Tem me incomodado muito o fato de, no noticiário em geral, os senhores e senhoras de 60 anos ou mais serem repetidamente tratados por (“o idoso José da Silva, de 60 anos, foi atropelado…”, a “idosa Maria Joana, de 61 anos, estava…” Entendo a importância do uso do termo “idoso”, em detrimento do estigmatizado “velho”, mas o que se faz hoje é no mínimo deselegante com as senhoras e senhores que ao cair da boca de jornalistas são inseridos no bloco dos idosos e ponto final. Aposentar tratamentos respeitosos não favorece a “categoria” dos acima de 60! (Ana Palmira Silva, professora aposentada, Brasília, DF)
Desemprego em abril
O Estado de S.Paulo, edição on-line de quinta-feira (22/5/2014), publicou o seguinte: “Desemprego recua para 4,9% em abril, a menor taxa para o mês em 13 anos” (ver aqui). Já O Globo, edição impressa também de quinta (22), caderno Economia, em manchete de primeira página, estampou o que se segue: “Emprego tem pior abril em 15 anos”. Caro Dines, o que está acontecendo com O Globo? (Marcos Raposo, advogado, Rio de Janeiro, RJ)
Tendenciosidade
Costumo no final de semana ler dois jornais, o Correio Braziliense e o Estadão. No sábado, 24/05, no Correio Braziliense, o título da matéria é “Brasil não cumprirá duas metas do milênio”. No Estadão é “País cumpre 2 das 8 Metas do Milênio”. Que tal analisar essa tendenciosidade? (Daphne Rattner, médica e professora universitária, Brasília, DF)
Sobre a expressão “Terra Santa”
Repasso e-mail que enviei à ombudsman do jornal Folha de S.Paulo e que possivelmente poderá servir de reflexão a vocês.
Leio nesse prestigioso e respeitado jornal que tanto admiro, e em vários outros, sobre a visita do papa a Israel. Até aí, nada demais, não fosse o fato de quase todos os meios de comunicação se referirem àquele país como a “Terra Santa”. Embora eu seja cristão praticante, leitor assíduo da Bíblia e saber do profundo valor histórico das cidades que fazem parte de Israel – especialmente Jerusalém –, não concordo com a expressão “Terra Santa” por dois motivos: 1- Na época em que viveu Jesus, o Cristo (sim, Cristo é adjetivo e significa O Ungido), havia um debate sobre que local era santo e adequado para oferecer adoração a Deus. Jesus, confrontado com essa questão, afirma que o melhor “local” é o interior do ser humano, quebrando um paradigma que havia na época. “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” ( João 4:23-24 http://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/4). Portanto, mesmo para muitos cristãos não existe uma única “Terra Santa”, mas corações santos (mesmo sendo imperfeito) que tornam os lugares santos com a sua presença. Outros textos do Novo Testamento reforçam esse pensamento. 2- Outro motivo pelo qual discordo do termo “Terra Santa” é o aproveitamento mercadológico feito da referida expressão pela indústria do turismo, descaracterizando, assim, o profundo valor simbólico e espiritual do Cristianismo. A minha sugestão é de o jornal dizer o nome do país (no caso, Israel) e o nome das cidades pelas quais o papa está passando. Penso que isso seria o correto, pois ninguém irá discordar disso, inclusive os ateus (Alexandre Loureiro, servidor público, Salvador, BA)