dia, os usuários do novo aparelho-sensação da Apple fizeram download de 1 milhão de aplicativos (‘apps’) e de 250 mil e-books, informou a empresa.


Analistas de Wall Street definiram o lançamento do iPad como ‘sólido’. Ontem, ao menos quatro corretoras elevaram as estimativas de vendas anuais do aparelho. O JP Morgan estima que cerca de 4,8 milhões de unidades serão vendidas em 12 meses.


‘É uma sensação ótima ter o iPad lançado no mundo -ele vai mudar o jogo’, afirmou Steve Jobs, CEO da Apple, em nota divulgada ontem. O iPad, que permite navegar na internet, ler livros digitalizados e gerenciar arquivos como músicas, fotos e filmes, é a aposta da Apple para popularizar os ‘tablets’.


Segundo Jobs, poucas horas após desembrulhar o novo aparelho, os usuários do iPad baixaram, em média, mais de três ‘apps’ e cerca de um e-book. Uma das primeiras a divulgar os números de vendas com o novo aparelho, a Autodesk informou que vendeu até ontem 10 mil cópias do SketchBook Pro (US$ 7,99 o download), aplicativo usado no iPad para criar e colorir imagens com os dedos.


Em 2007, 270 mil iPhones foram vendidos na estreia. Na época, o modelo mais barato custava o mesmo que a versão mais acessível do iPad -sem conexão 3G, única disponível até agora- custa hoje. As versões mais caras do ‘tablet’ da Apple deverão ser lançadas no fim deste mês. No Brasil, não há previsão para a chegada do aparelho.


Microsoft


A Microsoft deverá lançar seus aguardados aparelhos do chamado ‘Project Pink’ no começo da semana que vem, afirmaram fontes próximas ao caso ontem.


Os celulares, que serão vendidos pela operadora Verizon Wireless nos EUA, serão direcionados a usuários de redes sociais. Segundo as fontes, os aparelhos deverão ser fabricados pela Sharp.’


 


 


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Mariana Barbosa e Andrea Murta


McCann faz oferta para comprar a W/


‘A McCann Worldgroup, um dos maiores grupos de comunicação e marketing do mundo e que está presente no Brasil há mais de 70 anos, está negociando a aquisição da W/, de Washington Olivetto. As negociações tiveram início no final do ano passado e, segundo a Folha apurou, podem ser concluídas até o final do mês.


A W/ é a agência mais famosa do país -eternizada por Jorge Ben Jor, prêmios internacionais e campanhas como Primeiro, para a Valisère.


Mas, apesar da força da marca W/ e de a empresa ainda deter contas importantes como Rede Globo e Grendene, a agência não aparece no ranking das 50 maiores do país medido pelo Ibope Monitor.


Justamente pela força da marca, a nova agência deve ser chamada de W/ McCann-Erickson. Washington Olivetto deve permanecer à frente da agência, como presidente.


Oficialmente, nem a McCann nem a W/ confirmam as negociações.


Agência de publicidade do grupo McCann, que reúne também empresas de eventos e marketing, a McCann-Erickson liderou por anos o ranking do Ibope Monitor. Mas desde meados da década vem perdendo espaço. No ano passado, ocupou a 11ª posição. Agora a agência começa a reagir.


Sob o comando de Fernando Mazzarolo, ex-vice presidente de marketing da Coca-Cola, a McCann Erickson conquistou contas importantes como a da Intelig, comprada pela TIM.


Segundo o diretor regional da McCann para América Latina e Caribe, o brasileiro Luca Lindner, o crescimento na região daqui para a frente se dará por aquisições. ‘Nosso objetivo agora não é só o crescimento orgânico, estamos trabalhando em potenciais aquisições no México, no Brasil e no Chile.’


A publicidade digital e de internet é uma das prioridades do grupo no país. No ano passado, o faturamento na área digital na McCann brasileira passou de R$ 20 milhões.


No mês passado, a holding Interpublic, dona do grupo McCann, adquiriu a CuboCC, agência de Roberto Martini, especializada em novas mídias. No Brasil, a Interpublic é dona ainda das agências BorghiErh/ Lowe e Giovanni DraftFCB, respectivamente a 5ª e a 10ª maior agência do país.’


 


 


COLETIVA


Tiger fala, e imprensa aplaude


‘No relato da ‘Vanity Fair’, foi um encontro de Tiger Woods com novos amantes: ‘todos os jornalistas que lhe fizeram perguntas naquele evento que, aliás, mais parecia uma festa infantil’. Segundo o ‘New York Times’, ‘nenhum repórter o questionou sobre os fatos que precederam seu acidente de carro’, estopim para uma fase de inferno pessoal que quase arrasou a carreira profissional.


Assim, bajulado por jornalistas e incensado por elogios disfarçados de questionamentos, o número 1 do ranking mundial de golfe, concedeu ontem a primeira entrevista coletiva desde que sua imagem de bom moço começou a ser arruinada, em 27 de novembro do ano passado.


Na ocasião, um acidente de carro na Flórida, em circunstâncias estranhas (aconteceu diante de sua casa; ele teria ficado inconsciente; sua mulher o teria agredido com um taco…) escancarou aos fãs que algo não corria bem na família Woods.


Era só o começo. Nas semanas seguintes, uma série de casos extraconjugais do golfista veio à tona. Ele foi tachado como viciado em sexo, com detalhes de seus relacionamentos explorados em detalhes por tablóides. Perdeu patrocinadores como Gatorade e Accenture. Viu o médico se envolver em suspeitas de doping e o casamento com a modelo sueca Elin Nordegren balançar. Internou-se numa clínica.


Em meados de dezembro, num comunicado à imprensa -sem responder a perguntas-, pediu desculpas e disse que se afastaria do golfe por tempo indeterminado. O prazo dado por ele mesmo se encerra agora.


A partir desta quinta, Tiger, 34, disputa o Masters em Augusta, na Georgia, um dos quatro torneios da série Majors, a mais célebre do esporte. Daí, a entrevista concedida ontem.


‘Nada mudou’, proclamou o golfista, contando com a complacência dos repórteres na sala. ‘Vou entrar no campo e vou tentar ganhar esse negócio.’


Tiger ouviu perguntas sobre dores no seu joelho, sobre seu estado de espírito, sobre o estilo de jogo. E foi evasivo ao responder as poucas questões que abordaram os escândalos. ‘Não, Elin não vem me ver aqui’, declarou, quando questionado sobre o casamento.


A cerca de 1.200 km dali, em Nova York, um outro evento envolvendo o golfista produzia frases mais explosivas. ‘Ele não me pediu perdão. Ele não pediu perdão a nenhuma de suas mulheres. É um mentiroso que não está curado.’ A autora, Joslyn James, atriz pornô que alega ter vivido um caso de três anos com o golfista e que reuniu jornalistas para acompanhar sua entrevista pela TV.’


 


 


TELEVISÃO


Andréa Michael


Deputado quer mudar conceito de ‘canal qualificado’ no PL-29


‘Relator do projeto de lei que redefine as regras para o mercado de TVs por assinatura (PL-29) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quer fazer uma alteração no texto que, se aprovada, modificará radicalmente a proposta que tramitou de 2007 até agora.


Ele pretende mexer no conceito de Canal de Espaço Qualificado. Segundo uma tendência internacional, essa definição é feita por exclusão.


Pelo texto atual, programas jornalísticos, de auditório ou religiosos, por exemplo, não podem ter seu tempo de exibição computado para efeito de caracterização de um canal como de Espaço Qualificado.


A ideia de Cunha é suprimir esses três itens da lista de ressalvas registradas no projeto, já que nessa fase da tramitação o regimento não permite fazer modificações de mérito.


‘Há uma inconstitucionalidade nisso, porque o PL define o que é o canal e depois o conteúdo dele. É a definição da definição’, diz o deputado, que dará início aos debates sobre o tema na comissão amanhã.


Ao impedir que a exibição de jornalismo, de cultos religiosos e de programas de auditório caracterizasse um canal como sendo de conteúdo qualificado, a inteligência do PL era induzir o desenvolvimento da indústria audiovisual mais elaborada. Uma estratégia que passa a navegar em águas turbulentas.


FÊNIX 1


Fórmula de Marco Biaggi para a transformação de Bela (Giselle Itiê), que vai ao ar, na quarta, na Record: ‘Mechas finíssimas, em três tons, sobre achocolatado, e um repicadão’.


FÊNIX 2


Giselle chorou ao gravar as últimas cenas. Aprendeu a andar e a sentar à mesa.


AMBULÂNCIA


Estreou com 16 pontos (960 mil domicílios ligados na atração na Grande SP) a nova série da Globo ‘SOS Emergência’, no domingo, após o ‘Fantástico’. Ocupou o lugar de ‘Norma’, que começou no dia 4/10, com 13 pontos. Depois caiu, e saiu do ar pela baixa audiência. Silvio Santos (SBT) ficou em segundo lugar, com 11 pontos.’


 


 


Clarice Cardoso


‘V’ cria intrigas com alienígenas traiçoeiros e teorias de conspiração


‘Se ‘Guerra nas Estrelas’ e ‘Star Trek’ comprovam que o espaço, a ‘fronteira final’, é boa fonte de inspiração para a ficção, também é verdade que, ao longo dos anos, a galáxia já foi vítima de abusos das mais esquecíveis produções. É dessa nebulosa que emerge ‘V’, refilmagem que estreia hoje na Warner e que começa quando alienígenas resolvem dar um pulinho na Terra com pretextos não muito claros.


Liderados por Ana, a quase robótica e manipuladora personagem da atriz carioca Morena Baccarin, anunciam que vieram em busca de água e de um mineral abundante no nosso planeta. Em troca, oferecem tecnologias alienígenas.


A chegada desperta a desconfiança de uma agente do FBI -quase uma versão loira de Mulder, de ‘Arquivo X’- vivida por Elizabeth Mitchell, a Juliet, de ‘Lost’ (que, aparentemente, foi para o espaço depois da explosão na ilha. Ou quase.)


Após descobrir que os visitantes são, na verdade, répteis humanoides infiltrados há anos na Terra, ela monta um grupo de resistência que inclui um alienígena dissidente, um padre e um lunático.


Aqui, surge uma característica que está nos capítulos já exibidos nos EUA e na minissérie original, dos anos 80: mais do que em viagens intergaláticas ou tramas futuristas, o centro de ‘V’ são as teorias de conspiração. (Tanto é que, fora da TV, já houve quem visse nos tratamentos de saúde oferecido pelos ETs uma crítica a Obama.) Além disso, a versão original era também uma metáfora para as sociedades de controle, à ‘1984’, e uma -autodeclarada- crítica ao nazismo.


Repaginada, ‘V’ está repleta de traições de ambos os lados, o que possibilita inúmeras reviravoltas. Mas, apesar de funcionar bem para prender a audiência num primeiro momento, a fórmula pode gerar novos desafios para os criadores.


Adiar demais a solução do conflito não parece uma opção sustentável. Por outro lado, inventar viradas demais pode levar ao mesmo erro que praticamente matou ‘Heroes’. Apesar das boas-vindas que recebeu, Ana tem ainda pela frente uma difícil nação a conquistar: a dos telespectadores.’


 


 


 


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