A sra. Hillary Clinton, esposa traída do ex-presidente Bill Clinton, endereçou (3/09) à população de Brasília saudações pelo 7 de setembro.
A mensagem em vídeo, produzida em inglês com o objetivo de ser deglutida pela mídia brasileira e disponível no site do Departamento de Estado dos EUA, encerra-se com a reafirmação da política de agressão promovida pela administração Democrata: ‘Não apenas neste ano mas nos anos seguintes, trabalharemos juntos por um mundo mais seguro, pacífico e próspero‘ (grifo meu).
A tríade de Clinton torna-se mais clara a partir do relato (il. col.) de Chip Mitchell, jornalista da WBEZ. Segundo Mitchell, ex-correspondente na Colômbia, as peças se distribuem da seguinte maneira. A Britsh Petroleum e a Occicidental Petroleum desejam capturar os recursos naturais localizados sob uma selva sul-americana. Porém, em meio às árvores vivem povos primitivos e hostis, capazes de interferir violentamente, tornando o trabalho pouco seguro. Para que o ambiente se torne pacífico, as empresas posicionam, estrategicamente ao lado dos campos de petróleo, o exército dos Estados Unidos e, com isso, tudo se torna mais próspero. Os jornalistas colombianos autocensuram-se publicando colunas sociais sob o justificado medo de perderem a cabeça.
Mas nos bons ventos que sopram ultimamente, uma boa notícia. Nesta semana, ao anunciar mais uma tentativa teatral, pomposamente encenada pelo sr. Barack Obama, de dirimir a nauseante guerra étnica entre judeus e muçulmanos, o âncora William Wack, no Jornal da Globo, disse ‘Segundo o ponto de vista dos americanos […]’. Isto significa que os americanos têm um ponto de vista, que não necessariamente é o divino e que esse ponto de vista não-necessariamente é o dos não-americanos. Quem sabe esta foi a iniciativa pragmática que culminará na inclusão dos países dos mares do Sul na semântica da palavra ‘internacional’? Quem sabe?
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Filósofo, linguista, professor, programador e malabarista free lancer, Florianópolis, SC