Com o pretexto de evitar novo caos aéreo o governo lançou a Operação Feliz 2009 nos aeroportos mais críticos (Galeão, Guarulhos e Congonhas). As empresas não poderão fazer overbooking, serão obrigadas a endossar passagens das concorrentes e deixar aviões e tripulantes de reserva nos pontos mais problemáticos. A Infraero e a Anac (já indiciadas como co-responsáveis na catástrofe do Airbus da TAM) deverão reforçar o quadro de funcionários para atender à demanda.
E a mídia, que providências tomou para denunciar os abusos e a onda de mentiras que começaram antes mesmo de iniciado o período crítico? Vai repetir a façanha das crises anteriores e estacionar as equipes de TV nos check-in enquanto as salas de embarque são tomadas pela indignação e o desespero? Continuarão os jornalistas de olhos fechados diante do cancelamento de vôos para permitir a rentabilização das operações? Os editores seguirão confiando nas informações manipuladas conjuntamente pelas empresas aéreas e órgãos oficiais?
E a controversa compra da Varig pela Gol, já está legitimada e consumada? Então, por que razão em certos vôos da Varig as comissárias vestem o uniforme da companhia, mas os pilotos usam as gravatas e crachás da Gol? Esta não é uma forma vergonhosa de ludibriar o público? Por que esconder as evidências de uma operação comercial tão confusa e suspeita? Se a passagem da Varig é sempre mais cara do que a equivalente na Gol, é justo que os balcões de check-in sejam comuns?
Jornalistas viajam muito, é uma lastima que esqueçam seus compromissos profissionais no momento em que pisam no aeroporto.