O julgamento dos acusados de matar três funcionários de uma editora cristã na Turquia, em abril, foi adiado para janeiro de 2008, informa a Reuters [23/11/07]. Segundo o tribunal, o prazo foi ampliado porque os cinco acusados e seus advogados precisavam de mais tempo para preparar a defesa. A próxima audiência foi marcada para 14/1.
Os promotores pedem prisão perpétua para os suspeitos, que foram levados ao tribunal na semana passada sob forte esquema de segurança. ‘Eu acredito na justiça e no sistema secular deste país. Quero acreditar que a justiça vai ser feita’, afirmou Suzanne Geske, viúva de uma das vítimas. Segundo a mídia turca, os agressores, com cerca de 20 anos de idade, foram motivados por uma ideologia ultranacionalista que enxerga missionários cristãos como agentes a serviço de forças estrangeiras que trabalham para minar as instituições religiosas e políticas do país. A maioria da população turca é muçulmana.
Intolerância
Os três cristãos, um alemão e dois turcos, tiveram os pés e mãos amarrados e a garganta cortada. A editora, que fica na cidade de Malatya, publica Bíblias. Na ocasião, uma das vítimas chegou a ser encontrada com vida, mas morreu no hospital. Segundo um gerente da empresa, os funcionários já haviam recebido ameaças. Diversos ataques contra minorias religiosas foram computados na Turquia nos últimos anos. A minoria cristã representa menos de 1% da população de 70 milhões de turcos.