Informação é necessária, mas não suficiente para garantir o processo de conhecimento [‘Ensaio de orquestra’, de Nilson Lage]. Estamos vivendo a sociedade da informação, mas não adentramos ainda a do conhecimento. Precisamos muito mais em organização, reflexão, proposição, criação, originalidade. A informação pode ser replicada infinitamente. Pode ser arma de formação de opinião, de convencimento ou de manobra de massa, mas não garante o exercício de um sujeito de direito. E aí entra a questão da educação.
Araci Hack Catapan, professora-doutora da UFSC
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OLHA A LÍNGUA!
O assassinato do plural
Parabéns pelo fantástico Observatório da Imprensa, que recebo sempre via e-mail. Parabéns também pelas denúncias contra a revista Caros Amigos e seus lamentáveis artigos anti-semitas, travestidos de esquerda ‘politicamente correta’.
Gostaria de propor um estudo sobre um assunto mais ameno, aproveitando o artigo publicado sobre a língua espanhola. Existe um fenômeno paulista (ou será paulistano) que é o ‘assassinato do plural’. Aquela famosa piada ‘um chops e dois pastel’ revela na verdade um problema que infelizmente não está restrito às piadas, mas pode ser encontrado em toda parte, inclusive vindo de pessoas que deveriam cuidar da língua portuguesa. Os cariocas, com seu ‘s’ chiado (doish pastéish) pelo menos preservam o plural, e os gaúchos talvez sejam os únicos em todo o Brasil que ainda cultivam (com correção) a segunda pessoa do singular.
Enquanto isso, nós, os paulistas, estamos assassinado o plural… Coitada da língua portuguesa…
É bem verdade que o inglês, língua ‘universal’, já aboliu o plural e a segunda pessoa do singular há muito tempo…
FREI CANECA
Que se explique
Venho apoiar as considerações do professor Marco Morel, cujo trabalho acadêmico é de longa data uma referência para os pesquisadores do tema. Sugiro, portanto, que este espaço peça à deputada que se explique e corrija essa situação o mais rapidamente possível.
Nota do OI: Prezada leitora, enviamos e-mail à deputada tão logo recebemos a denúncia. Não obtivemos resposta.
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