No domingo (24/3), o site do Estado de Minas publicou uma matéria da Agência Estado sobre os gastos do governador Aécio Neves no Rio de Janeiro. Perplexos, aqueles que sabem da ligação direta entre o jornal e o tucano acharam esquisito, mas gostaram do que viram. Acontece que meia hora depois a matéria foi completamente retirada do ar, com os links sendo deslocados. A ligação do jornal com o poder mineiro beira o ridículo. Nenhuma notícia contrária ao regime estadual ou às forças do senador Aécio Neves. A censura é clara e declarada por todos os profissionais do jornal (Fernando Pacheco, Belo Horizonte, MG)
Preconceito na Rádio Bandeirantes
Não posso deixar de manifestar o meu repúdio às opiniões preconceituosas, ridiculamente elitistas, tendenciosas e conservadoras dos apresentadores do programa Jornal Gente – José Paulo de Andrade, Rafael Colombo e Salomão Ésper – que, entre outras asneiras, disseram ser inaceitável empregar o termo “casamento” para pessoas do mesmo sexo. Além disso, enquanto tive paciência de ouvir, expressaram seu espanto com o alarde ocorrido com a desocupação da Aldeia Maracanã, terreno do antigo Museu do Índio, afirmando que “não se pode parar os investimentos previstos por causa de uns 20 índios”, como se o direito se fundamentasse na quantidade de beneficiados… E mais: “Estranhos esses índios que usam tênis [cita a marca]”, tentando desqualificar os aculturados. E ainda: “Se tiver de devolver a Aldeia Maracanã, daqui a pouco terão de devolver Guarulhos, Alphaville, os americanos terão de devolver o Texas e assim por diante.” Como essa gente se comunica com público, formando opinião, com essa mentalidade tacanha? Eu, que sou amante do rádio, já havia desistido de ouvir a CBN, a Jovem Pan, que meu saudoso pai apreciava, e agora percebo que não vale a pena acompanhar notícias pelo rádio. Está pior do que os telejornais. (Marcelo Caetano, professor, Mongaguá, SP)