Verdade ou invenção? A história da narrativa futebolística segue as mesmas regras e metas das demais narrativas: a busca da veracidade. Quem não pode assistir a uma partida, quer um testemunho isento. Isto é, igual ao seu.
Nos primeiros tempos do “nobre esporte bretão”, quando os únicos relatos eram impressos, conhecer a verdade exigia a compra de dois diferentes jornais a fim de comparar suas versões.
Quando o rádio entrou em campo, surgiu a necessidade de dramatizar cada minuto e, ao mesmo tempo, verificar se a dramatização não alterava o teor do que acontecera.
A televisão acrescentou outra dimensão: a visual. Então o espectador passou a exigir uma explicação sobre o que assistia. Além dos narradores, vieram os comentaristas e, para evitar estabelecer o contraditório, contrataram-se debatedores. Os árbitros e suas decisões também passaram a ser examinados em detalhe. A introdução do radinho transistor permitiu ver o jogo em duas dimensões – a do espectador e a do locutor.
As novas tecnologias trouxeram ao relato informações complementares, extra-gramado. Mas, qualquer que seja a plataforma utilizada, nossa memória futebolística associa-se à presença de um narrador. O Observatório da Imprensa apresenta agora uma galeria dos imortais.
A homenagem aos grandes locutores e comentaristas que fizeram a história do jornalismo esportivo conta com a valiosa participação dos apresentadores esportivos Vanessa Riche e Marcelo Barreto, do Sportv; e José Ilan, da Fox Sports.