Leia abaixo os textos de terça-feira selecionados para a seção Entre Aspas. ************ O Estado de S. Paulo
Terça-feira, 21 de novembro de 2006
INTERNET
Yahoo fecha acordo com 176 jornais nos EUA
‘The New York Times – Um consórcio de sete redes jornalísticas, representando 176 jornais diários dos EUA, anunciou uma ampla parceria com o portal Yahoo para compartilhamento de conteúdo, publicidade e tecnologia. Este é mais um sinal de que as cautelosas empresas de jornais querem cada vez mais apertar a mão das companhias de tecnologia, antes consideradas uma ameaça.
Pelo acordo, na primeira fase os jornais devem postar seus classificados de empregos no site de classificados do portal, e começarão a usar a tecnologia do HotJobs para rodar seus próprios anúncios online. Segundo um importante executivo de uma das empresas, a meta a longo prazo dessa aliança é que o conteúdo dos jornais seja rotulado e otimizado para busca e catalogação pelo Yahoo.
Desse modo, as notícias locais – um dos pilares das empresas jornalísticas – farão parte de uma ampla rede de informação, mais útil para os leitores e mais valiosa para os anunciantes. ‘Agora o setor tem fé na internet, baseado no que vem ocorrendo nos últimos anos’, disse o executivo, que não quis ser identificado porque não está autorizado a se pronunciar pela companhia.
O acordo pode também ser firmado no momento oportuno para o Yahoo, que tenta reconquistar a confiança dos investidores e o brilho que perdeu junto a alguns comerciantes. O portal poderá também se posicionar como parceiro interessante para as empresas de mídia tradicional, num contra-ataque eficaz ao acordo que o Google assinou há algumas semanas com 50 jornais. Com isso, o Yahoo poderá controlar uma parcela maior do fragmentado mercado de publicidade local.’
TELECOMUNICAÇÕES
Projeto libera TV a estrangeiro
‘As empresas de TV a cabo poderão ser autorizadas a ter até 100% de capital estrangeiro na sua composição acionária. Um projeto de lei, de autoria do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que propõe o fim do limite de 49% de participação de capital estrangeiro neste setor, está na pauta de hoje do plenário do Senado. Se aprovado, terá de passar ainda pela Câmara dos Deputados antes de virar lei.
A mudança permitiria que a Telmex, por meio de sua subsidiária Embratel, assumisse o controle da Net, onde as Organizações Globo são majoritárias. A empresa mexicana já chegou a expressar publicamente seu desejo de ampliar a participação, assim que a lei o permitir. O mesmo aconteceria com a Telefônica em relação à TVA. A operadora espanhola só não comprou o controle das operações de cabo da empresa fora de São Paulo porque seria ilegal.
O projeto de lei, que já foi aprovado na Comissão de Educação, propõe compatibilizar a Lei do Cabo com a Lei Geral de Telecomunicações (LGT), que não impõe restrições. Suassuna diz, na justificativa do projeto, que nenhum outro serviço de telecomunicações tem qualquer limitação, nem as empresas de TV por assinatura que usam a transmissão por satélite ou terrestre. ‘O projeto visa permitir ao setor condições de capitalização e competitividade similares às que existem para seus concorrentes.’ Suassuna destaca que as operadoras de televisão a cabo não são produtoras de conteúdo e sim, ‘meras’ organizadoras e distribuidoras de programação. ‘Logo, sequer poder-se-ia sustentar a manutenção da restrição ao capital estrangeiro por conta de uma argumentação de proteção à cultura nacional.’
A participação de capital estrangeiro nas empresas de comunicação foi discutida ontem pelo Conselho de Comunicação do Congresso, que prepara um marco regulatório para o setor, a ser apresentado no dia 11 de dezembro. Essa proposta será sugerida aos parlamentares, que poderão apresentá-la na forma de projeto de lei.
O parecer do Conselho poderá sugerir ao Congresso que seja estendida aos setores de produção e programação de conteúdo de televisão a limitação de 30% de participação de capital estrangeiro imposta pela Constituição às empresas de rádio e TV. O coordenador da comissão encarregada da proposta, Roberto Wagner, disse que esta é uma tendência . ‘A idéia é deixar muito claro que só as empresas de radiodifusão poderão produzir conteúdo’, disse Wagner. ‘ E qualquer empresa paralela à radiodifusão que queira produzir conteúdo teria a mesma limitação que têm as empresas de radiodifusão, de 30%. Talvez fosse uma solução.’’
Renato Cruz
Telefônica diz que sua TV está dentro da lei
‘A Telefônica publica hoje um anúncio dizendo que não depende da aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para lançar o serviço de TV paga via satélite em parceria com a Astralsat, nome comercial da empresa DTH Interactive. A parceria havia sido comunicada ao regulador em setembro. ‘Tal parceria teve vigência imediata após a assinatura do contrato, pois a lei determina que a análise concorrencial a ser feita pela Anatel e pelo Cade não seja prévia, mas posteriormente’, disse a empresa, no anúncio.
A Telefônica tem tudo pronto para lançar sua TV, mas tem tentado manter sigilo sobre o serviço e enfrenta o questionamento do principal concorrente. O presidente da Sky, Luiz Eduardo Baptista, diz que a prestação do serviço pela Telefônica é ilegal porque precisa da aprovação da Anatel.
Na sexta-feira, a central de atendimento da Telefônica informava que o serviço de TV, estaria disponível no Estado de São Paulo a partir de ontem. A empresa negou o lançamento e disse que havia um ‘problema de script’ no call center.
Ontem, um atendente da central informou que o serviço havia sido adiado, e que não havia data marcada para o lançamento. ‘As informações serão anunciadas pela mídia’, disse o atendente. Segundo o site especializado Pay TV, o serviço será lançado em Ribeirão Preto e levado para outras cidades de São Paulo. A empresa está com um piloto em São Carlos (SP).
Na sexta, o atendente havia respondido à chamada dizendo ‘Telefônica, boa tarde’ e desligado falando ‘A Telefônica agradece’. Ontem, disse ‘TV digital, boa tarde’ e ‘TV digital agradece’. Um dos motivos é que, se for caracterizado que a Telefônica de fato opera o serviço, apesar de ter assinado somente um acordo comercial com a Astralsat, a Anatel pode considerar a operação como uma transferência de controle.
No anúncio, a Telefônica afirmou que sua entrada no mercado de TV paga amplia a competição: ‘O mercado de TV por assinatura é absolutamente concentrado. Apenas um dos concorrentes detém 95% do mercado de televisão por assinatura via satélite’. A empresa se refere à Sky/DirecTV.’
COLÔMBIA
Jornalista da Telesur é preso em Bogotá
‘O jornalista colombiano Freddy Muñoz, correspondente da Telesur – TV internacional com sede em Caracas, promovida pelo governo venezuelano – foi preso domingo em Bogotá sob acusação de terrorismo, informou ontem a polícia. Segundo autoridades colombianas, ele é suspeito de envolvimento em ataques rebeldes. Muñoz nega e diz ser vítima de perseguição política.’
TELEVISÃO
Inspiração em defensores reais
‘Justice, a nova série da Warner, traz um escritório de advocacia que defende réus em casos que envolvem fama e mídia. O protagonista é Victor Graber, que interpreta um defensor não muito simpático e faz de tudo para ganhar seus casos, independentemente de o réu ser culpado ou inocente.
Dizem que seu personagem foi inspirado em alguns advogados americanos, como Mark Geragos, que defendeu Michael Jackson e o acusado de ter matado sua mulher grávida, Scott Peterson, que foi condenado à morte. Este último, segundo Geragos, foi seu caso mais difícil.
O advogado conversou com o Estado e contou que se sentiu ‘lisonjeado’ com a homenagem na telinha, já que seu nome foi citado duas vezes no segundo episódio da série, que foi ao ar na semana passada.
É difícil atuar em casos que envolvem a mídia?
Casos que chamam muito a atenção somam uma dimensão que casos comuns não atingem. E uma das implicações é que você perde muito tempo com a imprensa. E consumir muito tempo com a mídia é vital, uma vez que a cobertura jornalística pode predeterminar as atitudes dos jurados em potencial.
Você acha que Justice se aproxima da realidade?
Aspectos de Justice estão bem perto da realidade.
Na sua opinião, por que há mais séries que mostram os promotores e poucos que abordam o lado dos defensores?
Está havendo uma mudança na percepção do público. Há alguns anos, o defensor era o herói, como em Perry Mason (série dos anos 50), e hoje, são os promotores, vide Law&Order. É cíclico.
Por que o público é tão interessado em atrações de justiça na TV?
Porque é um estudo das condições humanas’
Cristina Padiglione
Vem aí o Almanaque da TV Globo
‘Bem ao modo saudosista dos almanaques que invadiram as prateleiras no ano que está para acabar, a editora Globo lançará em dezembro o Almanaque da TV Globo. Nas palavras do autor, Marcelo Souto Maior, é ‘tipo um álbum de recordações’.
São 512 páginas com pílulas, personagens inesquecíveis, cenas antológicas, curiosidades de bastidores, números e episódios capazes de endossar como a televisão faz parte da vida das pessoas.
Com edição caprichada, a publicação é fruto de uma pesquisa de sete anos.
Clientela espaçosa
Sim, gente famosa pede desconto e roupas de graça, conta o estilista Alexandre Herchcovitch a Fernanda Young. Uns pedem para provar o modelo em casa, e ele, que remédio, sente-se constrangido em cobrar de volta. No ar dia 3, via GNT, no Irritando Fernanda Young.’
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Folha de S. Paulo
Terça-feira, 21 de novembro de 2006
INTERNET
Yahoo! faz acordo com 176 jornais dos Estados Unidos
‘Um grupo de sete redes de jornais dos Estados Unidos, que representam 176 jornais locais, anunciou ontem uma parceria com o Yahoo! para compartilhar conteúdo, publicidade e tecnologia.
O acordo é mais um indicativo de como as mídias tradicionais estão cada vez mais buscando fazer acordos com sites populares para tentar recuperar seu faturamento.
Gravadoras como Universal, Sony BMG e Warner, por exemplo, fizeram acordos com o YouTube, comprado pelo Google, para receber parte da renda com a exibição de videoclipes de suas músicas.
O acordo dos jornais com o Yahoo! prevê inicialmente que as publicações coloquem seus classificados de empregos no site HotJobs, do Yahoo!.
Numa segunda fase, as notícias publicadas pelos jornais seriam otimizadas para busca e indexação do Yahoo!, o que poderia aumentar o número de leitores on-line das notícias.
O Yahoo! oferecerá bancos de dados de eventos locais, mapas e outros conteúdos para uso nos sites dos jornais. O Yahoo! também usará sua tecnologia para ajudar os jornais a venderem anúncios on-line.
Parceiros
Os grupos que fizeram a parceria com o Yahoo! são: MediaNews, Hearst, Belo, E. W. Scripps, Journal Register Company, Lee Enterprises e Cox Enterprises. Eles são donos de jornais como ‘San Francisco Chronicle’, ‘Dallas Morning News’ e ‘Denver Post’.
‘Os jornais percebem agora que a internet é uma ameaça, e essa é uma maneira de eles tentarem preservar seu negócio, com um parceiro que tem grande distribuição on-line’, disse o analista John Morton.
O Yahoo é o site mais acessado no mundo, de acordo com dados do site Alexa.com.
O anúncio do Yahoo! vem pouco depois de o Google dizer que faria um teste para vender anúncios em 50 jornais americanos, como o ‘New York Times’ e o ‘Washington Post’.’
PRÊMIO ESSO
Repórter da Folha ganha categoria do Prêmio Esso
‘O jornalista Fernando Rodrigues, repórter da Sucursal de Brasília e colunista da Folha, ganhou o Prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa pelo projeto ‘Políticos do Brasil’, que inclui um livro (Publifolha) e um site (www.politicosdobra sil.com.br).
Esse foi o quarto Prêmio Esso de Rodrigues, que também o recebeu em 1997, 2002 e 2003.
O livro e o site oferecem dados sobre os vencedores nas eleições de 1998, 2002 e 2006. Lançado em agosto, o livro traz 3.570 registros referentes a 1998 e 2002, com análises sobre o patrimônio declarado pelos políticos.
Também foi premiado como melhor contribuição à imprensa o projeto Excelências, da ONG Transparência Brasil.’
TODA MÍDIA
Em marcha
‘A data foi ignorada por ‘Fantástico’ e ‘Bom Dia Brasil’ e ganhou duas frases no ‘Hoje’, editado em São Paulo. No ‘SPTV’, pouco mais. A rádio Jovem Pan foi além. A notícia era ‘manifestação interdita a avenida Paulista’, ‘há congestionamento’ etc.
Para contraste, na Folha Online, foi manchete pela manhã e submanchete à tarde, ‘Marcha do Dia da Consciência Negra reúne 12 mil’. E, ‘de acordo com a CET, não havia lentidão nas proximidades’.
A BBC Brasil noticiou, de Londres, que o Unicef marcou a data com a divulgação de novos dados sobre ‘a dupla fragilidade das crianças negras no Brasil’.
Coisas como ‘65% dos 2,6 milhões de adolescentes de 10 a 15 anos trabalhando no Brasil são negros’. Ou, das ‘400 mil meninas (crianças e adolescentes) trabalhando como domésticas, 98% são negras’.
No fim, entrou no ‘Jornal Nacional’, mas com destaque para ‘homenagens a Zumbi em Alagoas’.
CAOS VIRA ROTINA
Abrindo a escalada de manchetes do ‘Jornal Nacional’:
– Uma cena se repete nos aeroportos. Passageiros submetidos à tortura dos vôos atrasados. Uma situação que se repete nos gabinetes. As explicações para o caos.
‘Caos’ também na Record, no SBT e na Band, a seguir:
– Caos vira rotina e aeroportos vivem mais um dia de crise. Em Curitiba, passageiros revoltados invadem pista.
NA MODA
Na legenda da foto do ‘Le Monde’, ‘de todas as idades e com formas generosas, rompem com os cânones da beleza’
‘No Brasil, as prostitutas estão na moda’, diz o título do parisiense ‘Le Monde’, edição do fim de semana. É da grife de moda Daspu (‘des putes’, na versão do jornal) que trata a reportagem, assinada por três jornalistas.
Para além da moda, o ‘Le Monde’ sublinha que a grife foi lançada pela Davida, uma entidade do Rio que ‘luta pelo reconhecimento da prostituição como uma atividade profissional’. Isso, num ‘país conservador’ em que ‘as prostitutas não têm direito nenhum’, de Previdência ou qualquer outro, ‘não são cidadãos como os outros’.
O SALVADOR
Chegou à ‘New Yorker’, para alguns a melhor revista do mundo, o lobby por etanol. O texto ataca o protecionismo dos EUA, com a tarifa de 54 cents por galão cobrada do etanol importado, em favor dos fazendeiros americanos.
Assim, ‘o novo salvador’ contra os preços da gasolina, a dependência da Venezuela e o aquecimento global (o etanol) não pode avançar por lá, como no Brasil. A revista defende pressão sobre o Congresso para acabar com a tarifa que ‘é má política econômica, energética e externa’.
POR EXEMPLO
Também ontem, no site do ‘Wall Street Journal’, George W. Bush, na Indonésia, dizia de seu ‘grande apoio’ e de como ‘as tecnologias para converter açúcar em etanol estão disponíveis’ para todos. ‘Por exemplo, o Brasil’ etc.
CUBA E A ENERGIA
Tem mais etanol. Um ‘think tank’ de Washington soltou relatório que conclui que Cuba ‘tem potencial para se tornar um jogador maior [major player] em energia global’. O blog The Fueling Station, lançado na Flórida quando o irmão de Bush, Jeb, priorizou o etanol, explicou que ‘em teoria Cuba pode se tornar um grande fornecedor para o sudeste americano’. Depende de investimento que pode vir da ‘excelente relação em especial’ com o Brasil.
DOHA NÃO MORREU
O ‘WSJ’, em reportagens no jornal e no site, destacou, com ironia, que ‘então as notícias sobre morte de Doha eram prematuras, afinal’. As negociações de liberalização comercial ressuscitaram no fim de semana com encontros das organizações Apec (EUA, China etc.) e G20 (Brasil etc.).’
TELEVISÃO
CNN adota canal de surfistas brasileiros
‘Lançado há quatro meses por dois surfistas, o canal pago Woohoo passará a fazer parte da mesma ‘família’ da CNN, Cartoon e TNT. Hoje, a Turner International (que distribui esses canais) anuncia que passará a distribuir, vender anúncios e cuidar do marketing do Woohoo em toda a América Latina.
Com a ‘adoção’ pela Turner, o Woohoo, de esportes de ação e voltado para pessoas de 10 a 25 anos, deve ganhar impulso e chegar às grandes operadoras. Já está confirmado na operadora de TV paga via satélite que a Telefônica lança nesta semana em Ribeirão Preto (SP).
O Woohoo foi criado pelos surfistas Ricardo Bocão, 53, e Antonio Ricardo, 43, que nos anos 80 comandaram o lendário ‘Realce’ (Record, Gazeta), de esportes radicais, música e comportamento. Instalado no Rio, o canal tem 45 profissionais e cobre no mundo todo surfe, skate, mountain bike e BMX, entre outros esportes radicais. ‘Será o primeiro canal representado pela Turner 100% produzido no Brasil’, diz Anthony Doyle, vice-presidente da Turner International.
Também hoje, a Turner anuncia a exibição na CNN, entre 27 de novembro e 1º de dezembro, da série ‘Eye On Brazil’, de reportagens sobre os contrastes brasileiros. No dia 24, a CNN grava em Niterói uma mesa-redonda com Gilberto Gil e Marta Suplicy. O material, todo em inglês, vai ao ar no dia 29 no mundo todo.
MÃO-DE-OBRA A Globo ‘importou’ do Acre um seringueiro para ajudar nas gravações da minissérie ‘Amazônia’ no Rio, onde recriou um seringal cenográfico. O seringueiro está ensinando o elenco a retirar leite da seringueira, defumar o látex e transformá-lo numa bola de borracha.
PLÁSTICA O SBT comprou da Fox os direitos de exibição em TV aberta do seriado ‘Nip/Tuck’, sobre o universo da cirurgia plástica. Mas ainda não há previsão de exibição do programa.
VIDA NOVA Ex-apresentadora da Rede TV!, onde comandou um game para jovens, Fabiana Saba vive hoje em Nova York. Está fazendo um curso de sotaque americano. Quer virar atriz ou apresentadora de TV nos EUA.
INFLAÇÃO 1 A Globo não admite a hipótese de perder a Copa de 2010 para a Record. Está disposta a cobrir todas as propostas da concorrente. Mesmo que isso torne o Mundial da África do Sul mais caro do que a emissora pode faturar com ele.
INFLAÇÃO 2 Se isso ocorrer, não será a primeira vez que a Globo terá prejuízo com uma Copa. Em 1998, temendo a Record, comprou a Copa de 2002 por US$ 220 milhões. E teve um prejuízo de mais de R$ 300 milhões.
AMIGO SECRETO De olho no comércio natalino, a Cultura lança em dezembro um pacote de DVDs do arquivo do programa ‘Ensaio’. Estão previstos DVDs de Cartola, Djavan, Nelson Gonçalves, Jamelão e Fundo de Quintal.’
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MTV mostra agruras de ‘Sinhá Boça’
‘Boça é um sujeito feio, narigudo e desengonçado, mas tem uma auto-estima inabalável (assim como um visível déficit de ‘simancol’): negativa após negativa, bofetada após bofetada, ele mantém intacto seu manual de conquista feminina, cujas instruções incluem altas doses de indiscrição, grosseria e afobamento. A partir de hoje, o personagem criado pelos comediantes fluminenses que se destacaram como Hermes e Renato ganha palco próprio na MTV: a minissérie ‘Sinhá Boça’, exibida a partir das 22h.
Aqui, veremos mais do que uma sucessão de cantadas constrangedoras e ‘foras’ coléricos: a trama gira em torno de uma acusação de roubo na faculdade em que o personagem estuda. Desnecessário dizer quem despontará como o principal suspeito. O núcleo de parentes do protagonista, que inclui um pai ‘encostado’ e uma avó menos senil do que todos imaginam, completa a história.
Sem ambientação de época, contexto abolicionista ou assinatura de Benedito Ruy Barbosa no roteiro, persiste a dúvida: de onde vem o nome ‘Sinhá Boça’? ‘No fim [da história], vai fazer sentido’, prometeu Fausto Fanti, intérprete do personagem, em entrevista dada à Folha em julho passado, quando a trupe gravava ‘Boça’ e ‘O Proxeneta’, ficção sobre a disputa familiar pelo comando de uma fábrica de latrinas.
SINHÁ BOÇA Quando: hoje, às 22h Onde: MTV’
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