Uma das publicações de maior prestígio no mundo, a revista semanal The New Yorker lançou nesta semana seu primeiro aplicativo para o iPhone, da Apple. A exemplo do que aconteceu com o app para iPad, há dois anos, o assinante poderá acessar, toda segunda, a íntegra da edição impressa. A assinatura anual sai por US$ 59,99. Cada edição, separadamente, US$ 5,99. A primeira é gratuita.
A editora Condé Nast, que publica a New Yorker e títulos como Vanity Fair e Vogue, começa assim a produzir réplicas de suas revistas, antes restritas aos tablets, também para smartphones, de maior alcance. Para analistas como Peter Kafka, do site de mídia e tecnologia All Things D, o lançamento indica uma mudança em todo o setor de revistas dos EUA – que deve se acelerar, mais à frente, com a chegada de smartphones maiores e tablets menores. A maior novidade técnica, festejou a New Yorker, é que “finalmente solucionamos como dobrar a edição semanal para caber no iPhone”. O app desenvolvido pela Adobe não reproduz só arquivos de imagem, mas texto, “HTML paginado”, o que reduz o tempo para download. A versão para iPad, também desenvolvida pela Adobe, deve seguir a inovação.
A exemplo do que aconteceu com a campanha de lançamento do aplicativo para iPad, em 2010, que recorreu ao ator cult Jason Schwartzman, a nova campanha da New Yorker é estrelada por Jon Hamm, da série Mad Men (AMC), e Lena Dunham, da série Girls (HBO). Dunham, de 26 anos, que foi perfilada como uma cineasta em ascensão há dois anos pela própria revista, é também a diretora do vídeo.
De humor awkward, desajeitada, a produção de cinco minutos descreve a New Yorker como publicação de “artes, cultura, opiniões, que dita o gosto, como a Rolling Stone”, mas que “nunca colocaria Britney Spears na capa”, provocante. Na reação do personagem de Hamm, “então é como uma versão horrível da Rolling Stone”.
Veja aquio vídeo de lançamento.
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[Nelson de Sá é articulista da Folha]