Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Yahoo faz reestruturação
para enfrentar crise


Leia abaixo os textos de quinta-feira selecionados para a seção Entre Aspas.


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O Estado de S. Paulo


Quinta-feira, 7 de dezembro de 2006


INTERNET
Miguel Helft


Em crise, Yahoo muda para ficar mais ágil


‘O Yahoo anunciou uma reestruturação nas suas operações e a recomposição dos quadros executivos, em meio a críticas internas e externas segundo as quais a companhia tornou-se burocrática demais para competir efetivamente com rivais mais ágeis.


As medidas incluem a saída de Daniel L. Rosensweig, diretor de operações desde abril de 2002, e a renúncia de Lloyd Braun, o ex-executivo da ABC que vinha chefiando o grupo de mídia do Yahoo.


Segundo o plano, o Yahoo se reorganizará em três unidades operacionais. Uma delas se concentrará no público e outra, nos anunciantes e publishers. A terceira, concentrada em tecnologia, desenvolverá produtos para a organização inteira. ‘Nossa nova estrutura com certeza vai aumentar a responsabilidade, reduzir os gargalos e acelerar a tomada de decisões’, afirmou o presidente do conselho e executivo-chefe do Yahoo, Terry S. Semel, em entrevista.


A reorganização parece indicar a ascendência da diretora financeira, Susan L. Decker, executiva respeitada cujas responsabilidades foram expandidas recentemente para incluir automóveis, classificados, HotJobs, compras, viagem e outros produtos do Yahoo. Ela chefiará agora o grupo de anunciantes e publishers.


Decker ingressou no Yahoo em 2000, deixando a Donaldson, Lufkin & Jenrette, onde trabalhava como diretora global de pesquisa de ações.


Conhecida pelo rígido controle dos gastos do Yahoo, Decker é considerada uma possível candidata à sucessão de Semel, um caminho agora aberto com a saída de Rosensweig.


Rosensweig deixará a companhia no fim de março, o prazo previsto para a conclusão da reorganização. Atualmente, algumas unidades operacionais e outras respondem a Rosensweig.


Entre elas está o grupo de mídia chefiado por Braun, que ingressou no Yahoo há dois anos com planos ambiciosos de desenvolver programação original para a internet a partir de uma base em Santa Monica, Califórnia. Ele reduziu seus planos depois de conflitos com a direção do Yahoo, especialmente com Decker, sobre orçamentos.


Apesar de sua posição de principal destino da internet, o Yahoo sofreu vários reveses nos últimos meses, entre eles o adiamento de uma grande reformulação de seu sistema de publicidade. Seus problemas incluem a crescente liderança do Google em buscas e publicidade e a incapacidade de competir efetivamente na mídia de redes sociais, onde companhias como MySpace e YouTube foram adquiridas por rivais. Circulam cada vez mais relatos de pedidos de demissão, moral baixo e reclamações internas sobre uma crescente burocracia.


Semel afirmou que, ao ingressar no Yahoo, há cinco anos, concentrou-se em aumentar o alcance dos produtos da companhia. Agora, disse ele, o Yahoo inicia uma transformação para se tornar ‘mais concentrado no cliente, não no produto’.


‘O Yahoo sempre foi muito específico em relação aos produtos’, explicou Semel. ‘Muitos grupos diferentes na companhia criavam inovações e recursos para os grupos para os quais trabalhavam.’ O Yahoo agora terá a capacidade de direcionar seus recursos de engenharia a plataformas de tecnologia que poderão ser usadas pela rede inteira da companhia, acrescentou ele.


Farzad Nazem, o diretor técnico da companhia, vai chefiar um novo grupo de tecnologia. E o Yahoo informou que buscará fora da companhia um executivo para liderar seu grupo de audiência e também um novo diretor-financeiro. Não está totalmente claro o que as mudanças significarão para a vasta rede de produtos do Yahoo ou se elas satisfarão as exigências de uma grande reformulação feitas por Wall Street e alguns executivos da companhia.


‘Em poucas palavras, o Yahoo tornou-se vítima do próprio sucesso’, disse Safa Rashtchy, analista da Piper Jaffray, na terça-feira, antes do anúncio da reorganização.


O Yahoo foi capaz de expandir notavelmente sua audiência depois da explosão da bolha da internet, afirmou ele. ‘Este sucesso impediu a companhia de enxergar que o mundo mudou. O ano de 2006 é um mundo onde o MySpace está prestes a superar o Yahoo em audiência e as redes sociais tornam-se populares entre os anunciantes, e não só entre os usuários. O Yahoo ficou para trás nessa tendência.’’



O Estado de S. Paulo


Licitação de WiMax só será votada em 2007


‘O ministro do Tribunal de Contas da União Marcos Vilaça pediu ontem vista do processo que analisa a licitação das freqüências para a exploração de serviço de banda larga sem fio WiMax. Com isso, a votação será retomada somente no próximo ano. O relator do processo, ministro Ubiratan Aguiar, deve sugerir a retomada da licitação.’


JORNALISMO & MENTIRAS
Gilberto de Mello Kujawski


Verdade e mentira


‘A revista Veja publicou, nas Páginas Amarelas, entrevista com o filósofo americano David Livingstone Smith, propalando que o ser humano é mentiroso por natureza e que a mentira é ‘o pilar das relações sociais’. Afirma que todos somos ‘programados’ para enganar desde os primórdios da humanidade, seja para nos protegermos, seja para levarmos vantagem. O exemplo clássico do mentiroso é o político, que mente por profissão. ‘A mentira traz vantagens indiscutíveis. Bons mentirosos são mais populares e bem-sucedidos. Têm mais status social e melhores salários.’ E mais: mentimos melhor quando não sabemos que estamos mentindo. ‘Ou seja, quando enganamos a nós mesmos.’


Para o entrevistado, mentir é algo tão natural e espontâneo, tão inocente quanto respirar, nascemos programados para a mentira, e a mentira é o alicerce da sociedade. Temos razão para desconfiar que Smith não está dizendo a verdade, pois, se as pessoas mentem tanto, por que ele faria uma exceção? De fato, esse senhor está mentindo. E, o que é pior, com muito pouca competência. Primeiro, levanta-se uma questão lógica nesta defesa da primazia da mentira. A mentira só existe e só é possível porque, antes dela, existe a verdade. Se minto que 2+2 = 5 é porque a verdade é que 2+2 = 4. Se minto que o gato tem três pernas é porque o gato tem quatro pernas. O ouro falso, a bebida e o quadro falsificados pressupõem o ouro, a bebida e o quadro de verdade. A verdade é o pressuposto e a possibilidade de toda e qualquer mentira. Ela é anterior à mentira, que não se sustenta por si mesma, mas é o parasita da verdade. Cabe à verdade a primazia lógica e ontológica sobre a mentira.


Também não procede a tese de que a mentira é o pilar ou o alicerce da sociedade. Ao contrário, se baseada na mentira, a sociedade se dissolveria, pura e simplesmente. Que é a sociedade? Sociedade é a união de pessoas convivendo em caráter permanente e dentro de certos padrões culturais e normas de comportamento comuns. Sociedade é união, conjunção de vontades segundo certas normas, em suma, concórdia. A concórdia não significa consenso, unanimidade ou acordo. Sabemos que toda sociedade é conflitiva. Ao contrário, a concórdia é a disposição de viver junto (as classes, os grupos, as regiões, as pessoas), não obstante as diferenças e discrepâncias dos membros que compõem a sociedade. O essencial da concórdia é o amor à convivência, a decisão de viver junto na tensão dos conflitos e das diferenças. Portanto, a concórdia representa o cimento, o tecido conjuntivo que une a sociedade e graças ao qual a sociedade existe. E o fundamento da concórdia, da convivência estável entre os homens é a verdade. Como poderia subsistir unido o corpo social se seus membros dissessem uma coisa e fizessem outra, se as promessas não fossem cumpridas, se a palavra não valesse nada, se os contratos existissem para ser rompidos, se fosse livre a falsificação de tudo, da moeda, das construções, dos alimentos, dos remédios, das obras de arte, do conhecimento, etc.? Se a trapaça corresse à solta, impunemente? Não seria o fim da sociedade, da união estável e permanente entre os homens? A prática universal da mentira desagregaria toda a sociedade, subverteria a concórdia, dividiria o corpo social em vários grupos dissociados e hostis entre si, transformando a sociedade no contrário do que ela é, uma di-sociedade.


A di-sociedade significa a sociedade voltada contra si mesma, o lugar do crime, da subversão, da insolidariedade, o inferno sobre a terra. Justificar a mentira hoje será absolver o crime amanhã. Então se coloca a seguinte pergunta: como subjugar uma sociedade dissociada em tribos que se querem exterminar reciprocamente? Só pela força, pela imposição violenta das armas, pelo esmagamento da liberdade e de todos os direitos. A apologia da mentira, Mr. Smith, desagrega a sociedade e conduz, fatalmente, à servidão. Era isso que o senhor queria?


Mas a tese desse estranho Mr. Smith, tão logo divulgada no Brasil, encontrou seguidores notáveis. Jaques Wagner, o Barão de Beira-Rio, governador eleito da Bahia, sustentou com todas as letras que os petistas do dossiê Vedoin ‘têm o direito de mentir’.


Comenta o Estado em editorial: ‘Há tempos não se via, em território nacional, demonstração tão marcante de, ao mesmo tempo, ignorância jurídica e cinismo político’ (26/10, A3).


Mentir na política significa manipular a vontade e desprezar o eleitor. Com a palavra o filósofo espanhol Julián Marías: ‘Vale a pena escutar aquele que já tem preparada a próxima mentira? Vê-se às vezes – é um mérito da televisão – que alguém se dispõe a mentir; em sua expressão se esboça o gesto que a anuncia. Mas são poucos os que atentam para o que diz um rosto. Como votar naquele que mente, como colocar a própria vida em mãos especializadas nesse ato, dispostas a manipulá-la e a servir-se dela com desprezo?’


Conclusão: para a mentira, tolerância zero. Desde a mais tenra idade, pais e educadores devem ensinar as crianças a não mentir, ensinar com o exemplo, principalmente. Jamais transigir com a mentira, nem com os outros nem conosco, cientes de que mentir para o outro é mentir para si mesmo, e mentir para si mesmo é falsificar-se, vender-se, prostituir-se. Pois a mentira envenena as fontes da vida. ‘A verdade vos tornará livres’ é a palavra evangélica que devemos ter sempre em mente. Estar na verdade consigo mesmo significa ser livre. E quem está na verdade consigo mesmo estará também na verdade com os demais. A verdade nos leva à liberdade, ao contrário da mentira, que nos arrasta para a servidão, primeiro com o sucesso fácil, depois com a perda da liberdade e dos direitos pela intervenção sem limites do poder público em nossa vida.


* Gilberto de Mello Kujawski, escritor e jornalista, é membro do Instituto Brasileiro de Filosofia’


TELEVISÃO
Jacqueline Farid


Globo aposta em Roberto cantando funk com Leozinho


‘Roberto Carlos se rendeu ao funk. Quem acha difícil imaginar o cantor repetindo animadamente o refrão ‘ela dança, eu danço’ deve conferir o especial para a TV Globo gravado anteontem na casa de shows Claro Hall, no Rio e que vai ao ar no dia 16. O funkeiro MC Leozinho, em dueto com Roberto, fez a platéia de 3 mil pessoas se sacudir ao som de Ela só Pensa em Beijar. Foi um dos muitos momentos de festa na noite em que o rei recebeu também Marisa Monte, Jorge Benjor, Erasmo Carlos e Wanderléia.


Nada a ver com o garoto que, aos 9 anos, tremia nervoso ao cantar o bolero Amor y más Amor na rádio de Cachoeiro do Itapemirim. Em plena comunhão com seu público, Roberto Carlos, que há muito é tradição natalina nos lares brasileiros, revelou mais uma vez por que é trilha sonora na biografia de muita gente. Como para a atriz Sônia Braga, que chegou acompanhada do ator Sidney Sampaio e avisou que considera o cantor ‘a impressão digital dos brasileiros que gostam de música’.


Alegre, bem-humorado e leve, Roberto confidenciou ao público de milhões de pessoas que vão ver o programa na TV por que decidiu voltar a cantar Negro Gato, lançada em 1966 e banida há muito de seu repertório. ‘Faz muito tempo que não canto essa música, tanto tempo que tenho certeza agora que a terapia está funcionando’, brincou. Os fãs retribuíram a confiança com momentos de pura catarse, cantando junto com o ‘rei’ sucessos que ecoam a história de cada um.


Ele iniciou o show com clássicos como Emoções e Como é Grande o Meu Amor por Você. Mas foram os duetos que marcaram o espetáculo. Os encontros começaram com Erasmo Carlos e Wanderléia. Os três, no palco, acompanharam junto com o público imagens no telão dos tempos da Jovem Guarda, como a antológica interpretação de Roberto e Erasmo, plenamente roqueiros, para Tutti Frutti. Depois cantaram, juntos, a sempre presente Amigo, renovando sua mútua declaração de amor anual.


‘Há tempos queria cantar com ela’, anunciou Roberto antes de chamar ao palco Marisa Monte, com quem dividiu momentos memoráveis. Os dois cantaram juntos Amor I Love You, de Marisa e, em seguida, evoluíram na química em direção a Eu te Amo, Te Amo, Te Amo, de Roberto. Os duetos prosseguiram com o ‘compadre’ Jorge Benjor, que aceitou o convite para ‘animar a festa’. Cantou Chove Chuva com Roberto e depois emplacou sozinho Taj Mahal.


Até mesmo Tom Jobim compareceu. Roberto se referiu a ele com um dos grandes encontros musicais que teve – e que está sendo registrado no DVD Duetos, que o cantor está lançando neste mês -, mostrou imagens suas cantando com Tom e interpretou, em espanhol, Insensatez. Sem saber que o diretor de TV e cinema Daniel Filho tinha, momentos antes, no saguão, o comparado ao genial compositor da bossa nova. ‘É um dos grandes compositores brasileiros, o considero como Tom Jobim, e é um excepcional cantor’, disse ao Estado.


Anunciado pela assessoria do evento como ‘a surpresa’ da noite, MC Leozinho teve sorte. A gravação do hit Ela só Pensa em Beijar teve de ser repetida e ele duplicou o momento de glória. Antes de chamar o funkeiro ao palco, Roberto Carlos contou que estava ouvindo o rádio do carro quando se deparou com a música. ‘E fiquei pensando: que letra maneira essa, com poesia, letra bonita.’


O momento funk foi a apoteose de animação do especial de fim de ano. Após um pequeno intervalo, Roberto voltou ao palco não menos bem-humorado, mas mais introspectivo, para cantar Cavalgada e, em seguida, homenagear a amada Maria Rita. Não se importou quando, no meio da emoção de falar do dueto ‘mais importante da minha vida’, teve que paralisar por segundos a gravação e começar tudo de novo. ‘Guarda tudo isso que de repente a gente edita’, sugeriu.


O espetáculo terminou com a sempre presente Jesus Cristo e a farta distribuição de rosas vermelhas e brancas mas, antes, Roberto cantou É Preciso Saber Viver, sucesso do início dos anos 70, regravado recentemente pelos Titãs. No entanto, Roberto continua trocando a letra. No lugar da frase original feita por ele mesmo e que diz ‘se o bem e o mal existem, você pode escolher’, ainda prefere eliminar o mal e ficar com ‘se o bem e o bem existem’. Mas e a terapia, Roberto?


O primeiro especial de fim de ano de Roberto Carlos para a Globo foi gravado em 1974, inaugurando uma seqüência anual que só foi interrompida em 1999. Os fãs que soltaram a voz anteontem no Claro Hall e os que vão assistir ao especial de TV, em casa no dia 16 (logo após a exibição da novela Páginas da Vida), têm certeza de uma coisa: Papai Noel existe. Depois de 32 espetáculos de Natal, ele atende pelo nome de Roberto Carlos.’


Keila Jimenez


Justus procura um sócio


‘‘Seu sonho acabou!’ ou ‘Você está fora do negócio!’. Essas são as novas frases ensaiadas por Roberto Justus para seu próximo programa na Record: Aprendiz 4 – O Sócio.


A clássica ‘Você está demitido!’ pode até entrar na atração, mas como o próprio Justus diz, a idéia é inovar, uma vez que o novo formato é uma adaptação do original O Aprendiz, que já rendeu uma trilogia na Record. Sim, Justus jurou que O Aprendiz 3 seria o último, mas acabou voltando atrás.


Em O Sócio – que estréia em maio – em vez de um funcionário, Justus buscará, como o denuncia o título, um empreendedor para se associar a ele.


Desta vez os candidatos não precisam ser pós-graduados em nada. Especialização, idade e sexo não importam em O Sócio. ‘O que vale é uma boa idéia de negócio. Selecionaremos 16 boas idéias de negócios em que Justus possa se associar, nos mais variados setores. Podemos ir de um novo carrinho de cachorro-quente a uma agência de publicidade virtual’, explica Walter Longo, consultor do programa.


Selecionadas as idéias, os candidatos participarão de tarefas e serão eliminados no esquema de O Aprendiz. A Record, por sinal, teve de submeter a idéia à dona do formato, a Fremantle, que pela primeira vez aprovou uma mudança tão grande em um dos seus programas.


O vencedor ganhará R$ 1 milhão, sendo R$ 500 mil como uma espécie de salário e R$ 500 mil de investimento no negócio sugerido. Justus investirá mais cerca de R$ 500 mil no empreendimento, sendo sócio majoritário com 51% das ações. O candidato ficará com 49%. As inscrições serão abertas no sábado, no site da Record (www.rederecord.com.br). E Justus viajará pelo País para ver as idéias pré-selecionadas. A atração irá ao ar às terças e quintas-feiras, às 22h30.’


Cristina Padiglione


Único meio de informação está defasado


‘Afeito a sorteios, Silvio Santos transformou a programação do SBT num grande jogo de adivinhação: ao fechar sua assessoria de imprensa, o patrão não escalou sequer um cidadão para enviar aos jornais a programação prevista para os dias seguintes. Faz sentido. O SBT é tão inconstante que, sem informação prévia, o telespectador evita frustrações, quem sabe? Vale ligar no telefone de atendimento ao telespectador, (11) 3236-0111, e ouvir, na mensagem eletrônica, ‘Disque 2 para falar com o Programa do Ratinho’, título que está fora do ar há três meses.


entre-linhas


Corrigindo: os atores de Vidas Opostas, da Record, terão sim a esperada folga de fim de ano. O autor da novela, Marcílio Moraes, acelerou para manter quase 30 capítulos de dianteira em relação ao que vai ao ar.


A Record começa a gravar em fevereiro a versão nacional de The Simple Life, sucesso nos EUA com Paris Hilton. Karina Bacchi e Ticiane Pinheiro serão as protagonistas da atração, que estréia em março.


Sem Fronteiras, da Globo News, exibe hoje, à 0h30, um programa sobre o olhar estrangeiro ao Brasil na mídia. A equipe acompanhou as gravações da CNN na Rocinha.


A Band informa que a audiência do Jornal da Band nesta última semana (27/11 a 5/12) foi de 6,5 pontos, com picos de 9, um acréscimo de 60% em relação ao período de 13/11 a 24/11, em que a média foi de 4. O mesmo fenômeno aconteceu com o Brasil Urgente, cujo índice de audiência, no mesmo período, subiu 45%, saltando de 4 pontos de média para 5,8.


A Band atribuiu o progresso na audiência de seus noticiários às enchentes em São Paulo e também à crise nos aeroportos.


Ainda sobre a Band: Del Rangel se livrou do SBT em boa hora e voltou à emissora do Morumbi para integrar o núcleo de dramaturgia da casa. O chefe da pasta, no entanto, continua sendo Ignácio Coqueiro. Del cuida de novos projetos, enquanto Coqueiro se dedica ao comando da novela Paixões Proibidas.’


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Folha de S. Paulo


Quinta-feira, 7 de dezembro de 2006


CASO EJ
Folha de S. Paulo


Juiz extingue ação contra Eduardo Jorge


‘O juiz federal substituto da 14ª Vara do Distrito Federal, Roberto Luís Luchi Demo, extinguiu ação de improbidade administrativa contra Eduardo Jorge Caldas Pereira, ex-secretário-geral da Presidência da República, o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, e dois auditores daquele órgão. Cabe recurso da decisão.


O Ministério Público Federal alegara indícios de enriquecimento ilícito e que Maciel e os auditores dificultaram a fiscalização de empresas das quais o secretário de FHC é sócio.


‘Não consigo entrever improbidade administrativa’ nas condutas de Maciel e dos auditores, afirmou o juiz na sentença.’


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


‘Chaos’


‘‘Choro, desespero, desmaios’, anunciou o ‘Jornal da Band’ em manchete, seguido do ‘Jornal Nacional’ com ‘o suplício das vítimas da maior crise da aviação’.


Ao longo do dia, para a agência de aviação, o ‘clima de terror’ era exagerado e hoje estaria tudo ‘normal’. Mas o dia correu, o quadro piorou e as manchetes dos sites saltaram de ‘32% dos vôos sofrem atrasos’, no fim da tarde na Folha Online, para ‘Lula deve trocar ministro’ e depois ‘Lula deve anunciar pacote de medidas contra crise aérea’, no portal G1. Na Folha Online, ‘Senado cria comissão para fiscalizar crise’.


Record, UOL e outros usaram ‘caos’ e não ‘crise’. E a expressão ‘chaos’ chegou ontem ao exterior, em título do correspondente Todd Benson, da Reuters, nos sites dos principais jornais dos EUA e da Europa.


VOLTAR PARA CASA


A liberação dos pilotos do Legacy ecoou nos EUA, em especial nos jornais de Nova York e do subúrbio onde os dois moram, Long Island.


A reportagem do ‘New York Times’ foi curta, sob o título ‘Corte brasileira dá três dias para libertação de pilotos americanos’. Já o ‘Newsday’ festejou que os ‘Pilotos de Long Island estão próximos de voltar para casa’. Os dois jornais e outros destacaram a reação de Peter King, um deputado republicano local que fez movimento em favor dos pilotos e agradeceu ao ‘governo brasileiro’, ontem.


HILLARY E OS PILOTOS


Não só King, mas os dois senadores do Estado de Nova York, os democratas Hillary Clinton e Charles Schummer, vinham agindo com ‘peso’ sobre o Departamento de Estado no caso, como deu o ‘New York Post’ dias atrás.


Ontem, segundo o site da BBC Brasil, a ex-primeira- dama e possível candidata a presidente soltou nota se dizendo ‘feliz’ com a decisão brasileira, que permitirá aos pilotos passar as festas de fim de ano com suas famílias.


Sublinhou que ambos ‘se comprometeram a continuar cooperando’ na investigação.


‘INTEGRAÇÃO FÍSICA’


O venezuelano Hugo Chávez chegou e, ‘de acordo com uma fonte’ da agência Reuters, ele e Lula ‘decidiram dar prioridade à ‘integração física’ na região, como forma de consolidar uma aliança política e uma parceira comercial estratégica’. Parceria estratégica foi como o subsecretário de América Latina no Departamento de Estado dos EUA descreveu a relação de seu país com o Brasil, dias atrás.


No caso de Venezuela e Brasil, seriam projetos comuns em energia e infra-estrutura, a começar do gasoduto e da refinaria de Pernambuco, mas também, segundo a BBC Brasil, Banco do Sul e até a Telesur. O objetivo da viagem a Brasília seria, nas palavras de Chávez, ‘acelerar tudo’.


FRANCE24.COM


O logotipo do canal, que abriu on-line ontem


Estreou ontem, mas apenas na internet, o France 24, a versão francesa da CNN, que vem na cola de outros canais internacionais de notícias, como Al Jazeera -que também enfrenta restrições para transmissão nos EUA e Brasil.


A estréia em cabo e satélite será hoje, para Europa, Ásia e África. Para além das restrições, a motivação da abertura on-line é que ‘a internet está no coração’ do canal, como destacou a direção do France 24 ao ‘Le Monde’, ontem.


Curiosamente, a emissora idealizada pelo presidente Jacques Chirac em reação aos canais anglo-americanos tem duas versões, em francês e inglês. Em tempo, Chirac dizia ontem que o France 24 será independente e isento.


O ‘RIVAL’


Contra o laptop de US$ 150, um de US$ 400


Após Nicholas Negroponte, do MIT Media Lab, lançar seu laptop no Brasil, ontem surgiu o de sua rival, a gigante Intel.


Sites de jornais nos EUA e na Europa traziam enunciados como ‘Laptops de US$ 150 ganham rival no Brasil’ ou ‘Brasil vai testar laptop de US$ 400 da Intel em escolas’. A disputa pelas ‘crianças pobres’, o alvo dos projetos, é aberta e envolve uma outra gigante do setor. O modelo Intel, segundo o site IDG Now, usa sistema Linux, grátis, ou Windows, da Microsoft. O de Negroponte, só Linux. O governo da Índia, outro emergente em disputa, estaria hoje mais propenso ao da Intel. O brasileiro quer os dois.’


INTERNET
Folha de S. Paulo


Net conclui compra de parte de Vivax


‘A Net, maior empresa brasileira de TV a cabo, informou ontem que concluiu a compra de parte das ações da Vivax, a segunda maior do setor, que tem aproximadamente 320 mil assinantes.


Com o negócio, anunciado inicialmente em outubro, a Net passa a deter 36,7% das ações da Vivax que pertenciam à Horizon Telecom International.


O negócio ainda precisa ser aprovado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Caso haja anuência da agência, a Net planeja comprar também o controle acionário da Vivax, que pertence ao investidor brasileiro Fernando Norbert.’


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Google pretende aumentar investimentos feitos na Ásia


‘DA BLOOMBERG – O Google intensificará seus gastos em novos projetos e fará um investimento de maior porte na Coréia do Sul e na China num momento em que a empresa amplia sua expansão fora dos EUA.


A Coréia do Sul e a China têm sido mercados ‘mais fracos’, segundo Omid Kordestani, vice-presidente-sênior e chefe de vendas do Google. O aumento dos gastos na Ásia se segue aos investimentos realizados pela empresa na Rússia.


O Google realiza a maior parte de suas vendas com anúncios vinculados a termos de busca da internet nos EUA e está tentando tirar proveito desse sucesso em outros mercados.


Depois comprar o YouTube, o Google está fazendo experiências com anúncios em vídeo, disse Kordestani. ‘Estamos buscando novos formatos para anúncios. Ele afirmou que a empresa ‘lançará vários experimentos nos próximos anos’.’


TELEVISÃO
Daniel Castro


Globo registra ‘recessão’ no 3º trimestre


‘A Globo faturou menos no terceiro trimestre deste ano do que no mesmo período de 2005. Segundo relatório divulgado a credores nesta semana, a empresa fechou o trimestre julho/setembro com uma receita de R$ 1,253 bilhão, 2,5% menor do que nos mesmos meses do ano passado. Os dados incluem as receitas publicitárias da TV Globo e da Globosat, programadora de canais pagos.


No acumulado dos nove primeiros meses de 2006, no entanto, a Globo registra um crescimento de 15%, totalizando receita de R$ 4,029 bilhões. Na média de todo o ano, a rede deve fechar com 13% de crescimento, acima da média do mercado de televisão.


A ‘recessão’ registrada no terceiro trimestre é explicada, no relatório oficial da Globo, pela Copa do Mundo. A Copa concentrou boa parte dos investimentos publicitários no primeiro semestre, que acabou registrando um crescimento de 20%. Ou seja, os anunciantes gastaram em maio e junho dinheiro que normalmente despenderiam de julho a setembro. Além disso, o fato de o Brasil não ter sido campeão frustrou anunciantes que pretendiam faturar com o título.


No terceiro trimestre, pesou ainda a propaganda política, que afugentou anunciantes temerosos de verem suas campanhas em intervalos ‘poluídos’ por publicidade eleitoral. O relatório registra ainda que a Globo detém 43% da audiência.


REFORÇO 1 Profissional com passagem por Globo, SBT e Record (na qual foi um dos responsáveis pela fracassada ‘Metamorphoses’), Del Rangel, acaba de ser contratado pela Band. Será diretor de produção de dramaturgia, com base em São Paulo.


REFORÇO 2 Segundo a Band, a contratação de Rangel não tem nada a ver com ‘Paixões Proibidas’, que não emplacou no Ibope e é comandada, no Rio de Janeiro, por Ignácio Coqueiro, cujo cargo é diretor do núcleo de dramaturgia. Rangel irá tratar das próximas novelas da emissora.


VER DE NOVO Está chegando às lojas os DVDs das duas temporadas de ‘Hoje É Dia de Maria’, exibida pela Globo em 2005, com 40 minutos de making of.


SILÊNCIO TOTAL A ‘lei do silêncio’ imposta por Silvio Santos no SBT não afetou apenas a assessoria de imprensa, que foi desativada. Atingiu também o serviço de atendimento ao telespectador. Não adianta ligar para o SBT. Todas as suas atendentes estão ocupadas, diz uma mensagem.


ANTIMIDAS Sucesso nos países em que foi ao ar, como México, ‘Bailando por um Sonho’ é o fracasso do ano do SBT. A rede já deixou de exibi-lo aos sábados. Domingo, a atração deu só 4,7 pontos.


JORNADA DUPLA A historiadora Karla Martins está prestando consultoria para a Globo nas gravações de ‘Amazônia – De Galvez a Chico Mendes’. E fará uma breve participação na segunda fase da minissérie como uma parteira.’


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Quem quiser ser sócio de Justus, aliste-se no ‘Aprendiz’


‘A Record abre neste sábado inscrições para ‘Aprendiz 4 – O Sócio’, no site www.rederecord.com.br/aprendiz4osocio. No programa, que estréia em maio, 16 candidatos concorrerão a abrir um negócio com o apresentador Roberto Justus, um dos principais empresários de publicidade no país.


A Record admitiu que poderá selecionar pessoas fora dos inscritos, a exemplo do que ocorre em ‘Big Brother’.


Desta vez, não haverá limite de idade nem exigência de escolaridade. Serão escolhidas as melhores idéias para um novo negócio, de qualquer ramo. A seleção dos candidatos será transformada em dois programas, que antecedem os 15 de eliminação. O prêmio será o capital inicial (R$ 1 milhão) para abrir a empresa em sociedade com Justus, que terá 51% das ações e deixará 49% para o vencedor. O bordão não deverá mais ser ‘Você está demitido’. Cogita-se ‘Você está fora do meu negócio’ e o péssimo ‘O sonho acabou’.’


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