Após 17 dias de intensa cobertura vividos pelas equipes de televisão, rádios, jornais e sites do Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim, os profissionais retornam com a sensação de dever cumprido. Foram emoções, decepções, recordes, curiosidades, comidas exóticas e inúmeros aspectos a serem abordados pelos olhos atentos dos jornalistas. A experiência de uma grande cobertura, para iniciantes e veteranos. Aqueles que não puderam cobrir as competições na íntegra realizaram matérias voltadas para as questões culturais e sociais do país anfitrião. Com tanta informação, o público vive uma ressaca da China. O importante é ressaltar o profissionalismo e a grande cobertura feita pela imprensa brasileira.
Mesmo enfrentando a censura que os chineses alegam não ter ocorrido, os jornalistas puderam mostrar ao mundo um pouco mais de um país tão misterioso e que passou a roubar a atenção de todos. Com tantas diferenças culturais e sociais, foram inúmeras as matérias que seguiram a mesma linha, sempre com uma analogia entre a velha China e a nova potência que surge.
Com alguns imprevistos no meio das transmissões, como o conflito no Cáucaso – que fez o jornalista Lourival Santanna, do Estado de S. Paulo, que até então cobria as Olimpíadas em Pequim, se deslocar para a Geórgia com o objetivo de acompanhar o conflito. E na reta final dos Jogos Olímpicos, a atenção foi para a Espanha, onde um acidente aéreo matou 154 pessoas e deixou 18 feridas.
Emissora oficial
Terminado o período de atenção ao grande dragão asiático, ao retornar pra casa os jornalistas se preparam para novas grandes coberturas, como as eleições municipais no Brasil e as eleições para a Presidência nos Estados Unidos. Sem dúvida, o ano de 2008 tem sido marcado por grandes coberturas, que representam antes de tudo mudanças globais. De um lado, a China adormecida que não economizou para mostrar ao mundo sua grandeza; de outro, os Estados Unidos, que passam por um período de recessão econômica e o início da perda do primeiro lugar na economia mundial.
A Record, que continua focada no seu slogan ‘a caminho da liderança’, não poupou investimentos para ter a transmissão exclusiva dos Jogos Olímpicos de 2012. Após tantas críticas à Rede Globo pelo monopólio no futebol, a emissora vai transmitir sozinha as Olimpíadas de Londres 2012. Será um fato histórico: pela primeira vez, os brasileiros deixarão de assistir os jogos na tela da Globo, que transmite as Olimpíadas desde 1972. A negociação foi entre a Rede Record e o COI (Comitê Olímpico Internacional) no valor de U$60 milhões.
Na TV por assinatura, a situação muda. A Record terá que repassar o direito para as emissoras, inclusive o canal Sportv, da Rede Globo. Além dos Jogos Olímpicos de 2012, o canal de Edir Macedo comprou os direitos de transmissão do Pan 2011, que será na cidade de Guadalajara, no México. Os direitos foram adquiridos do Copag ‘Comitê Organizador dos Jogos Pan-americanos XVI Guadalajara de 2011’. Com isso, a Record cria uma demanda de profissionais esportivos que provavelmente migrará da Globo e da Band, a começar por Cleber Machado. O contrato do segundo narrador esportivo da Globo termina em quatro meses e, em nota oficial à coluna de Ricardo Feltrin no UOL, a emissora oficial dos Jogos Olímpicos de 2012 afirmou ter interesse pelo profissional.
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Estudante de Comunicação Social/Jornalismo das Faculdades Alcântara Machado