A circulação dos jornais brasileiros se manteve estável em 2014, com o crescimento total de assinaturas e edições digitais compensando a queda na venda avulsa.
Segundo o IVC Brasil (Instituto Verificador de Comunicação), referência em auditoria multiplataforma de mídia, a circulação das edições digitais mais do que dobrou em 2014. Cresceu 118%, ao passar de 228.994 em 2013 para 500.370 em 2014.
As assinaturas cresceram 7,5% no período, ao avançar de 2.201.317 para 2.367.205.
Já as vendas avulsas recuaram 7,6% (de 2.192.117 para 2.025.364).
Com isso, a participação das edições digitais na circulação total dos jornais, que era de 5,2% em 2013, atingiu 11,4% no ano passado, com pico de 15,1% em dezembro.
Pedro Silva, presidente do IVC Brasil, diz que a disseminação do uso de smartphones e tablets se refletiu nos números do ano passado. “Cada vez mais o leitor acessa a informação onde quer que esteja. Isso faz com que as edições digitais cresçam”, diz. Para ele, a estabilidade na circulação dos diários é uma demonstração de que as diferentes plataformas das publicações “conversam entre si”.
O acesso via smartphone aos sites de notícias saltou de 10% em janeiro de 2014 para 23% em dezembro. Já o acesso via tablets teve alta menor, de 3% para 4% no período.
Em janeiro, segundo o IVC, a Folha era o jornal de maior circulação do Brasil, com média de 365.429 exemplares diários – crescimento de 9% sobre a circulação de janeiro de 2014. Também lidera em edições digitais, com média de 161.200 diárias.