O jornal britânico The Guardian anunciou que Janine Gibson, até agora sua editora nos Estados Unidos, retornará ao Reino Unido para assumir a direção do site Guardian.com. O periódico disse ainda que fará outras mudanças na chefia este ano.
Janine, que dirigiu a sucursal americana do jornal britânico quando ele divulgou uma série de reportagens sobre os documentos de Edward Snowden revelando a espionagem eletrônica da NSA, também fará parte do quadro de editores executivos assistentes do jornal além de chefiar o site.
“Em sua nova função, Janine Gibson vai acelerar o próximo estágio da transformação digital do Guardian, afirmou a empresa num comunicado.
Indagada se, com a nova posição, ela imaginava um dia estar no comando do jornal todo, Janine afirmou que não pensa tão à frente e que faria “o trabalho que está diante de mim”.
Lugar garantido
Katharine Viner, editora do Guardian na Austrália, vai substituir Janine na direção da sucursal americana do jornal, mudando-se de Sydney para Nova York. E Stuart Millar, editor assistente do Guardian nos EUA, retornará a Londres como chefe de reportagem. Por sua vez, Emily Wilson, editor de redes do Guardian.com, assumirá o lugar de Katherine na Austrália.
Segundo Janine Gibson, as mudanças foram feitas porque o jornal está entrando num período de transição, visando a uma expansão global apoiada em publicidade. Segundo ela, a empresa está preparando uma segunda fase para a versão americana do jornal, ao mesmo tempo que procura aplicar na Inglaterra o que aprendeu com a experiência na sucursal dos EUA.
O Guardian, que perdeu US$ 51 milhões no ano fiscal que se encerrou em março de 2013, recentemente vendeu por US$ 1 bilhão sua participação no Trader Media Group – dono do lucrativo site de venda de carros Auto Trader.
Os jornalistas do diário inglês vêm observando com interesse a dança das cadeiras entre os editores – vários deles, talentosos e ambiciosos, circulando à volta do cargo de editor-chefe, inclusive Janine Gibson. O editor atual, Alan Rusbridger, está no cargo desde 1995 e, mesmo aos 60 anos, não mostra sinais de que deixará o controle do Guardian.