A mais nova praga do ‘mercado’ é o release-imagem. A assessoria de imprensa moderninha acha que precisa inovar, e aqueles releases claros e diretos, nossa!, eram uma pobreza, coisa do passado. Então, ela faz um baita nariz de cera teórico sobre o evento a ser divulgado, um baita quadro da programação, enfia tudo numa imagem, tranca e pronto: envia aos veículos de comunicação.
Imagem, como todos sabem, é um arquivo que só se edita em programas de… edição de imagem. Não dá para copiar e colar, é imexível. Até editoras de livros aderiram a tal maluquice: a ficha técnica vem congelada na imagem.
Alguns dirão, ah, mas release não é para se copiar e colar, e sim para receber a informação, pegar o telefone, marcar 20 entrevistas e publicar todos os dias em alto de página e manchete de seis colunas, certo? Só que não é assim que banda toca. Há veículos que se interessam em publicar as pequenas e honestas informações de pequenos e honestos releases que anunciem eventos ou livros, como o Observatório faz na seção Mural. Porque há leitores que se interessam por notas curtas sobre eventos e livros (de preferência com antecedência… as assessorias moderninhas não mais se preocupam em anunciar eventos com antecedência).
Mas, não. Quem quiser divulgar tais informações que digite palavra por palavra da programação do evento, da ficha técnica do livro.
Muita gente vai deixar de querer divulgar. Que os clientes dessas tais assessorias abram o olho.