Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Facebook dobra o lucro anual

O Facebook fechou as contas do exercício com um lucro de 2,94 bilhões de dólares (7,5 bilhões de reais), sendo 700 milhões só no quarto trimestre de 2014. É o dobro do que ganhou há um ano. Seus 1,39 bilhão de usuários geraram à maior plataforma social da Internet receitas de 12,47 bilhões ao ano, um incremento de 70% graças aos dispositivos móveis.

A empresa tem uma capitalização bursátil que se aproxima dos 215 bilhões de dólares, o dobro de quando começou a ser cotada em maio de 2012. Seus títulos valorizaram quase 40% no último ano e 320% se se toma como referência o mínimo registrado em agosto de 2012, quando havia dúvidas sobre seu potencial de crescimento.

A rede social demonstrou aos investidores, por meio de resultados, que é uma máquina de gerar dinheiro. No exercício de 2012, que coincidiu com a desastrosa estreia bursátil, o volume de negócios era de 5,09 bilhões e o lucro chegava a apenas 53 milhões. Essa curva de rendimento em dois anos da empresa se deve ao negócio gerado pelos dispositivos móveis.

O Facebook fechou o exercício com 1,19 bilhão de usuários ativos nesse segmento por mês. 70% das receitas com publicidade chegam por essa via. A margem de lucro, de 40%, caiu devido ao incremento dos custos operacionais. A grande questão é como vai continuar mantendo este ritmo.

Mark Zuckerberg, seu fundador e diretor executivo, já demonstrou no passado que pode ser muito agressivo na hora de investir, como fez nas compras do Instagram, WhatsApp e Oculus. O tempo dirá se essas aquisições darão retorno. A chegada do Facebook à China também poderia mudar a dinâmica, como se viu nos últimos resultados da Apple.

A Ásia é um dos pontos fracos do Facebook, como mostra a geração de receitas por região. O volume de negócios nos Estados Unidos e no Canadá subiu para 1,86 bilhão no trimestre, enquanto na Ásia é de 554 milhões. Um usuário norte-americano traz 8,26 dólares, frente a apenas 1,21 dólar dos asiáticos ou 3,22 na Europa.

******

Sandro Pozzi, do El País, em Nova York