O público consome informação com uma nova dinâmica. A plateia mudou. Agora ouve o interlocutor, publica em rede social digital, atualiza-se de outras notícias, ouve podcast e ainda opina junto ao interlocutor. Seja na sala de casa, na rua, em reunião com amigos e até mesmo em palestras, audiências e aulas. Outro dia, no fórum, enquanto deliberavam os rábulas, uma doutora esfregava o dedo na tela, sem perder o fio norteador da audiência. Na sala de casa, televisão, tablet, computador e celular interagem com uma estranha presença no diálogo familiar. Tudo muito natural. “Tudo ao mesmo tempo agora.”
O mercado publicitário e também o de produção de conteúdo disputa a clique os cookies dos usuários. Se antes os ancestrais ensinavam a não se “colocar todos os ovos em um mesmo cesto”, hoje percebe-se uma frenética convergência ao digital. Unificação de acessos, senhas fortes com plataformas integradas. Banco, e-mail, rede social, informações de trabalho, de lazer; tudo registrado, controlado, escondido e compartilhado pela plataforma digital. Os riscos e as frestas não impedem o fluxo diante da comodidade, conforto e agilidade dos novos processos. O fascínio e a histeria chicoteiam a estrutura de obter-se capital. Mudar para sustentar é mais uma frase imã de geladeira.
Ações de merchandising têm se aprimorado intensamente como alternativa a anúncios chapados de produtos e serviços. Atualizar o modus operandi é a recorrente pauta diária. Os paradoxos gerados com conflitos de gerações, desafios para compreender o público e produzir para ele; formar público e profissionais, exigem reflexões e atitudes que ainda não podem ser concatenadas em um manual. Vale uma leitura na edição da revista Imprensa deste mês. As matérias sobre a formação do jornalista e sobre o relacionamento com as novas mídias está muito interessante.
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Rudson Vieira é jornalista, Coronel Fabriciano, MG