Não poderíamos ter escolhido momento melhor do que este para lançar o Brasil Post. Uma rara conjunção de fatores promete fazer deste 2014 um dos anos mais marcantes da história recente do nosso país. Como se já não bastasse a óbvia coincidência entre eleição presidencial e a realização da Copa do Mundo, outros ingredientes prometem esquentar ainda mais o noticiário. O principal, sem dúvida, é o clima de insatisfação popular que veio à tona com as grandes manifestações de rua que começaram a pipocar no ano passado.
Não podemos esquecer também dos julgamentos dos caciques das principais forças políticas do país no Supremo Tribunal Federal, os chamados “mensalões” do PT e do PSDB mineiro. Isso sem falar dos recentes tropeços de nossa economia ou dos críticos gargalos de nossa infraestrutura de transportes.
Será que vamos ganhar essa Copa do Mundo? Os políticos já condenados continuarão presos por quanto tempo? Outros homens públicos envolvidos em corrupção serão condenados? E a energia das mobilizações populares, poderá ser canalizada de maneira positiva e nos ajudar a construir uma sociedade mais justa e sustentável?
É nesse cenário que lançamos hoje o Brasil Post, versão local do jornal eletrônico internacional The Huffington Post, já presente em nove países. E o momento não poderia ser melhor, não apenas porque esse vai ser um ano ímpar, mas especialmente pelo tipo de jornalismo que o Brasil Post pratica.
Antes de mais nada porque nenhum veículo de informação dialoga melhor com as redes sociais do que The Huffington Post, seja monitorando o que acontece nas redes para alimentar sua pauta, seja viralizando seus conteúdos nas principais plataformas ou participando ativamente das conversas que eles geram nas redes. Em um país que ama redes sociais como o Brasil, líder mundial nas estatísticas de acesso a esses sites, esse já seria um diferencial importante.
Mas diante do papel fundamental que as redes sociais vêm tendo na mobilização e organização de movimentos como os protestos de rua ou os recentes “rolezinhos” de adolescentes nos shopping centers das grandes cidades brasileiras, esse jornalismo hiperconectado nas redes vai dar ao Brasil Post uma importante vantagem em relação aos sites de notícias locais.
Opinião e participação
Outro diferencial marcante do jornalismo praticado pelo Huffington Post é exatamente a maneira como ele trata os outros sites noticiosos, e que ganha o nome de “agregação de notícias”. No Brasil Post os leitores não vão encontrar apenas as notícias produzidas por nossa redação, mas também links para outros sites e portais brasileiros, sempre que eles veicularem informações exclusivas ou relevantes. Assim, muitas vezes, a manchete de nossa home page poderá redirecionar os internautas diretamente para os sites da Folha, do Estadão, O Globo, Veja, Terra, G1, Exame ou UOL, entre outras fontes de informação online.
Os blogueiros são outro pilar do Huffington Post. E aqui, como já acontece com as edições de outros países, estamos construindo uma rede de colaboradores que inclui desde personalidades internacionalmente conhecidas até pessoas comuns que, com sua opinião, nos ajudam a fomentar relevantes debates sobre os mais variados temas.
Tudo isso sem contar a possibilidade de traduzirmos livremente notícias de todas as outras edições internacionais de The Huffington Post, sejam elas produzidas nos EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, Magrebe ou Japão. E por último, mas não menos importante, como fazemos parte do Grupo Abril, nossas parcerias editoriais permitem troca de conteúdo com sites e revistas da casa, como Placar, Claudia, Exame, Planeta Sustentável, Veja, Mde Mulher, Quatro Rodas, Superinteressante, Casa.com, Nova, Capricho, Info ou Contigo, só para citar algumas marcas.
Reunindo todos esses conteúdos, uma fantástica plataforma tecnológica e graças ao know-how que vem sendo desenvolvido desde 2005, quando The Huffington Post foi lançado nos EUA, tenho certeza de que nosso Brasil Post em breve ocupará um lugar de destaque no cotidiano dos brasileiros. Para isso, entretanto, sua opinião e participação são indispensáveis. E o espaço e a atenção que damos aos comentários de nossos leitores também não encontram paralelo na internet brasileira, com uma equipe 100% dedicada à moderação dos debates dos leitores em nossa plataforma.
Vamos conversar?
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Ricardo Anderáos é diretor editorial do Brasil Post