Jornalistas palestinos protestaram contra a morte de Khalil Zaban, em Ramallah, na última quarta-feira. Zaban, que tinha 59 anos, era um importante jornalista e destacava-se também como ativista dos direitos humanos. Ele foi assassinado a tiros em frente a seu escritório, na cidade de Gaza, na manhã de terça-feira.
De acordo com Khaled Abu Toameh [The Jerusalem Post, 3/3/04], os jornalistas marcharam do centro de Ramallah até os escritórios do Conselho Legislativo Palestino. Lá, foram recebidos por Rafik Natsheh, porta-voz do CLP, que os acompanhou até o escritório do primeiro-ministro, Ahmed Qurei.
Natsheh condenou o assassinato de Zaban e o crescente número de ataques sofridos por jornalistas e redações de jornais na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Segundo ele, o CLP irá organizar uma sessão especial em breve para discutir os ataques e o estado de caos que se formou nestas áreas.
Durante o protesto, diversos jornalistas palestinos mostraram-se preocupados com o assassinato de Zaban, e disseram ter receio de expressar suas opiniões livremente. Bassem Abu Sumayah, um oficial sênior da Palestinian Broadcasting Corporation, afirmou que alguns de seus colegas decidiram largar o jornalismo e procurar outro tipo de emprego. ‘Muitos jornalistas estão com medo das balas’, disse ele, que admitiu também se sentir intimidado e hoje toma mais cuidado com o que escreve.