Gostaria de expressar minha profunda indignação com a Folha de S.Paulo ao produzir um erro grosseiro e intencional, no meu ponto de vista, na manchete da capa, ao escrever da seguinte forma: “Prefeito sabia de tudo, diz fiscal preso, em gravação”. Qual prefeito? A meu ver, o jornal quis induzir ao leitor desavisado que Fernando Haddad, atual prefeito de SP, tinha conhecimento de todo o esquema de desvio de verbas. Na realidade, se o leitor comprar o jornal e ler a reportagem inteira, descobrirá que a reportagem menciona que o personagem citado é Gilberto Kassab.
Não custava a Folha ter inserido a palavra “Ex-prefeito” na manchete. Isto me pareceu um erro de português intencional e grosseiro. Este joguinho de adivinhação feito pela Folha me deixou completamente irritada e com a sensação de que o leitor pode ser feito de palhaço. O mau jornalismo não tem limites, especialmente para atacar uma classe política que não é simpática aos interesses deste jornal. A Folha não teve consideração ao leitor ao induzi-lo a um erro grosseiro de redação e à interpretação torta dos fatos. Manchar a reputação das pessoas, sejam elas quem forem, não é sinal de um bom jornalismo, ainda mais quando isto é produzido por uma manchete intencionalmente mau escrita. Já excluí a revista Veja da minha leitura, a não ser para pegá-la em situações extremamente caricatas e desagradáveis. Estou tendente a fazer a mesma coisa com a Folha de S.Paulo. O leitor merece respeito e não precisa passar por esta situação absurda (Roselene Candida Alves, arquivista, Brasília, DF)