A briga agora é entre PSDB e PSB. Os dois vão se esfarelar, não vai sobrar nada. Antever, jornalisticamente, esse fenômeno eleitoral, não seria denegrir o Método de Weber e nem a Lógica e a Ética, de Aristóteles. Aliás, por falar em Aristóteles, lembrem-se, principalmente os estudantes de Ciências Sociais, que foi ele quem descobriu que Jesus era pura alegria, que seus evangelhos não foram feitos para chorar, que perdoar não dói tanto assim, e que foi por isso que o monge-chefe daquele convento idealizado por Umberto Ecco e maravilhosamente filmado por Jean-Jacques Annaud mandou tocar fogo na biblioteca justamente na chegada do inquisidor/assassino católico.
O Nome da Rosaé um dos grandes filmes do século passado e pode ser fundamental para que os jornalistas de hoje entendam que é possível antever crises políticas desde que as análises sejam feitas por pessoas que têm na imparcialidade e na coerência a sua razão de escrever e de existir. Mas, mesmo com o Tonto e a Tonta jogando desse jeito, em terreno aberto, ninguém vê, ou todo mundo finge que não vê. Aí colocam os especialistas para raciocinarem merda pura e esquecem os repórteres de verdade, os únicos com capacidade de alcançar a Verdade de Aristóteles.
E por que, perguntarão os beócios? Responderei eu, de debaixo da minha santa ignorância, que ainda existem jornalistas sensíveis e desbocados o suficiente para enfiar um raciocínio limpo goela abaixo do leitor/ouvinte/telespectador, capaz de formar uma opinião pública decente e digna de um povo cada vez mais politizado, graças aos céus e a Lula, opinião que se transformará alegremente em votos democráticos que irão escolher governantes do Bem, que colocará os do Mal ou na cadeia ou na aposentadoria. E jamais deixará que o mercado, ou seja, os bancos, fixem as taxas de juros como em 2008 nos EUA, deflagrando uma crise que até hoje eles não souberam controlar, mas que aqui não entrou porque foi blindada pelo Partido dos Trabalhadores.
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Marcio Varella é jornalista