Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Cristina Padiglione

‘Quando se fala em homens jovens, mais precisamente na faixa de 18 a 24 anos, dentro da classe AB e na faixa das 19 horas à 1h da manhã, a preferência em TV paga atende por ESPN Brasil. O canal foi líder em audiência nesse universo no mês de março, o que justifica todos os esforços voltados para a cobertura ao vivo dos jogos do X Games, a chamada olimpíada de esportes radicais, que ocorre na Praia do Leme, no Rio de Janeiro, neste fim de semana.

O termômetro vale para os seis mercados aferidos prelo Ibope Telreport – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Curitiba. O ESPN Brasil anuncia ainda que obteve o maior crescimento no primeiro trimestre deste ano, em relação aos outros canais pagos, considerando este mesmo target.

Para a direção do canal, na voz de José Trajano, a subida do 5.º lugar, em janeiro, para o 1.º, em março, é reflexo das mudanças promovidas pela emissora no início do ano: os programas estão mais ágeis, com uma hora de duração, no máximo, e os intervalos, mais informativos.

Entre os maiores destaques da programação está o Linha de Passe, segunda, às 21 horas, e o noticiário Sportcenter, exibido aos sábados e domingos, às 20 horas.’



FAMÍLIA MTV
Adriana Del Ré

‘Supla endossa fama de bom moço’, copyright O Estado de S. Paulo, 5/05/04

‘Depois de virar tema de desenho animado no programa Casseta & Planeta, Os Suplicympsons, a família Suplicy é mais uma vez o foco das atenções na telinha. E novamente, não por sua atuação política. O estilo de ser e viver da clã é mote para seis episódios do programa Família MTV, que estreou ontem no canal musical. Tudo bem, dona Marta Suplicy não quer expor muito sua figura no programa, por conta sobretudo de sua função como prefeita, assim como o senador Eduardo Suplicy, que vai procurar se preservar. Mas o mini-seriado tem o filhão carismático Supla, que já segura todas as pontas.

No episódio de estréia, Supla reforça a fama de bom moço, bom filho, bom neto, bom coração, escondido atrás dos cabelos espetados e da pose de punk.

Tudo começa com um vídeo caseiro da família, em que o moçoilo aparece no frescor dos 14 anos, na bateria de uma banda juvenil fazendo cover dos Beatles. A cena corta para os dias de hoje: Supla se preparando para uma apresentação no (quem diria!) Gallery, casa que teve seu auge nos anos 80.

Aderindo a um estilo mais almofadinha na ocasião, tocou ao lado do irmão mais novo, o também músico João Suplicy. ‘Toco em qualquer lugar.’

As câmeras da MTV registraram outras curiosidades em um dia e pouco na vida de Supla: a convivência com os amigos, seu relacionamento com a ‘mais que amiga’ Camila, o ensaio com a banda na garagem e um almoço familiar na casa da vó Filomena. O encontro com a avó, de 95 anos, aliás, rendeu um dos momentos mais descontraídos do episódio. Curiosa em saber a procedência daquela câmera que o acompanha, ele respondeu: ‘Da MTV’. E emendou: ‘É um programa que suga sua alma.’ D. Filomena divertiu-se.

Marta Suplicy ainda não deu o ar da graça no primeiro capítulo, mas deve fazer uma aparição por esses dias. O senador Suplicy apareceu, meio desconfortável diante da presença das câmeras. Com duração de meia hora diária, Família MTV (versão tupiniquim do bem-sucedido The Osborne, que acompanha o cotidiano nada convencional do roqueiro Ozzy Osborne e companhia) diverte na mesma proporção que instiga a porção voyeur do espectador. A mesma porção que faz de Big Brother e outros reality shows fórmulas bem-sucedidas e, por enquanto, inesgotáveis.’



TVA
O Estado de S. Paulo

‘TVA anuncia televisão digital por cabo’, copyright O Estado de S. Paulo, 4/05/04

‘A TVA planeja lançar, em agosto, seu pacote de serviços digitais. A empresa anunciou ontem, durante evento em Nova Orleans, um acordo com as empresas Nagravision, Harmonic e Livewire, que irão fornecer o sistema. ‘Os preços dos pacotes digitais serão parecidos com os atuais’, afirmou a diretora-superintendente da TVA, Leila Loria. A idéia é aumentar a receita por cliente de 10% a 20%, com novos serviços.

Entre os recursos que a empresa planeja oferecer estão o vídeo sob demanda, em que o cliente escolhe o programa que quer ver, em qualquer horário, o Digital Video Recorder, um videocassete sem fita, que grava a programação em disco rígido sem que o espectador tenha de saber o horário de cada programa.

A Sky, empresa de TV paga via satélite, já tem um sistema semelhante, chamado Personal Video Recorder. Haverá, pelo menos, uma vantagem sobre o sistema da Sky: o recurso que permite gravar os programas sem comerciais.

‘Seremos a primeira empresa de cabo com serviços digitais’, disse Loria. Os clientes do sistema atual não serão obrigados a migrar. A empresa espera chegar ao fim do ano com 20 mil assinantes digitais, em São Paulo. A Net anuncia hoje, também nos Estados Unidos, seu plano de digitalização.’



JORNALISMO SOCIAL
Eduardo Ribeiro

‘Experiência editorial mostrada em Bangkok’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 5/05/04

‘Antiga batalhadora das causas profissionais e sociais, Roseli Tardelli abraçou já há muito tempo a causa da Aids, militância que a levou a fundar, dez meses atrás, a Agência de Notícias da Aids. Pois bem, mesmo com esse pequeno tempo de vida, a experiência da Agência foi selecionada, entre mais de 10 mil trabalhos inscritos, para ser apresentada na XV Conferência Internacional de Aids, que será realizada de 11 a 16 de julho deste ano, em Bangkok, na Tailândia. Um feito, sobretudo em se tratando de iniciativa tão jovem, e o reconhecimento a um trabalho profissional sério e de grande qualidade. Dois outros fatos mostram o valor dessa experiência editorial, criada tanto para ajudar a massificar o tema por todo o País, particularmente nos meios de comunicação, quanto para orientar os jornalistas na formatação de reportagens sobre a doença e suas conseqüências: em dezembro último, a Agência já havia sido homenageada com o Prêmio Brenda Lee, na categoria imprensa, concedido por profissionais da área de saúde e também por jornalistas especializados e representantes da sociedade civil; e viu a audiência do site, subir de 4 mil para 10 mil acessos diários – apenas no debate ‘20 anos da Aids no mundo – Conquistas e Desafios’, transmitido ao vivo pela Internet, o site da Agência obteve cerca de 100 mil acessos.

Essa iniciativa, além do poderoso ingrediente social que traz consigo, mostra como o jornalismo pode encontrar caminhos e nichos alternativos para cumprir com eficácia e criatividade seu papel social, com direito a sobrevivência, pois não se consegue imaginar empreendimento desse porte sem recursos que o sustente.

No caso da Conferência de Bangkok, a Agência será apresentada pela própria Roseli Tardelli, numa palestra com duas horas de duração, programada para o dia 15 de julho.

O evento está sendo organizado pela Sociedade Internacional de AIDS (IAS) e pelo Ministério de Saúde Pública da Tailândia, com apoio da UNAIDS, organismo da ONU para o tema AIDS, que reúne oito órgãos das Nações Unidas, e quatro redes internacionais de suporte às pessoas que vivem com HIV/AIDS.

As principais metas da Conferência são unir médicos, cientistas e ONGs na luta por anti-retrovirais a todas as pessoas que vivem com HIV/AIDS, discutir os avanços científicos da doença, trocar experiências nas áreas de prevenção, entre outros temas.

Na organização do evento participam especialistas da área médica e ativistas da luta contra a doença de diversos países. O Brasil tem três representantes no comitê de organização do evento, os especialistas Mauro Schechter, Francisco Bastos e Sandra Batista.

A escolha da Tailândia para ser a sede da Conferência está relacionada ao forte empenho do país na luta contra a epidemia. Nos últimos dez anos o país diminuiu em 80% a propagação do vírus. Tal sucesso se deve à maneira aberta com que o Ministério de saúde pública enfrentou a doença. Atualmente, o país tem 1 milhão de pessoas vivendo com HIV/AIDS, em uma população de 63 milhões. Desde o início da epidemia já morreram 400 mil pessoas.

Também o Brasil tem dado demonstrações de competência e determinação no combate à doença. Inédita no mundo, a experiência da Agência Brasileira da Aids é exemplo da seriedade com que a sociedade brasileira trata o assunto e também uma iniciativa de alto valor social agregado que merece servir de inspiração para outras nações do mundo.’