O diretor financeiro do grupo Pearson, Robin Freestone, declarou na quinta-feira (15/11) que não descarta uma venda do Financial Times (FT). A afirmação foi feita durante uma reunião com investidores, informando que a empresa pode eventualmente rever sua propriedade do jornal.
– Será que somos os melhores donos do Financial Times que poderiam existir? – indagou Freestone em uma conferência em Barcelona, organizada pelo banco Morgan Stanley. – Até agora, a resposta é sim. Mas isso ainda pode mudar.
A Pearson está enfatizando seus negócios em educação, num momento em que o novo diretor-executivo John Fallon se prepara para tomar as rédeas de Marjorie Scardino, que se aposenta em janeiro. A empresa decidiu considerar ofertas para o jornal britânico este ano, segundo fontes próximas às negociações. Todavia, Charles Goldsmith, porta-voz da Pearson em Londres, disse que a empresa “nega categoricamente” que tenha tomado tal decisão.
O Financial Times, jornal com mais de 120 anos de história, foi impresso pela primeira vez em papel cor de rosa em 1893 e comprado pela Pearson em 1957. O jornal emprega mais de 600 jornalistas e tem circulação de cerca de 600 mil exemplares, combinando edições pagas em sua versão impressa e digital.
Fallon, no mês passado, chamou o Financial Times de “uma parte muito valorizada e muito valiosa da Pearson”.
No mês passado, em cerimônia simbólica de abertura do pregão na BM&F Bovespa em São Paulo, o periódico fez o lançamento de sua primeira edição impressa no Brasil. A versão brasileira é a mesma que circula nos Estados Unidos, em inglês, e com preço de capa de R$ 16.