O discurso sustentável tem ganhado força no mundo inteiro, práticas sustentáveis vêm ganhando visibilidade na moderna sociedade do consumo. Mas no centro de tanta discussão quais discursos estão de fato gerando práticas sustentáveis?
No mundo das celebridades, as contestações se tornaram corriqueiras, nesse meio não nos faltam exemplos de discursos ecologicamente corretos, isso mesmo, “discursos”! É o loirinho hollywoodiano que diz ter reduzido a quantidade de banhos por semana (Leonardo Di Caprio) relatando estar poupando os recursos naturais, entretanto, não abdicou do seu jatinho particular e das voltinhas de iate. Outro “sustentável da fama” é o ator Brad Pitt, que adora discursar a favor do meio ambiente, mas não renuncia sua coleção de motos altamente poluentes. A top modelGisele Bündchen também gosta da temática da sustentabilidade, anda até plantando arvores no Rio de Janeiro, contudo vejamos se sua “iniciativa” politicamente correta se sustentará nas confecções dos produtos que levam seu nome.
A sustentabilidade entrou para o rol da fama, assim como as problemáticas ambientais. No entanto, a sociedade civil pergunta: onde estão as propostas concretas que viabilizem, de fato, iniciativas sustentáveis que se entrelacem aos respectivos discursos? Mas, afinal, ninguém quer abrir mão da reprodução de seus patrimônios, ainda que os mesmos não se reproduzam da maneira ecologicamente correta. Essa é a realidade, e assim vivemos (e viveremos?) em nossas relações simbólicas!
***
[Taysa Silva Santos é estudante de Serviço Social da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB, integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas Gênero, Raça e Etnia e do Grupo de Pesquisa Natuss, Natureza, Trabalho, Ser Social e Serviço Social, da mesma universidade]