Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

A imprensa e o meio ambiente

Votei ‘não’ na urna do OI porque entendo que a mídia pouco contribui com a criação de uma consciência pública em defesa do meio ambiente. Minha concepção é baseada no Estado de Santa Catarina, mas também sustentada na avaliação que faço da mídia nacional. A mídia prioriza a divulgação daquilo que é de interesse do sistema que a mantém, ou seja, do poder econômico e político. Como a preservação ambiental colide frontalmente com o desenvolvimento insustentável, aquele que gera muito lucro, a mídia faz de conta que age imparcialmente, mas a divulgação que prevalece é sempre carregada de um certo direcionamento ao desenvolvimento a qualquer custo. Vejam como o famigerado e inconstitucional Código Ambiental de Santa Catarina e a bancada ruralista do agronegócio para exportação estão avançando com a ‘guerra contra o verde’, tanto na imprensa escrita quanto na televisionada.

Para que a mídia contribua nesta árdua empreitada de conscientização ambiental é preciso, antes de tudo, que os corações e mentes dos responsáveis já tenham atingido um nível de sensibilidade para com a biodiversidade na qual eles vivem. Daí sim, acreditaremos que a mídia poderá fazer uma informação ecologicamente correta.

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Como pode um jornal estar à frente de campanhas de combate à prostituição infantil, com sólidos e irrefutáveis argumentos dos malefícios de tal ilícito, como O Globo, e, ao mesmo tempo, manter em suas páginas de classificados anúncios escabrosos incentivando a prostituição, com linguagem rasteira – de onde, aleatoriamente, extraí este: ‘…lindíssima 19 anos, manequim 38… só para senhores idôneos…’. Agora, pergunto: quem garante que no endereço indicado não serão encontradas menores de idade? Considero este e outros anúncios similares um estímulo a outras jovens, menores, ou não. (Sylvio Pélico Leitão Filho, jornalista, Rio de Janeiro, RJ)

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Trabalho na Rádio Globo Lages e acompanho diariamente os trabalhos realizados pelo OI. Gostaria de parabenizá-los pela qualidade do material que é colocado a disposição dos telespectadores, ouvintes ou leitores. Obrigado por mostrar a outra face da informação. (Rodrigo Silvério, radialista, Lages, SC)

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Leio e observo bastante os mais variados fatos e temas que a imprensa escrita, falada e televisiva levam ao ar e noto com muito detalhe que em muitos fatos e casos acaba existindo uma grande precipitação por parte de integrantes das mais variadas equipes jornalísticas. Após levarem um fato ao ar, acabam como que querendo julgar (prejulgando) uma possível maneira de como acabará tal fato ou caso. É neste ponto que gostaria de dizer que o que falta a estas equipes jornalísticas é o concurso de um perito que pudesse tecer comentários pertinentes a tal caso ou fato, perito este que obviamente procuraria obedecer eticamente os princípios da perícia, e que procuraria falar de maneira menos comprometedora em relação a esses integrantes de equipes de jornalismo que nem peritos são. (Marco Antonio Ribeiro, perito, São Paulo, SP)

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Ainda acredito que a imprensa escrita poderá fazer um bom trabalho junto à população mais carente e destituída de condições econômicas e que, dada a limitação educacional, não consegue traduzir textos feitos pelos jornalistas mais abalizados. Por essa razão, penso que é necessário que os profissionais da imprensa saibam escrever e divulgar matérias pertinentes aos mais carentes. Não dizem que o Lula sabe falar para os analfabetos? Está aí a oportunidade. Escrever para os analfabetos. Tenho certeza que o método de Paulo Freire pode – e muito – ajudar os profissionais da área. (Luiz Carlos Breviglieri, professor de inglês e português, Bebedouro, SP)

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Embora estimulado pela notícia de que os autos no STJ serão virtuais, deparei-me com barreira intransponível e totalmente contrária à maior transparência que tal sistema traria. O fato é que, ao que parece, só posso ter acesso aos autos como advogado ou instituição pública. Será que as instituições públicas têm novo privilégio? Isso está onde? Na Constituição? Também as partes não poderão ter acesso direto? Dependem de seu advogado, não têm como fiscalizar a sua atuação?

Há também a questão da publicidade em âmbito geral. Neste ponto, será que eu, cidadão brasileiro, não poderei mais consultar atos públicos? Se o sistema de publicidade mudou, quais normas amparam tal mudança? Como solução, cada cidadão deveria ter, ou poderia optar por ter, uma certificação digital vinculada a seu título de eleitor. Assim garantida estaria a publicidade no Poder Judiciário sem possíveis exageros. (Alexandre Liduário, servidor público, Contagem, MG)

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A pergunta de Bill Clinton – ‘porque seu país com tantas potencialidades não decola?’ –, que ficou sem resposta, ilustra a falta de visão sobre desenvolvimento, ausência de percepção de nação, a mesma do ‘jornalista’ citado abaixo, o que não ocorre na Índia, na China e em nenhum lugar do mundo. Como exemplo, a nação mais poderosa disse ‘vamos nos recuperar e depois pensar no conceito de livre mercado’.

No último Roda Viva ouvimos um pobre jornalista de ‘inocente’ senso crítico dizer:

– Porque fabricar um equipamento no Brasil se podemos comprá-lo fora mais barato.

Isto equivale a dizer por que gerar mais impostos? Por que gerar mais empregos? Por que recuperar a indústria naval sepultada pela incompetência dos asseclas de José Serra, especialistas em afundar plataformas e promover a ruína de estações do metrô. Por que recuperar a engenharia nacional que ‘virou suco’ pelas mãos de FHC.

Espero que a população, para sua própria saúde intrínseca e financeira, promova nas urnas a extinção de Álvaro Dias, José Serra e outros empreendedores da miséria. (Edson Luiz Carrilho, engenheiro mecânico, Macaé, RJ)

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Dei uma olhada no blogue do Reinaldo Azevedo hoje, 12 de junho. Incrível, não sei como um jornal conservador, com um público sofisticado, permite tamanhas idiotices e ataques gratuitos. Não tem um pingo humor, não é bem escrito, só um ajuntamento de sandices, verborréias sem sentido, maldades sem nenhuma graça. Odeia os pobres, os trabalhadores, os educadores e quem não está a serviço do dinheiro. A quem serve Reinaldo Azeredo? Aos patrões da Globo (com o número de leitores despencando?) a turma do Fernando Henrique (não consigo imaginar nosso príncipe conseguindo ir além da primeira frase do Reinaldo)? Ao Brasil ele não serve. (Remindo Sauim, aposentado, Canoas, RS)

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Ambientalista e conselheiro do Conama, Araranguá, SC