O Fox News Channel anunciou novidades para a cobertura das eleições presidenciais americanas: duas unidades móveis capazes de transmitir imagens ao vivo, via satélite, enquanto se movimentam. Os veículos acabaram sendo testados em 30/11, mais cedo que o esperado. Neste dia, um homem invadiu o escritório da campanha da pré-candidata Hillary Clinton em Rochester, no estado de New Hampshire, alegando carregar uma bomba no corpo e mantendo os funcionários reféns.
O seqüestro no escritório de Hillary pareceu para o Fox News uma boa oportunidade para experimentar as vans, batizadas de ‘Election Links’ (Links para Eleições, tradução livre). Carl Cameron, repórter de política do canal de notícias, partiu com a unidade para o local do seqüestro, fornecendo ao telespectador imagens vistas de dentro do carro pelas ruas de Rochester. ‘Este é exatamente o motivo das vans estarem em New Hampshire e Iowa: o aspecto político e os eventos imprevisíveis que podem ocorrer quando uma campanha presidencial está em jogo’, disse ele, ao vivo. As primeiras eleições primárias para escolher os candidatos dos partidos democrata e republicano para a Casa Branca ocorrem em janeiro, em Iowa e New Hampshire.
As vans têm três câmeras: uma no teto, outra no painel e uma que não é fixa, podendo transmitir de diversas posições. ‘Estamos usando estes veículos para cobrir a campanha política, mas acho que eles poderão ser usados posteriormente para outros eventos’, opina Brian Wilson, chefe de redação do Fox News em Washington. ‘O grande objetivo é levar a audiência conosco enquanto cobrimos as notícias. A maioria dos caminhões com cobertura via satélite tem de estar parado para transmitir as imagens ao vivo.’
Falhas e responsabilidade
A mobilidade levantou questões sobre a responsabilidade em casos como este em Rochester, onde o seqüestrador pode ligar a TV e ver que há uma equipe se aproximando. Wilson acredita que esta é uma reflexão que há muito vêm sendo feita com relação ao jornalismo televisivo. ‘Nós estamos pensando em como usar a tecnologia de maneira responsável’, diz. Informações de Maria Aspan [The New York Times, 10/12/07].