A edição do Jornal Nacional do primeiro dia do ano mostrou o correspondente Alberto Gaspar simulando, de forma ridícula, estar em situação de alvo de um foguete Kassan do Hamas palestino em Israel. Gaspar – hilário aos olhos de quem sabe que os tais foguetes são artefatos caseiros capazes somente de lembrar aos israelenses que os palestinos ainda estão no campo de concentração de Gaza e que têm fome, sede e sofrem com todo o tipo de privações – tenta, com a matéria, passar aos espectadores mais desavisados a impressão de equilíbrio entre as forças de Israel e do Hamas, preocupação mantida em todas as veiculações ‘globais’ sobre o assunto.
Seria cômico, se a situação permitisse risos: a câmera instável, como se o cinegrafista procurasse se abrigar rapidamente, sirenes tocando, ruídos. E, para denunciar aos bons observadores a péssima qualidade da farsa, um cidadão aparece rapidamente em cena, caminhando tranquilamente na calçada e alheio ao ‘caos’ criado para enganar. Certamente, algum editor perguntou, preocupado, o que esse passante estaria fazendo na cena; e William Bonner deve ter respondido: ‘Não dá mais tempo de tirar, manda ver que o Homer Simpson não vai notar nada’. Notamos sim, senhor Bonner.
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Fica evidente a parcialidade da Rede Globo em favor dos israelenses, usando sua revista eletrônica semanal, o Fantástico, para fazer reportagens pró-Israel e colocar que os palestinos são terroristas e os israelenses são as vítimas que atacam porque o Hamas massacra os filhos de Israel – quando o numero de mortos mostra o contrário. (João Paulo Souza, funcionário público, Fortaleza, CE)
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Ao observarmos o massacre de Gaza com horror e assustados com a rápida e descontrolada espiral da crise, uma coisa é certa: essa violência só causará mais sofrimento entre os civis e uma escalada do conflito. É preciso encontrar outra solução. Até agora, mais de 370 pessoas já morreram e outras centenas foram feridas. Pela primeira vez, os mísseis estão atingindo a cidade de Ashdod, no interior de Israel, e ambos os lados do conflito estão se mobilizando para uma invasão. Começou uma reação mundial, mas será preciso mais do que palavras: não haverá o fim da violência imediata, nem a garantia de paz geral sem uma firme mobilização da comunidade internacional. Estamos lançando uma campanha emergencial que será entregue ao Conselho de Segurança da ONU e às principais potências mundiais, pedindo medidas para garantir o cessar-fogo imediato, atenção à escalada dessa crise humanitária e providências para que se possa chegar à paz real e duradoura na região. (Lu Dias, Belo Horizonte, MG)
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A turma do Jornal do Brasil deve estar arrependida por não ter publicado a edição do domingo (28/12). Enquanto a grande imprensa noticiava os primeiros ataques israelenses na Faixa de Gaza, o leitor do JB se deliciava com um ‘pão dormido’, um jornal feito na sexta-feira. O grande destaque era: ‘Tudo pronto para 2009’ e as pérolas de Hilde e Tolipan. Quando é que correria e compromissos de fim de ano impedem a edição de um jornal? Francamente, parece até desculpa de parlamentar gazeteiro. (Angela Miranda, professora, Brasília, DF)
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Gostaria tão-somente de externar meu profundo descontentamento com a recente reforma ortográfica nacional. Achei-a lamentável e um grande retrocesso lingüístico (linguístico) para o Brasil. Para começar, não compreendo o porquê de todos estarem intitulando estas mudanças ortográficas, impostas a nós brasileiros de forma ditatorial e antidemocrática, de ‘acordo’, visto que Portugal não alterou nada – absolutamente nada! – das suas regras gramaticais. Somos nós e os países africanos que estamos nos curvando às regras gramaticais de Portugal. Considero isto um acinte.
Outrossim, segundo filólogos, a ortografia seria tão mais perfeita quanto se para cada termo correspondesse um único significado. A nossa língüa (língua) escrita, em minha opinião, era lindíssima. O trema, que eu ainda não consigo parar de usar, era formidável. Indicava se deveríamos ou não pronunciar a letra ‘u’ nas respectivas palavras. O acento diferencial de verbos e preposições era inteligente também.
Contudo, sei da minha impotência diante de tais normas impostas e pouco discutidas. Por vezes penso se não houve algum interesse escuso de editoras internacionais. Penso que vivemos em um mundo cada vez mais globalizado e que deveríamos aprender a nos comunicar levando em conta as pequenas diferenças ortográficas locais. Creio que posteriormente, se mesmo dentro de nossas próprias fronteiras isto já ocorre, as formas lingüísticas (linguísticas) e ortográficas portuguêsas vão voltar a se separar. (Hermes Pessôa Tinoco, Niterói, RJ)
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O ano de 2008 foi marcado por uma série de idas e vindas do Ministério das Comunicações, pressionado, de um lado, pelas pessoas com deficiência exigindo o cumprimento da Portaria 310/06 – que entrou em vigor em julho último, obrigando as emissoras abertas de televisão a veicularem seus programas com legendas para as pessoas surdas e audiodescrição para as pessoas com deficiência visual e intelectual – e, de outro lado, o lobby das emissoras que procuram, ao máximo, postergar o cumprimento desta obrigação.
Em julho, a Portaria 403 suspendeu parcialmente os efeitos da Portaria 310 por 30 dias; em agosto, a Portaria 466 restabeleceu os efeitos da Portaria 310 e deu prazo de 90 dias para que as emissoras fizessem o que não fizeram em 2 anos; em outubro, a Portaria 661 suspendeu tudo novamente forçando entidades de defesa de direitos das pessoas com deficiência a ingressarem no STF com ação de Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF nº 160), com base na Convenção Sobre Direitos das Pessoas Com Deficiência da ONU que vigora no Brasil com status de equivalência constitucional.
Apesar de existirem aproximadamente 25 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, o poder econômico e o poder de manipulação de informações das redações dos jornais televisivos concluiu, obviamente, que esses fatos não mereciam divulgação. Feliz 2009, ministro Hélio Costa! (Paulo Romeu, analista de sistemas, São Paulo, SP)
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Os organizadores de eventos, especialmente na Avenida Paulista, em São Paulo, divulgam números exagerados de participação popular e os jornalistas os publicam sem questioná-los. Neste ano, destaque para a TV Globo e o Estado de S.Paulo, que noticiaram a presença de 2,4 milhões de pessoas no Réveillon da Paulista – 1/4 da população da cidade. Um pequeno cálculo aritmético poderia corrigir a informação. O trecho da festa tem a extensão de, no máximo, mil metros (entre a Rua Augusta e a Avenida Brigadeiro Luís Antonio), sendo de 50 metros a largura da via. Desta forma, a área do evento é de 50 mil metros quadrados. Se fosse possível colocar quatro pessoas por metro quadrado, a lotação desse espaço seria de 200 mil pessoas, na condição de que elas não se mexessem. Esse número já é expressivo, equivale a três estádios do Morumbi lotados, mas a imprensa noticia uma quantidade 12 vezes maior, para a qual a avenida deveria ter 12 km de comprimento, invadindo o município de São Caetano do Sul.
É possível que o critério empírico de avaliação também seja usado em outros eventos, levando os jornalistas a caírem na armadilha dos organizadores, para valorizar ainda mais essas festas. Elas são grandiosas e bem feitas, não precisariam desse apelo. (Milton Gattaz, engenheiro, São Paulo, SP)
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A revista americana Newsweek publicou uma lista com as 50 personalidades mais influentes do planeta. Nosso presidente Lula está na 18ª posição, e nossa suposta imprensa não divulgou nada. Por que será? (Joélio Borges Monteiro, office-boy, Santa Maria, DF)
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Fiscal municipal, Joinville, SC