As notícias não param de chegar de todos os cantos do mundo com informações sobre os mais recentes acontecimentos no front de guerra, apesar da aparente falta de guerras entre nações no mundo.
>> O ex-jogador norte-americano Dennis Rodman organizou uma partida de basquete para comemorar o aniversário do líder norte-coreano, Kim Jong-Um;
>> O líder norte-coreano, Kim Jong-um, foi aquele que mandou matar seu tio, Jan Song-Thaek, vice-presidente do país;
>> Depois de mandar matar o tio, o líder norte-coreano anunciou eleições parlamentares gerais no país em março;
>> No país do jogador Dennis Rodman, o estado da Califórnia autorizou a venda de maconha para fins de recreação;
>> Congelado pelo frio, o mesmo Estados Unidos renovou, em decisão judicial, no dia 4 de janeiro, autorização para que a Agência de Segurança Nacional (NSA) continue com a polêmica coleta de dados telefônicos dos cidadãos do país durante mais três meses;
>> Depois de trabalhar intensamente como espião para o governo dos Estados Unidos, o jovem Edward Snowden, ex-agente da NSA, pediu formalmente asilo político ao Brasil.
Violência e atentados
No Brasil, dois presos foram mortos no presídio de Pedrinhas no Maranhão em 2014. Em 2013, 60 detentos foram assassinados, muitos deles decapitados. No total, desde 2007, 173 pessoas foram mortas dentro de Pedrinhas.
>> O Brasil vem assistindo, nestes primeiros dias de 2014, os chamados rolezinhos ocuparem os shoppings da cidade de São Paulo e ameaçarem se espalhar pelo Rio de Janeiro. A manifestação de jovens, organizada por meio de redes sociais, tem provocado reação da polícia e corre risco de iniciar nova onda de violência no país;
>> Por falar no assunto, a violência já matou quase 500 pessoas no norte da Síria nestes primeiros dias de 2014;
>> Também matou 10 mil pessoas no Sudão do Sul e ondas de violência vêm se espalhando pelo Iraque, Pasquistão, República Centro-Africana, Líbia e Afeganistão;
>> Ao menos 32 pessoas morreram e 63 ficaram feridas no dia 12 de janeiro em uma série de atentados à bomba no Iraque;
>> Atentados mataram pelo menos oito pessoas no Paquistão, entre eles Mian Mushtaq, ex-chefe do Partido Nacional Awami (PNA);
>> Bangui, a capital da República Centro-Africana, vive onda de conflitos entre rebeldes muçulmanos e grupos cristãos. No dia 10, mesquitas foram destruídas e casas e lojas muçulmanas foram saqueadas;
>> Enfrentamentos tribais na cidade de Sebha, no sudoeste da Líbia, que começaram dia 9 de janeiro, causaram pelo menos 31 mortos e 65 feridos;
>> Atentado contra ônibus da polícia deixou quatro feridos em Cabul, no Afeganistão;
>> Sem violência, mas com muita confusão, manifestações públicas agitaram a Ucrânia, no Leste europeu, e a Espanha, na Europa ocidental. Protesto contra o governo ucraniano reuniu 50 mil na capital do país no dia 12; e milhares de bascos foram às ruas de Bilbao, na Espanha, em apoio a presos do ETA.
Vítimas da gripe aviária
A onda de violência e morte não foi a única pauta da imprensa mundial em 2014, até agora. Muitas outras coisas aconteceram, como, por exemplo, a criminalização da união homossexual na Nigéria, a ser punida com 14 anos de prisão.
Todavia, a notícia que menos chamou a atenção do mundo em 2014 parece ter sido a de que o Canadá registrou no dia 8 de janeiro a 1ª morte de uma pessoa na América por causa da gripe aviária.
Depois de mais de 60 anos restrita à Europa, ao Oriente e à Ásia, a epidemia atravessou, pela primeira vez, o oceano. Talvez a América não saiba. Mas, um total aproximado de 15 mil pessoas já morreram e mais de 100 milhões de aves já foram sacrificadas somente no continente asiático em função da gripe aviária.
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Leandro Marshall é professor universitário, pós-doutor em Sociologia, doutor em Ciência das Comunicação, mestre em Teorias da Comunicação e especialista em Filosofia