O número de assinantes digitais do jornal “The New York Times” cresceu 20% em 2014, para 910 mil, e deve ultrapassar 1 milhão neste ano.
O faturamento com essas assinaturas teve aumento de 13,5% em relação a 2013, chegando a US$ 169,3 milhões.
O sistema de cobrança pelo conteúdo digital foi adotado em 2011 pelo “New York Times”. Chamado de “paywall poroso”, oferece ao leitor acesso gratuito a um número limitado de reportagens. Para usufruir de todo o conteúdo digital, é necessário pagar uma assinatura.
De forma geral, os bons resultados na área digital compensaram as reduções de circulação e publicidade da versão impressa do jornal.
O crescimento no faturamento digital ajudou a gerar aumento de 1,5% na receita com circulação, para US$ 836,8 milhões. O faturamento publicitário nos produtos na internet subiu 11,9% no ano, ante queda de 4,7% nos negócios da versão impressa.
A receita total da NYT Co. ficou estável em 2014, com aumento de apenas 0,7%.
Apesar disso, o lucro líquido caiu pela metade, para US$ 32,3 milhões, prejudicado por custos com demissões e pelo volume de investimentos em produtos digitais.
O jornal passou por um período de turbulência em 2014, com cerca de cem funcionários demitidos na Redação e a saída abrupta da editora-executiva Jill Abramson.
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Giuliana Vallone, da Folha de S.Paulo, em Nova York