Friday, 08 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1313

Liberdade de expressão vs. liberdade de imprensa

Artista se expressa, jornalista comunica. Ao expressar-se, cada um de nós apresenta suas subjetividades e idiossincrasias. Cabe exercitar a alteridade e a tolerância em todos os momentos. Mas a imprensa, pelo que sei, se propõe a dizer a “verdade”. De modo incongruente, o jornalista diz poder preservar suas fontes, para que “não seque”, para a “sua proteção” etc. Essa premissa nunca me convenceu. Todo mundo tem o direito de checar a informação, e não engoli-la através de um veiculo de massa! É preciso mostrar as fontes. Como uma investigação sigilosa pode vazar? Vamos discutir melhor o termo “liberdade de imprensa” com uma emissora que detêm sozinha 80% da audiência? Na minha opinião, liberdade de expressão é para artista, não para jornalista. Não é a hora de uma agência regulatória no jornalismo de massa brasileiro? Grandes poderes pedem grandes responsabilidades (Marcus Góis, professor de teatro, Campo Grande, MS)

 

Pergunta para o programa

Como funciona o sistema de propaganda oficial para os meios de comunicação? Existe obrigação do governo de colocar propaganda das empresas estatais numa revista (Veja) que é sistematicamente contra o governo? (Smitson Oliveira, fotógrafo, Seabra, BA)

 

Obviedades

Permitam-me dizer algumas coisas óbvias. Minutos antes de um show, uma jornalista da Rede Globo (ao vivo) dizia: “O clima aqui é de expectativa.” Isso não muda nada para quem espera uma informação. Hoje (30/10), minutos atrás (8h20), disse um jornalista da Rádio CBN sobre um jogo de futebol entre Cruzeiro 1 x 0 Santos: “O técnico do Santos disse que acredita reverter o resultado no jogo da volta.” Outra informação que nada muda. Finalizando, quanta obviedade, não é? E vale lembrar que são muitas… Muitas… Todos os dias (Sérgio Milatias, publicitário, São Bernardo do Campo, SP)