Novos anunciantes, como a agência de viagens virtual Decolar.com e o site de classificados OLX, passaram a figurar entre os 50 maiores anunciantes do Brasil no ano passado, com investimento entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões em compra de mídia. Eles ocupam, respectivamente, o 35º e o 37º lugar do ranking Agências & Anunciantes, divulgado hoje pelo Meio & Mensagem. Outro site de classificados on-line, o Bomnegócio.com, aparece na 52ª posição, acima da fabricante de brinquedos Mattel, da marca de cosméticos Nivea e do banco Santander. “Eles estão comprando um espaço importante na mídia, e a tendência é de crescimento e até entrada de outros nomes”, diz José Carlos de Salles Neto, presidente do grupo Meio & Mensagem.
A liderança do ranking de 2013 também mudou em relação ao ano anterior. A Unilever aumentou em 35% os gastos com compra de mídia, para R$ 1,5 bilhão, voltando a ser a maior anunciante do Brasil. A fabricante de bens de consumo desbancou a Casas Bahia, que diminuiu em 14% seu investimento em mídia, para R$ 1,3 bilhão. Os valores levam em conta os descontos médios concedidos pelos meios de comunicação aos clientes. A mudança já havia sido apontada em pesquisa do Ibope Media em fevereiro, que não considera os descontos.
Um fato curioso no ranking é a ascensão para o terceiro lugar da farmacêutica mexicana Genomma Lab, dona de marcas de produtos de beleza e higiene pessoal como Asepxia e Cicatricure, anunciados frequentemente na Rede Record. Também chama atenção no “top 10” a saída da fabricante de bens de consumo P&G, da operadora de TV por assinatura Sky e da cervejaria Petropólis, que caíram para a 20ª, 24ª e 15ª posição.
O mercado de agências de publicidade continuou liderado pela Y&R, que tem contas como Casas Bahia e Vivo. A novidade é que a Borghi Lowe passou da quinta para a segunda posição, após conquistar novos clientes, como Votorantim e Petrobras Distribuidora, e trazer de volta a Caixa Econômica Federal e a marca Omo, da Unilever. Outro destaque foi a Publicis, que subiu da 12ª posição para a 6ª.
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Adriana Meyge, do Valor Econômico