Em tempos de Gripe A, Suína, H1n1, Influenza, enfim, dentre essas várias nomenclaturas, diversas são as preocupações que se disseminam pelo mundo. Porém, a maior contaminação entre as pessoas não é a doença por si só, mas sim, a falta de informação, a busca em saber mais sobre ela.
Um leve espirro virou motivo de surto, pânico, pavor, fora o constrangimento. O que pode ser uma rinite ou uma leve alergia já é o suficiente para que olhos e bocas se torçam. O mero ato de espirrar é motivo de desconfiança de que ali esteja mais um disseminador do contágio suíno.
Essa gripe vem fazendo mais estragos psicológicos do que males ao organismo. As pessoas estão deixando de desfrutar prazeres da vida, se preservando, o que é até compreensível como meio de precaução. Mas o pânico gerado por muitos chega ao ponto da neurose.
Muita dessa apreensão vem, em muito, em decorrência do foco da informação que é transmitida pela imprensa. A programação dos meios de comunicação carece de mais programas debatendo a doença. Mais reportagens com dados mais consistentes e que sirvam de base para que não se ocorram equívocos. Em contrapartida, os noticiários têm apresentado com mais ênfase mortes, suspeitas e locais onde a gripe se instalou. Além da vacina ainda ser uma interrogação na cabeça da sociedade.
O melhor antídoto
Por que não se transmitem exemplos positivos de pessoas que se recuperam da gripe suína? Será que o pavor é apenas uma forma de estimular a audiência? Por que o foco da notícia não é mais voltado para a saúde pública?
Enfim, existem muitos especialistas da área médica à disposição para abordar o assunto e, certamente, a população está sedenta em ouvir. É papel da imprensa ‘vacinar’ a população com boas doses de conteúdo.
Uma influenza positiva de informação é muito salutar para combater este mal. Com certeza, esse é o melhor antídoto para o desconhecimento.
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Jornalista, Porto Alegre, RS