Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

#aletradaspessoas

Tudo bem: o assunto pode ser repetitivo e sem-graça para muita gente. Mas, um fato que ninguém pode negar é que os chamados memes são verdadeiras febres virtuais e, dada a repercussão que ganham, fica praticamente impossível não encontrar menção a eles na mídia tradicional.

Se semanas atrás o tal vestido branco e dourado – ou azul e preto – tomou conta da internet e de outros veículos de comunicação, virando manchete nos jornais, revistas e programas de TV, há alguns dias, o que tem virado notícia é a hashtag “A letra das pessoas”. O movimento online consiste, basicamente, em incentivar os usuários da rede a escreverem pequenas mensagens à mão e publicar, uma vez que, por mais simples que seja, o hábito de escrever sem usar o computador virou, para muitos, coisa obsoleta.

Pois, em vez de, simplesmente, mencionar a adesão de boa parte dos internautas à causa, o Correio Braziliense encontrou uma forma bastante criativa de abordar o assunto. Na quinta-feira (5/3), o jornal publicou em seu site uma matéria toda manuscrita. O texto em letra cursiva foi assinado pela repórter Luiza Ikemoto e tem três parágrafos. Além de falar acerca da modinha do momento, a reportagem comenta a forma pela qual a escrita era vista nos tempos do colégio e algumas marcas que acusam a personalidade de quem está escrevendo. Resultado: logo após a publicação – e vários dias após – a notícia ficou entre as mais lidas da página. Uma ótima inspiração para a imprensa que deseja fugir do convencional e, de quebra, surpreender os leitores.

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Taís Brem é jornalista