Duas das maiores gigantes da publicidade, a Publicis e Omnicom anunciaram, no domingo (28/7), em Paris, planos de fusão das duas empresas de US$ 35 bilhões, informou o Financial Times. O acordo vai remodelar a indústria de marketing global e afetar bilhões de dólares gastos pelas maiores marcas do mundo em todos os lugares, incluindo anúncios para televisão, Google e Facebook.
O grupo resultante da fusão, cujo nome será Publicis Omnicom Group, manterá sedes em Paris e Nova York, e os acionistas das empresas francesa e norte-americana terão cada um cerca de 50% do capital da nova empresa. A Publicis disse que a transação deve criar “um valor significativo para os acionistas”, com sinergias estimadas em US$ 500 milhões.
“O presidente da Omnicom, John Wren e eu concebemos essa fusão para beneficiar nossos clientes, ao trazer conjuntamente a mais abrangente oferta de serviços analógicos e digitais”, disse o presidente-executivo da Publicis, Maurice Levy, em um comunicado. Levy disse ainda que o governo francês apoiou a fusão.
Juntas, a Publicis e Omnicom tiveram uma receita combinada em 2012 de US$ 22,7 bilhões, com mais de 130 mil empregados, e elas devem ultrapassar a WPP, no valor de US$ 24,1 bilhões.
Mensuração de dados
O acordo reuniria marcas Publicis como Saatchi & Saatchi e Leo Burnett com a BBDO Worldwide e a DDB Worldwide, ambas da Omnicom.
Wren e Levy serão os CEOs conjuntos em uma integração inicial e um período de desenvolvimento de 30 meses, após o qual Levy vai se tornar presidente não-executivo e Wren o único CEO, disse a Publicis.
Segundo analistas, a Omnicom, que tem focado mais em expandir as operações digitais e menos em novas aquisições, vai se beneficiar com o poder de compra da Starcom MediaVest Group, a maior agência do mundo, que é uma divisão da Publicis. Em abril, a Starcom assinou um acordo, estimado em centenas de milhões de dólares, com o twitter para combinar algumas das pesquisas que ambos fazem para mensurar dados publicitários.