Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Com sete anos, caso Gongadze segue impune

Organizações de defesa da liberdade da imprensa criticaram as autoridades ucranianas pela falta de progresso na investigação do assassinato do jornalista Georgiy Gongadze, há sete anos. Ele foi seqüestrado e seu corpo foi encontrado em uma floresta nos arredores de Kiev, em 2000. O jornalista foi agredido, estrangulado e teve seu corpo queimado. Sua cabeça até hoje não foi achada.


Três ex-policiais foram a julgamento suspeitos de envolvimento no assassinato. ‘A grande questão hoje é: houve uma campanha planejada para obstrução policial? Acreditamos que sim’, opina Jim Boumelha, presidente da Federação Internacional de Jornalistas.


A morte do jornalista despertou meses de protesto, depois que Mykola Melnychenko, ex-guarda-costas do então presidente Leonid Kuchma, divulgou gravações nas quais vozes que pareciam a de Kuchma e de seus aliados conspiravam contra Gongadze. O ex-guarda-costas foi para os EUA em 2000, onde ganhou asilo político, mas retornou à Ucrânia para testemunhar. O jornalista havia escrito matérias denunciando corrupção no governo de Kuchma.


Promessa não cumprida


Após assumir o governo, no fim de 2004, o presidente Viktor Yushchenko prometeu que a resolução do caso seria prioridade, mas até hoje ninguém foi condenado. Yushchenko foi criticado por organizações de defesa da liberdade de expressão por ter condecorado o ex-procurador-geral russo Mykhailo Potebenko com a medalha estadual. Gongadze apelou para Potebenko pouco antes de morrer, quando percebeu que estava sendo seguido, mas o procurador ignorou seu pedido de ajuda. Informações da AP [12/9/07].