Wednesday, 04 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1316

A imprensa como arma contra os manifestantes

Nos últimos dias meu filho Igor Pouchain Matela e sua esposa Carla Hirt foram duramente atingidos em dois ataques brutais pelo simples fato de estarem comprometidos com a luta política que trava a população do Rio de Janeiro e de todo o país, contra a inépcia e os desmandos que estão nas manchetes dos veículos de comunicação.

O primeiro ataque foi por uma polícia completamente despreparada para lidar com manifestações pacíficas de movimentos organizados como o do Passe Livre e o do Comitê Popular Copa e Olimpíadas do Rio de Janeiro.

O segundo brutal e covarde ataque foi cometido pelo jornalista Antonio Werneck, n’O Globo, nos dias 25 (Capa e página 8) e 26 de julho (página 11) passado – uma semana após as manifestações em que Carla foi baleada e em vez de ser socorrida e levada para um hospital, foi trancada numa delegacia de polícia.

Com uma semana para fazer uma bela apuração, o indigitado jornalista – aparentemente – só utilizou de suas fontes na delegacia e seus contatos com um ex-deputado federal que desponta para o anonimato.

Matéria de envergonhar um chefe de Redação que preze o trabalho jornalístico. Nem a legenda da foto da reportagem é verdadeira. Tudo é fabricado no ar condicionado da Redação.

O jornalista Luiz Carlos Azenha percebeu a farsa e, em poucas horas, ouviu, analisou e informou com clareza todos os pormenores do ocorrido em seu site (ver aqui). Mario Augusto Jakobskind, também (ver aqui).

Fácil para quem sabe pensar e exercer dignamente a profissão de jornalista.

Penso que se eu fosse diretor de Redação de um grande jornal demitiria um jornalista que me trouxesse uma matéria como esta, e por justa causa. Um empregado de meu jornal não poderia estar fazendo matérias a serviço de suas fontes; não deveria ser moleque de recado de interesses espúrios. Afinal quem paga o salário de um jornalista, quer – imagino – trabalho competente e informativo e isto não se consegue com indigência mental. (Horacio Sanches Matela, aposentado, Rio de Janeiro, RJ)

 

Estado laico

O programa sobre o Estado laico foi demais! Ateu sofre neste país! Fico superfeliz e aliviada por esse programa existir! Parabéns! (Angela Goretti Carvalho, escultora, Belo Horizonte, MG)

 

Cadê a democracia?

Caro Dines, na televisão brasileira temos poucos programas bons para assistir. O Observatório é um deles. Muito criativo. Só que tenho observado que alguns temas, como o do Estado laico, só têm convidados do contra. Estou me referindo àquele com a participação do deputado Jean e um filósofo. Fiquei decepcionado, pois não tinha outro convidado para debater. Assim não vale. Todos falando a mesma língua. Não acreditei que isso aconteceu no Observatório. Sei que ficarei sem resposta, mas expressei minha opinião. Lamento. Até você, Dines? Cadê a democracia? Bom trabalho (Genildo Azevedo, coordenador de marketing, Sobral, CE)