É muito pouco provável que algum grande meio de comunicação brasileiro se meta a fazer, no momento, uma pesquisa sobre os cursos superiores mais procurados no atual Exame Nacional de Ensino – Enem – ou nos próximos vestibulares; mas me atrevo a dizer que se a pesquisa fosse feita não apontaria o curso de Jornalismo ou Comunicação Social como o mais procurado. Acontece que isto acontecia antes do meritíssimo juiz Gilmar Mendes acabar com a exigência legal de diploma para o exercício da profissão, explicando depois que jornalista, assim como cozinheiro ou garçom, não precisa do papel.
A Folha de S.Paulo de 24 de outubro último publicou artigo do historiador americano Kenneth Maxwell, sob o título “Liberdade de Imprensa”, que começa assim: “Nesta semana, a Escola de Pós-Graduação em Jornalismo da Universidade Columbia anunciou os Prêmios Maria Moors Cabot, amais antiga premiação internacional de jornalismo.”
E daí, diriam Boris Casoy ou Wiliam Waack?
Daí que a escola fundada por Joseph Pulitzer, “com a missão de treinar jornalistas sob os mais altos padrões” (…) ensina a cada ano 400 alunos aos “e já formou 11 mil jornalistas, editores, repórteres e produtores conhecidos na mídia impressa, eletrônica e interativa de todo o planeta”.
Daí que um dos premiados com medalha de ouro pelo prêmio foi o jornalista brasileiro diplomado, Mauri König, do jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, PR, por uma série de reportagens sobre tráfico sexual nas fronteiras brasileiras.
Daí que o jornalista brasileiro Alberto Dines, já premiado pelo Cabot em 1970, foi um dos principais palestrantes no evento da faculdade de Jornalismo norte-americana, fundada por Joseph Pulitzer.
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Zulcy Borges é jornalista