Monday, 04 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1312

Disney proíbe cigarro em seus filmes

A Walt Disney Company afirmou que proibirá cigarros em seus filmes e irá desencorajar referências ao fumo nas produções distribuídas por seus selos Touchstone e Miramax, em uma atitude pioneira e simbólica em Hollywood, noticia Brooks Barnes [The New York Times, 26/7/07]. Mesmo antes da proibição, as produções da Disney raramente continham cenas com personagens fumando, mas, até agora, os grandes estúdios haviam optado por medidas menos radicais, como pressionar os cineastas a evitar tais cenas ou ainda incluir anúncios contra o fumo antes da exibição dos longas. ‘Isto é bom para a imagem da Disney, mas a principal razão para tal é que fumar é prejudicial à saúde e devemos evitar seu incentivo em filmes’, afirmou o executivo-chefe da companhia, Robert A. Iger. Em maio, a Motion Picture Association of America, associação que representa os maiores estúdios cinematográficos americanos, anunciou que o símbolo do cigarro deveria ser disponibilizado junto aos de sexo e violência, para alertar que o filme contém cenas de fumo. De acordo com a Fundação Legado Americano (ALF), 90% dos filmes de categoria R (para adultos) contém cenas de fumo, assim como 3/4 dos filmes de categoria G (livre), PG (livre com reservas) e PG-13 (a partir dos 13 anos).

Editora desiste de publicar Tintim em africâner

A editora sul africana Human & Rousseau, responsável pelo livro Tintim no Congo no país, anunciou que não irá lançar uma versão da história em quadrinhos do belga Hergé em africâner devido a reclamações de racismo na obra. ‘Nós sentimos que [o livro] representa nativos africanos de uma maneira desagradável e estereotipada’, afirmou a porta-voz da editora, Carina Diedericks-Hugo. O africâner é a língua dos descendentes dos primeiros colonos holandeses na África do Sul. Tintim no Congo, parte da série As Aventuras de Tintim, que conta a história de um jovem e curioso repórter e seu cãozinho de estimação, também já sofreu represálias no Reino Unido. ‘Ele contém imagens e palavras de terrível preconceito racial, onde os `nativos selvagens´ parecem macacos e falam como imbecis’, afirmou um representante da Comissão pela Igualdade Racial britânica. O livro data de 1931. Informações de Celean Jacobson [AP, 28/7/07].