Saturday, 02 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1312

‘Coletivo jornalismo sem machismo’ protesta contra colunista de Santa Catarina

O Coletivo Jornalismo sem Machismo (CJSM) — grupo criado pelas estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina — iniciou na semana passada uma campanha em combate ao machismo na coluna de Cacau Menezes e na mídia do estado. O jornalista Cláudio Menezes se apresenta como “a cara, o jeito e o sotaque de Floripa” em sua coluna no portal NSC — conglomerado de mídia que inclui emissoras de televisão afiliadas da TV Globo e rádio, além de jornais e portais de notícias. Através das redes sociais, as jornalistas criticaram a veiculação das opiniões do colunista, em lugares de destaque como o Jornal do Almoço — exibido na TV — e o Diário Catarinense.

Em carta aberta, enviada ao portal deste Observatório da Imprensa, as integrantes do CJSM relatam que Cacau Menezes “exibiu um vídeo no qual uma mulher apresenta diversos dados, sem nenhuma fonte, na tentativa de desqualificar o movimento feminista, referindo-se a esse como “mimimi”. Também foram citados outros episódios, tais como a sexualização de uma policial militar em 2015, a afirmação de que as mulheres do estado são “produto de exportação”, a culpabilização da vítima em um caso de pornografia de vingança. No Portal Catarinas, jornalismo com perspectiva de gêneros, a colunista Carla Ayres detalha os comentários feitos por Cacau Menezes que motivaram a ação do coletivo.

Cacau respondeu as críticas através de uma publicação em sua coluna no portal da NSCTV, onde afirmou que “a nota é um atentado à nossa profissão: contém manifestação explicita de censura, ódio e preconceito, fugindo do debate quando “exigem” que até mesmo quem reproduz opiniões de terceiros sobre assuntos que eles não concordam, que foi o meu caso, seja demitido do emprego, ignorando a importância da polêmica e do contraditório.”.