É espantoso o artigo “Acorda, Jornalista!”, do jornalista Fernão Lara Mesquita na Folha de S.Paulo de quarta-feira (11/6), que critica a pouca ênfase dada pela imprensa ao decreto presidencial nº 8.243, que cria um Sistema Nacional de Participação Social. De acordo com o jornalista, a imprensa, sobretudo televisiva e radiofônica, não tem dado a atenção merecida ao que Fernão chama de “golpe”.
Segundo o jornalista, o governo do PT, em 2009, tentara incutir um projeto chamado “Terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos” (PNDH-3) e este novo decreto é um “excerto” do PNDH-3. O decreto se refere à criação de núcleos de “movimentos sociais” que irão ajudar a definir políticas públicas. Ora, os responsáveis por tais tarefas são os deputados e senadores democraticamente eleitos e, segundo o decreto, serão criados conselhos populares que serão regulados pelo executivo.
Mesquita atenta para o fato de que a imprensa tem dado enfoque ao golpe de 1964 e que não está dando atenção ao de 2014. O governo petista vem colocando dentro do judiciário juízes “amigos” para que sejam dadas as sentenças que se pretendem. Agora surge esta proposta de criação de “movimentos sociais” que, em tese, substituirão o Congresso nacional.
O artigo se encerra com o jornalista alertando que se a imprensa não sair desta letargia, esta será a próxima instituição nacional a ser desmontada.
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Marcus Antonio Lopes de Santana Junior é estudante de Jornalismo