Mais de 130 jornalistas estavam presos até o fim do ano passado por causa de seu trabalho. Só na China, eram 39. Segundo o Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ), a China é o país que mais aprisiona jornalistas. Esta é a quinta vez consecutiva que o país encabeça a lista. Em todo o mundo, havia no total 136 jornalistas na cadeia – o mesmo número do ano anterior.
De acordo com o relatório apresentado pelo CPJ na última semana, em Washington, Cuba ficou em segundo lugar, com 29 jornalistas presos desde março do ano passado. Também em uma das primeiras posições ficou o país africano Eritréia, com 17 jornalistas encarcerados.
Em janeiro, o Comitê também divulgou o número de jornalistas mortos durante o trabalho em 2003: foram 36, contra 19 no ano anterior. Muitos dos jornalistas desta lista – 13, no total – estavam cobrindo a guerra ao Iraque, e morreram durante os combates. Além dos riscos que os jornalistas sofrem em zonas de guerra, o Comitê também levantou outra preocupação: governos repressivos estão, cada vez mais, acabando com a liberdade de imprensa, principalmente quando se trata da cobertura de assuntos ligados a grupos terroristas.
Ann Cooper, diretora-executiva do CPJ, citou um caso em que três jornalistas foram presos no Marrocos por causa de um artigo que escreveram sobre a história do movimento islâmico e seus supostos laços com serviços de inteligência do país. Os três foram detidos com base na nova lei antiterrorismo do Marrocos. Informações de Jennifer C. Kerr [AP, 11/3/04].