O novo chefe de redação do Wall Street Journal, Robert Thomson, anunciou, na semana passada, uma reestruturação dos cargos de chefia do diário. As mudanças ocorrem um mês depois da indicação de Thomson ao mais alto posto da redação. Ele entrou no lugar de Marcus Brauchli, que havia assumido a posição no ano passado, meses antes da compra da Dow Jones, dona do jornal, pela News Corporation, do magnata Rupert Murdoch.
Em uma mensagem à equipe, Thomson informou que três editores assumiriam funções mais amplas em uma operação para monitorar a cobertura do diário tanto na edição impressa quanto na online. Isto dará, segundo ele, mais autonomia a repórteres e chefes de sucursais. Três executivos irão se tornar subchefes de redação: Matt Murray, para notícias nacionais; Nikhil Deogun, para as internacionais; e o editor da primeira página, Michael Williams, que agora também supervisionará as reportagens investigativas. No mesmo comunicado, Thomson informou que a subeditora Laurie Hays deixará o diário, após 23 anos na companhia.
Hierarquia
Com a nova hierarquia, os chefes de sucursais passarão a responder aos três novos subchefes de redação, que, por sua vez, responderão a Thomson. A operação irá facilitar a cooperação entre os repórteres da edição impressa e online, acredita o chefe de redação. Anteriormente, os chefes de sucursais se reportavam a Bill Grueskin, subeditor de notícias que deixou o cargo para ser reitor de Assuntos Acadêmicos da Escola de Jornalismo da Universidade de Colúmbia.
Thomson tornou-se publisher do WSJ em dezembro, após a compra do diário pela News Corporation. Antes, ele era editor do londrino Times, jornal de propriedade da companhia de Murdoch desde 2002. Em maio, Thomson também foi nomeado editor-chefe da Dow Jones. Com informações de Seth Sutel [AP, 19/6/08].